Meditaçao de um pando

Meditar as harmonias dos ventos, sobre as cores opacas a fim de fazer que elas tenham vidas. Os abismos internos são tão profundos quanto meus pensamentos gritantes, já a paz interior é o encontro da alma com as correntes energéticas que são transformadas pelos espíritos.

Acendido os incensos via-me fechado os olhos a fim de fazer uma nova viagem interior, a cada estagio adentrava no mais profundo mistério não terreno, mesmo sendo terrestre, ia-me caindo num poço escuro, meus olhos fechados exteriormente, enquanto o interiormente apreciava a mais longa jornada que já fiz, pois bem, dizem os monges sábios que

UM PULO NA ESCURIDAO É UM PASSO PARA O CONHECIMENTO, E QUE QUANDO SE SABE PEGAR OS FLUXOS DESTA VIAGEM AO CHEGAR AO DERRADEIRO O NOVO SE APRESENTA.

O certo era que não sabia o que era e não sei onde estou e o que mais choca, que tão pouco tinha discernimento para onde o fim daria. Poço profundo escuro que me traz grandes sensações o lapso do descontentamento me produzia tormentos dormentes e pouco a pouco ao fim do poço escuro cheguei a um jardim de tulipas dava para sentir seu perfume seu sabor eram apresentáveis como as sinfonias de Chopin ao fundo um clássico ao lado esquerdo do jardim um templo, grande feito de marfim, mais não estes extraídos dos meus iguais, não furtados, tão pouco eram marfim mortos estes não havia mancha de sangue, à frente fontes de águas cristalinas, e derrepente uma luz me pegou!

Era forte, brilhava com a força do sol, meu estagio era zen, então remoí pensamentos tão dolorosos e cruéis, lembrei-me das celas, das correntes dos homens rústicos que habitavam numa terra espantosa e opaca feita de concreto onde os sonhos são sem cores, e num estalo estava eu andando por corredores vazios era mórbido o local e havia ratazanas cinzentadas não conseguia ver quem me arrastava, tudo era rápido e num instante estava de frente a uma cova agora corria lagrimas de minha face branca com tons pretos.

Percebi que quando alguém se vai sem termos chance de dizer tudo que sentíamos por ela, no fim esse ser em outro plano cósmico vai saber que toda nossa passagem só teve significado por que ela existiu em nossa vida.

Agora eu andava de mãos dadas com uma pessoa que em minha adolescência foi meu herói, o ser que pelos brilhos de seus olhos conheci o amor, meu pai

Ele foi o sol que iluminou meu caminho minha trajetória por muito tempo, e mesmo ele tendo partido para um universo diferente ainda seu brilho faz que meus caminhos sejam repletos de luz e acredite nesta meditação pude ver esta aura me rodear.

Os espaços agora estavam todo verde, era um campo de raras orquídeas, e no fim desta viagem fui voltando lentamente à meditação estava acabada e eu me encontrava em cima de minha arvore olhando para o horizonte verde da mata selvagem.

guido campos
Enviado por guido campos em 03/12/2008
Código do texto: T1315778
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