... Continuação dos capítulos anteriores postados aqui no Recanto.
 
A lenda de Hiphitusi


19. Gangkhar Puensum
 

Após um merecido almoço o grupo se reuniu novamente no quarto de Kedaf, onde ele já havia providenciado uma mesa larga que agora acomodava o último e mais importante mapa que o grupo necessitava para chegar a Hiphitusi.
Após juntarem os mapas resolveram preservar o mesmo e chamaram um cartógrafo inglês que reproduziu o mapa com a orientação deles, chegando nesse resultado final:



Agora necessitavam fazer um minucioso estudo que determinasse atualmente onde ficaria o marco do mapa e imediatamente iniciaram esse novo e importante trabalho.
Durante um dos intervalos que tiveram, Roi pediu que tratassem de um assunto que o estava deixando com os cabelos brancos.
-- Eu até agora não entendi o que foi que aconteceu! Não foi coincidência nós três nos depararmos com templos destruídos! O que acha Kedaf? Vanuzia?
-- Nós ainda não paramos para falar sobre isso, mas já havia adiantado para Vanuzia que tinha uma teoria sobre o que ocorrera e estava esperando o momento propício para tocar no assunto. É um tanto absurda, mas é a única idéia que me veio à mente. Deixem-me expor tudo, depois podem fazer as objeções que quiserem.
Após perceber que era o centro das atenções, o falso príncipe continuou.
-- Parece-me simplesmente que quando acionamos o mecanismo de destruição do Lar da Pedra, este ativou simultaneamente os mecanismos dos outros templos, e estes indicam também que foram construídos de uma forma que as partes da pedra Hiphitusi fossem destruídas e somente os mapas pudessem ser encontrados.
-- Mas isso é impossível! – Disse Roi que não conseguiu se conter – Jamais poderíamos estar nos quatro lugares ao mesmo tempo! Tem que haver alguma outra explicação...
-- Se existe outra explicação, eu também não encontrei. E a amiga exploradora?
-- Penso igual aos dois! Ao mesmo tempo em que acho impossível da mesma forma nada mais me passa pela cabeça.
-- Bom, agora que chegamos ao consenso de que é meramente impossível ter conseguido colocar a mão em todas as partes, vou à conclusão de minhas idéias. Creio que tínhamos que encontrar os mapas da forma que encontramos e ao chegarmos a Hiphitusi haverá uma maneira de reavermos as partes da pedra, caso isso seja mesmo necessário, pois pode ser que essas partes foram criadas somente para despistar ou confundir os exploradores.
-- Até porque não temos como agir de outra forma mesmo! – Disse categórico Roi.
Kedaf acenou com a mão dando-lhe razão.
Retornaram ao trabalho e dias depois chegaram a uma importante conclusão. O local correspondente ao ponto exato citado no mapa correspondia a uma área que hoje corresponderia a Butão, precisamente na montanha Gangkhar Puensum, na cordilheira do Himalaia.
Mas com essa confirmação dois problemas surgiram: o governo do Butão proibira recentemente a escalada dessa montanha por questões religiosas e nunca antes uma expedição conseguira chegar ao seu topo localizado à 7570 metros de altitude. Tudo isso somado às questões climáticas, pois como a tradução do nome sugere, O Pico Branco dos Três Irmãos Espirituais, o seu topo é palco de uma baixa temperatura por quase todo o ano.
A primeira dificuldade foi facilmente resolvida, entrariam pela China ao norte, que não impunha tantas restrições assim para uma explorações desse tipo. Quanto a segunda dificuldade, não tinham outra alternativa a não ser se preparar da melhor forma possível, contar com um apoio especializado de grandes alpinistas e vencer mais uma etapa rumo ao desconhecido.
 

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20. Rumo ao topo

 
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JGCosta
Enviado por JGCosta em 18/01/2010
Reeditado em 19/01/2010
Código do texto: T2036323
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