O suicídio
Pode o mundo parar de girar e mesmo assim ainda terei que caminhar. Sem rumo assim é minha mente, o que o sei descubro que não sabia e quem me ensina menos conhece sobre si e eu que nada sei consigo esquadrinhar o coração do mestre
São nos olhos nublados do céu que as coisas acontecem, e quanto mais fortes for o choro, tão profunda será minha dor, e de nada vale se o que conheço é tão morto quanto o clima dos necrotérios
Pode o vento cessar, mesmo que cesse sei que continuarei a sentir as brisas e foram essas brisas que me levaram tão longe e mesmo que cheguei a ir longe, me encontro ainda no mesmo lugar, talvez esteja ainda parado em minhas paranóias e que nóias macabras tive que enfrentar por saber que sabia mesmo sabendo que nunca seria o mesmo.
Às vezes ser eu mesmo é tão difícil quanto tocar o teto do céu e mesmo que as estrelas caiam o foco ainda seria a terra atingida e não as brilhantes orgulhosas. Com tudo que penso saber, tenho por mim que a terra vermelha ou preta não se farta de devorar corpos que julgam sábios, e o clima mais real é a normalidade que não existe que se tornou tão utópica quanto os discursos pobres de espírito.
Ao fim deixo ao mundo o que agora certeza tenho, uma carta de pura insanidade e verdades com um final suicida, pois para isso resolvi escrever deixar as ultimas coisas que sei que no final deste dia ou desta carta irei dar cabo a vida.
Mas ainda tenho que expressar os sentimentos que me levaram a este derradeiro caótico, observo o mundo como uma piscina vazia e com seu fundo cheio de lodo verde, vejo o mundo como a nevoa entre as montanhas, que esconde seus valores, o vejo como mãe sodomita e se a pergunta for se sofro de insanidade talvez a resposta esteja dentro de você.
Deixo o palco que foi meu durante dezesseis anos, deixo com clarezas racionais mais não emocionais, pude ver coisas bonitas no mundo, mas tudo que era bonito não podia vir comigo, o mar, o céu, as montanhas, os irracionais, os ventos as chuvas, o amor algo que nunca olhei, mas pude certa vez sentir. Pude observar a obsessão e sentimentos de posse que os meus deduziram incondicionalmente, amor, gratuidade ficaram nos cantos escuros do meu eu. Sendo sincero deixo ao mundo o que sei, não vi ninguém dando algo sem nada querer em troca, os pastores davam o evangelho, pois queriam a salvação, e assim foi o Padre, a mulher dava ao homem por querer o prazer, a mãe dava carinho ao filho por querer ser mãe assim foi o pai, o beijo era dado por querer o beijo e assim foi o abraço, o homem plantou arvores para obter sombra derrubou arvores para construir casas, germinou arvores frutífera para degustar dos frutos fez bombas para ter a destruição quis a musica por quere ter o entretenimento ou seu divertimento para assim reter o prazer.
O adeus foi dado por querer a despedida, tudo que vi em meus dezesseis anos de vida foi troca foi o favor pelo valor, e eu me drogo para adquirir fuga, quero a fuga para ter esconderijo, me escondo para conquistar a falta de atenção no fim a fuga que busco é a morte, pois assim tenho a terra e consigo ser como todo mundo, cego, fútil normal.
Enfim deixo aos seres tais relatos que muitos acharão insanos, pois sei o que sei, pois vivi a insanidade de viver e agora eu como todos troco a vida para ter a morte, a fuga para paz e assim conquistar o que sempre quis a falta de atenção.