GERAÇÕES

Não tenho nome sou um eremita de mim/
Meu pronome é o verbo que sou/
Meu universo é o espaço que vivo/
Não sou poente sou nascente de meu rio/
Não sou o norte sou a sorte do meu ser/
Sou o núcleo de uma molécula vegetariana/
carnívora as vezes/
Meu fruto é a árvore com casca dura/
e melosa meu trem vai partir/
Minha morte não existe o corte quebrou/
sou o caule, o cume, O cúmulo dos prazeres/
a porta dos fundos e o fundo do mar/
Se confundem com a minha personalidade/
sou vazio e cheio Concreto, discreto e abstrato/
sou o trato, o trator, A cor incolor da juventude/
a atitude mal pensada o pensamento/
O momento de ficar a hora de partir/
o vigia da noite e a noite/
O dia da vingança e a vingança se perderam em mim/
Sou você, e suas lágrimas/
se digo que amo você duvida/
Acha engraçado o meu amor/
e pensa que vai me destruir/
E pensa que o amor não existe/
está apenas nos corações dos fracos/
Sim você conseguiu me destruir/
e por ser fraco,/
eu amo Mais intensamente do que antes/
e mais me afundo por procurar/
Algo que não existe,/
e vive na mente de milhões de pessoas iludidas/
Que espera a morte chegar/
para tentar esquecer, e como não esquece/
Morre outra vez/
cada passo que dou sinto a sensação do amor/
E a vontade de me ver bem lá no fundo/
tão fundo que jamais algum conseguiu chegar/
Neste dia talvez eu descubra/
com o coração a razão de minhas paixões/
E a idéia de viver/
como um ser diferente alegre e feliz/
Sem medo de amar/
luiz machado
Enviado por luiz machado em 07/02/2009
Código do texto: T1426617