A menina que não gostava de contos de fadas- quarta parte

Pediu-lhe a menina: " Me leve para conhecer esse teu lugar pois muito necessito de ar e de verdede, do canto dos flores e das águas do rio para lavar e consolar minhas mágoas".

E assim foi e assim foram-se um dia a caminhar até chegarem numa maravilhosa florestas

A menina, de olho atônitos, contemplou como em sonho as árvores grandes que se erguiam lá bem alto, quase tocando o céu. Chegou-se mais e viu flores pelo caminho e se foi mais e mais, deslumbrada por tudo que via.

Seu amigo levou-a até uma cachoeira lindíssima onde habitava uma ninfa que a atraiu para dentro de suas águas cristalinas e a menina banhou-se longamente nas águas recebendo sua purificação.

Logo seu corpo, já leve e ágil, saltou por entre as pedras dos rios e foi para a margem onde, calmamente, seu amigo a esperava. Ele disse então: " Agora você irá pelo caminho da floresta, irá só, pois a tí deve pertencer a tua verdade. As matas têm seus mistérios e a você compete agora descobri-los. Eu já não irei contigo a não ser em pensamentos. Espero que tudo saia bem e novamente você volte a viver"..

Entre curiosa e tímida foi-se a menina, a princípio, lentamente, depois mais depressa, como se uma força misteriosa arrastasse cada vez mais para dentro da floresta.

E foi-se uma menina pelo caminho.Pequenas e grandes árvores a saudavam mudamente, pássaros e flores cantavam seus passos que a levavam pela floresta.

Uma força irresístivel a impelia cada vez depressa pelo caminho até que, finalmente, chegou em uma clareira.

ali existia uma árvore imensa, grande em sua magestade, como uma rainha dquelas matas. Dela se aproximou com o peito arfando. Chegou-se mais e mais para debaixo da sombra de seus grandes braços onde principiou a sentir uma paz imensa e um princípio de felicidade nascente que crsciam levemente dentro de sí.

Dom Carlos

Raiz do Sana