UM CURTO TEMPO DE VIDA
Sempre que converso com pessoas espiritualizadas e inteligentes,tenho a impressão de que as conheço há muito tempo, embora não consiga,por mais que force a memória, lembrar-me de onde; J.Lopes, foi uma dessas almas, cuja presença me causou essa sensação agradável.
Foram duas longas horas, longas e agradáveis, porque,mesmo ele sendo um dos meus clientes, eu nunca havia conversado pessoalmente,ou sequer por telefone com J. Lopes. Escrevi sobre ele, em um livro meu, usando um nome imaginário para manter o seu anonimato. O que eu sabia à seu respeito, me fora contado por sua esposa, quando da minha visita a sua residência, alguns anos atrás.
J. Lopes, além da impressão positiva, contou-me um pouco sobre sua vida atribulada, devido a criação e a profissão que exercia. Com a presença de um dos filhos, pois os outros saíram face a compromissos, iniciou o seguinte relato sobre seu irmão já desencarnado e de como isso havia ocorrido:
-Meu irmão sempre foi o mais extrovertido de todos, além de ser o mais inteligente, pois o que se propunha fazer; o fazia com perfeição . Fez faculdade em vários setores das atividades humanas, mas não exerceu nenhuma das suas conquistas como formado.Um de meus irmãos que era diretor de uma grande revenda de automóveis- a maior do estado onde residia- resolveu levá-lo para trabalharem juntos no setor de vendas. Foi um sucesso!...Mas durou pouco!. Pois o nosso irmão desistiu,saindo à aventurar e a fazer novos cursos. Só fomos descobrir a razão para tanta inconstância algum tempo depois de sua morte prematura.
Acordei-me as 4;00 horas da madrugada e com a sensação de perda muito grande, resolvi telefonar a meu pai,que reside no Paraná e perguntei-lhe como estava. Após a resposta positiva, telefonei aos outros irmãos e o único que não atendeu ,foi o Chico, porque o telefone dava sinal de fora do ar, ou desligado. Voltei a dormir novamente e pela manhã recebi a noticia de sua morte por complicações com um derrame cerebral. O relato do legista, algum tempo depois, apontou como hora do óbito: 4;00 horas da madrugada, aproximadamente.
Encontramos em uma de suas gavetas uma carta que dizia o seguinte :
-Meus queridos pais e irmãos, fiz o que tinha que ser feito nesta vida; procurando aprender o máximo possível por saber que meu tempo de passagem por aqui é curto. Sei que tenho um trabalho a fazer no outro plano, e lá eu estarei esperando por vocês, para orientá-los e conduzi-los em direção a Deus. Quando lerem esta carta eu já estarei com saudades, mas feliz, por ter cumprido a minha missão aqui. Um beijo em todos,... eu amo vocês. ass. Chico.
J.Lopes terminou o relato contendo a emoção. Seguimos ainda um bom tempo conversando sobre a espiritualidade e suas ações, muitas vezes inexplicáveis em nossas vidas, tão voltadas hoje ao materialismo.
Contou-me também outros fatos belíssimos, sobre situações vividas com um de seus outros irmãos e uma paciente sua, mas esses relatos ficam para uma outra oportunidade. Até lá!...
Este é um fato veridico, acredite se quiser. Eu apenas modifiquei o nome dos personagens para não expor suas vidas ao crivo público.