A seita (parte II < Charles o Padrinho > )

Já fazem três meses depois do acontecido, e em varias de minhas investidas as coisas não melhoraram tanto, parece um pesadelo vivo nas minhas madrugadas solitárias. Passavam das duas de manha e não conseguia dormi, resolvi então ir ate o Charll’s, um antigo bar onde costumava ir em dias secos assim, pra tomar algumas doses para o sono chegar, e obter também algumas informações sobre a Seita, durante minha caminhada ate o Charll’s, comecei a recordar minha historia e lapso de tudo que aconteceu ate ali começaram a revirar minha mente cansada, mas como podia acontecer com ela tudo aquilo, como ela entrou naquele antro de pervertidos, e se deixou levar por teorias profanas totalmente diferentes de seu lado, não podia esquecer seu nome por que a mulher com quem me casei era uma pessoa especial, tinha um brilho no olhar e uma força transmitida através dele que contagiava a qualquer pessoa, uma arqueóloga prestigiada em uma antiga universidade, conceituada por descobertas sobre religiões que traziam a tona toda uma fonte de pesquisa através do de seus estudos, Bárbara era realmente uma mulher e tanto, mas ultimamente andava diferente, não falava coisa com coisa, no começo achei que era por causa de nossa separação, apesar de vivermos apaixonados um pelo outro, não conseguíamos conciliar nossas vidas, que trágico fim o de uma mulher tão extraordinária

Chequei finalmente ao charll’s, em pensamentos perdidos e meio atordoados, o velho relógio já batia duas e quarenta e cinco da manha, não entendi porque demorei tanto já que levara sempre cerca de vinte minutos para chegar, logo me dirigi ao balcão, como de costume, passei pelo leão de chácara o Lui, que era um ex-presidiario saído há poucos meses, era um negro forte com uma imensa cicatriz no rosto que tinha ganhado em uma briga na prisão, tinha sido preso por assalto à mão armada, depois de passar a porta logo se via as mesas de sinuca onde alguns jogavam ali e apostavam de tudo um pouco, há uma velha historia onde dizem que um sujeito perdeu ali ate sua própria esposa em uma noite de jogatina, e ai não conseguiu agüentar a dor de perde-la no jogo, quando cobrado, teria tirado sua vida ali mesmo, mas como eu disse anteriormente e só uma velha historia dentre tantas outras, após as mesas de sinuca, existia um palco, cercado com alguns espelhos e com um cano no centro, para apresentações de uma velha bailarina, a Diana, que divertia velhos vadios, vagabundos e ate alguns dos rapazes militares que por ventura estivessem por ali, para trocar dinheiro por alguma diversão, afinal era ali que tudo o submundo se encontravam e resolviam suas questões, era um ambiente meio escuro algumas luzes vermelhas e outras azuis faziam o papel de mostrar os rostos apagados da noite.

No balcão estava o velho Charles, notava-se que ele estava sempre preocupado com algo, as voltas com suas bebidas e pedidos de mais uma dose, vestindo sempre seu macacão azul, onde escondia um 44 de fazer medo, sempre próximo ao balcão que também existia por ali uma escopeta de repetição de cano cerrado, dizia o velho que era pra caçar maricas, que andavam agarrando-se com os outros em brigas. Um homem que conhecia o submundo como ninguém sempre tinha algumas informações para me dar, mas, Charles era mas do que isso pra mim, era meu padrinho e a única família que conheci, me ensinou todo que sei deste de amarrar os sapatos ate mesmo como matar um homem em silencio sem armas, um segredo só nosso afinal sempre tínhamos alguns inimigos, fui criado nas ruas, e ela conhecia meu pai como ninguém, afinal tinham servido na mesma companhia eram boinas-verdes os melhores condecoras diversas vezes por suas ações em serviço quando estavam no exercito, e logo fizeram uma longa e duradoura amizade bons tempos aqueles segundo Charles, mas na vida tomaram rumos diferentes, um entrou pra policia pra ser tira e ainda pensava que podia mudar as coisas e o outro bem, esse se entregou a própria sorte, ficou nas ruas se vendendo a chefes da máfia e traficantes latinos sem honra, o que ele fazia era como assassino de aluguel e era um dos melhores que já ouviram falar, seu nome fazia tremer o mas leal dos seguranças dos seus alvos era a própria voz da morte diziam não tinha nenhum amor à vida sem brilho no olhar frio era assim meu pai, não tive a chance de conhece-lo pois ele sumiu e ate então não se ouviu mas falar sobre o mesmo, fui criado pra ser o seu sucessor mas Charles me salvou do submundo e desde então nunca nos separamos, me ensinou a andar nas ruas escuras sem ser visto, a conhecer e confiar em alguns que vivem nesse universo pevertido de vidas roubadas e traficadas sem qualquer valor, mas agora uma nova ameaça estava surgindo, tomando conta das ruas, roubando as esperanças e o que podíamos fazer, estávamos as voltas com o que não se conhecia e o pior roubavam as almas de pessoas comuns ], era como um vírus sem cura a espreita de mas uma vitima, se escondendo pelos becos escuros e agora tomando as casas das pessoas boas, seduzindo os jovens e tirando a única razão de suas existência a sua esperança no amanha...