as primeiras 4 paginas do livro, coma o acordar de um mundo paralelo

COMA O ACORDAR DE UM MUNDO PARALELO

Começando

-Terra de meu deus e o que todos dizem! Mas se ela fosse de deus mesmo não estaria neste estado.

Sangrastes porque sofres, e quando não agüentar mais seque e rache.

O solo meu porque tanto sofres, a sua desgraça e eterna?Morra e acabe de uma vez com seu sofrimento. Cacto corajoso tu ES porque não cria pernas e anda, o relva dos antepassados viveis em tempos de angustia.

Terror porque tu existes, medo meu vai-te embora e leve no bagageiro esta seca maldita. Morte ao vento porque não trouxestes chuva, morte as nuvens porque não trouxeste água.

Descrição

Casebres no meio do nada, na casa três irmãos e nenhuma menina para retirar o ar de testosterona, viviam sozinho apenas, Marcos, Tiago, Antonio, na casa a beira da estrada de barro batido, a cerca linda era toda pintada de branco tudo isto para chamar a atenção dos viajantes que ainda passavam pelo pequeno vilarejo ao redor da fazenda.

No vasto campo nada se cria as poucas galinhas as quais ainda estavam rodeando o terreiro foram devoradas no jantar passado. Casa meramente acabada, com poucos moveis e mantimentos, tudo feito as pressas para suprir aquela necessidade momentânea, a da mãe grávida que não tinha um teto sobre a cabeça, senhora morta semanas atrás.

Casa de pau a pique trançada por cordas, rebocada com barro molhado agora seco, fogão a lenha alimentado pela mata nativa.

Antonio

Dias tranqüilos, não a muito que se fazer nesta área principalmente nesta época de estiagem, tudo redigido pelas leis da natureza o tempo do plantio e determinado pelos profetas do sertão, mesmo assim ela continua sendo uma loteria com possibilidade de cinqüenta por cento de acerto se plantou sedo mais perdemos a lavoura, agora se esperarmos como covardes perdemos a colheita porque não tempo o suficiente para germina.

Amanha será o grande dia, iremos partir para a cidade grande em busca de um sonho maluco o de ficar ricos, e abandonar esta vida de sofrimento, angustia, tentar algo novo.

Vi pela janela toda uma vida desperdiçada nesta terra maldita, todas as alegrias que tanto sonhei vi pela janela, vi pela janela o enterro dos meus pais. Vi pele janela todo o desespero deste povo que teima em ficar aqui.

Antonio

Viagem

O solo espremia se a cada impulso feito pela sandália, quebrando o seu frágil corpo em dois, o horizonte longínquo escondia o sol apertado na montanha de dois picos, paisagens que passavam despercebidas durante toda a vasta infância, brincadeiras feitas, piadas contadas, namoricos da juventude tudo foi deixado para trás.

O ponto de ônibus sem estrutura fazia cair alguns de seus tijolos de suas paredes, deixando os usuários receosos da sua segurança.

Esperamos durante horas debaixo do sol escaldante, a bendita banheira chega tardiamente com duas horas de atraso, entramos na pocilga ela estava carregada de porcos, galinhas, todo este sofrimento era somente para chegar à bendita da rodoviária. Depois desta longa espera deparamo-nos com outro ônibus, mas este extremante lotado, fomos assim mesmo.

A geringonça locomovia-se toda desengonçada, em tempos atingirá altas velocidades em outras parecia uma tartaruga com cãibra. -Vida de cão esta. Sussurrava um dos irmãos.

E os outros dois falavam com um coral

- porque diabos estas reclamando, nem pagares a passagem.

-não e nada só estou fazendo o de costume reclamando da vida, e você o que tanto escreve. -nada de importante apenas algumas baboseiras. – já que não estas fazendo nada porque não me ensina a escrever. –eu também quero.

Não perdi tempo peguei a maquina e comecei a ensina, a viagem era muito longa e foram dias e dias ensinando aquelas pobres almas quando não agüentava mais de tanta agonia ouvi as primeiras junções de letras eles estavam prestes a desvendar o código, depois de três dias de viagem eles já estavam apitos a ler e a escrever e cada um teria uma hora do dia para ficar com a maquina depois do trabalho.

David Rocha
Enviado por David Rocha em 22/11/2009
Código do texto: T1938593
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