FILHO DE CEGO

Existia um vazio sem fim/
Tão grande e distante de mim/
As paredes micro filmadas assim/
E eu pensava que fosse o fim/
Existia um poço sem fundo/
Com cantos sujos, imundos/
E eu que vivia no submundo/
Na verdade era o segundo/
Existia um homem a pensar/
Que me ensinou a perdoar/
Deu-me perdão sem falar/
Eu nem sei desculpar/
Lavei o chão com as mãos/
Para lavar a terra só o esfregão/
Mas para lavar o perdão/
Só usando o amor e a paixão/
O pai mandou seu filho,/
Nada mais e este ensinou a paz/
Eu no meu canto, bem capaz/
Gritava bem alto, Barrabás.
luiz machado
Enviado por luiz machado em 09/02/2009
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