Pedro
Sentia um desespero sem saber o que o causava. Como se estivesse se afogando no mar com ondas revoltosas o tomando por todos os lados, puxando-o para o fundo.
Um tédio que não conseguia descrever o consumia. Não via mais sentido em nada. Estava preso em um inferno monótono, sem nuances ou peculiaridades velando a morte de seu espírito.
Ficava no canto ouvindo Cure e se perguntando “qual o motivo de salvar o mundo se o mundo não quer salvar a gente?”.
Na verdade, estava bem fechado e escondido em um mundo claustrofóbico que ele mesmo criou.