Um domingo diferente.
Um domingo diferente.
Abandonado no assoalho da sala,
um corpo que rola para os cantos.
Será procurar alguma proteção?
Fosse no sonho de correr o risco de vida,
sem poder se defender daquela realidade,
seja ela, nua e crua, aquela que mata mesmo,
sem dó do homem desse processo infeliz,
pelo qual se perdera em devaneios.
Falsamente o teu sonho o derruba,
por isso, desconfiado guarda-se,
sem querer entregar-se ao destino,
de uma desventura pela qual a morte é certa.
Mas, o teu legado contexto real
não difere do sonho,
porque aos olhos de si próprio,
já não consegue fazer a curva de volta
e a cada dia, está mais perto do abismo,
contando as horas que por ventura,
estariam faltando as suas necessidades.
Um vento dobrado abre a porta do recinto,
envolve todo o seu corpo num castelo de estrelas,
ainda desconhecido ao homem comum,
mas não é sobrenatural o coral de anjos,
porque assim que tudo se desfez,
o homem permaneceu imóvel para sempre.
Muitas missas são rezadas em seu nome,
parece que ele virou santo, dizem!
Um dia saberemos toda a verdade,
se assim lembrarmos,
de que fomos testemunhas oculares,
desse acontecido fato.
Meus amigos, mando um abraço.
Condor Azul.