Contos Élficos - A menina que não acreditava em contos de fadas- segunda parte

Enquanto ela crescia o mundo se transformava rapidamente. As máquinas aumentavam e avançavam mais e mais, derrubando florestas inteiras, envenenando a água dos rios, espalhando em torno de sí sujeira e mau cheiro, poluindo o ar que se respirava, passando por cima de antigas culturas, de antigas tradições, trazendo consigo os poderosos passos do Sr. Progresso, que caminhava rápido, sem saber onde ia parar.

Ah! Mas isso eram meros reflexos de uma realidade em constante mutação e a menina acreditava com toda a fé de seu coração na força e no poder das máquinas. ELas iam e vinham em sua vida e ela adorava o incessante rumor de um mundo forte e palpitante.

Um dia a menina ganhou um robô de presente. Ele era de uma linha especial de robôs, dotados de uma capacidade especial de fazer e entender as coisas.

Um robô em sua vida: Robling, o magnífico fazedor de caretas, que conseguia satisfazer seus desejos mais do que qualquer gênio da garrafa. Robling lhe contava estórias extraordinárias de naves espaciais que percorriam as estrelas descendo em distantes mundos, onde o avanço do conhecimento fazia possível a presença de luzes multicoloridas em cidades incríveis, onde seres inteligentes desfrutavam totalmente da grande magia das máquinas.

E a menina não dada a sonhos, sem querer, se tornava penstiva e distante, talvez sonhando mundos magníficos lá longe no céu estrelado onde estranhos seres manipulavam a matéria magicamente, produzindo efeitos nem sequer sonhados pelo homem.

A menina se apaixonou pelo seu robô. Em sua companhia passava a maior parte do dia e a ele dava bastante de seu carinho, humanizando um robô sempre atento aos seus menores caprichos

Dom Carlos - Raiz do Sana

Dom Carlos
Enviado por Dom Carlos em 02/06/2008
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