Provas e crimes
Quatro e quarenta e cinco da tarde. Novamente e pontualmente toca o telefone do investigador Ramos, rapidamente ele o atende, investigava ao assassinato de duas jovens mulheres, um quebra cabeça formava-se, do outro lado da linha um homem de vulgo Tomas apenas o diz: Sun, encontre-a.
Morava Ramos na cidade de Santos, a Polícia local estava em busca da captura de um provável assassino em série pois haviam ocorrido dois óbitos em circunstâncias parecidas, sem sinais de violência física ou violência sexual...as duas vítimas foram mortas com ferimento a bala, uma das jovens trabalhava em um restaurante a beira mar chamado Sea Horizon. Segundo o investigador Ramos tratavam-se de duas mortes nos quais os atos em si continham um significado; no corpo da primeira vítima fora encontrado um bilhete com o nome Christina e no corpo da segunda vítima recebeu Ramos a informação que havia também um bilhete escrito candelabro; o assassino queria através dos bilhetes descrever algo do qual toda a Polícia de Santos depositava em Ramos sendo ele um investigador experiente, a interpretação do que haveriam de dizer os dois bilhetes encontrados ao lado dos corpos.
Associando as fotos recebidas, os horários dos crimes e todas as evidências e características envolvendo os fatos chegou a conclusão Ramos de que fora também envolvido no plano de Tomas, somente não sabia o porquê. Devido ao desgaste psicológico obteve permissão concedida pelo Delegado responsável pelo caso para tirar uma licença sabática deixando seu distintivo e suas armas em poder da Polícia.
Ramos a procura de evitar um terceiro crime passou dias e noites em claro a investigar e unir as provas, com diversas hipóteses, entretanto a nenhuma clara conclusão conseguia chegar para solucionar o caso. Elias Ramos era Judeu, mantendo-se durante toda a sua vida adepto da religião Judaica Monoteísta, possuía muitos livros e permanecera fiel a sua fé e a suas origens conforme desde a infância o ensinaram seus pais.
Após dois meses em uma tarde ensolarada Ramos decidiu ir até o restaurante onde um dos crimes ocorreu como um simples cliente, porém com o intuito de observar o movimento em busca de alguma peça chave que pudesse da-lo maior esclarecimento pessoal e respaldo pois seu período de licença estava se finalizando.
Sentou-se em uma mesa e calmamente ficou a observar os demais clientes, funcionários e pessoas que permaneciam próximas ao local, quando ao olhar em direção a um quadro viu Ramos a pintura de um candelabro de sete braços, o que deixou-o atento a toda a movimentação do ambiente. Elias Ramos rapidamente dirigiu-se até o quadro e nele havia como autoria uma assinatura com o nome de M. Tomas, sentiu Ramos estar muito próximo de desvendar o caso e prender o verdadeiro assassino.
Ao voltar para seu apartamento surpreendentemente Ramos fora abordado pela Força Policial de Santos sob a acusação de ser o principal suspeito dos assassinatos, pois o exame de balística provou que os projéteis disparados haviam sido efetuados de uma das armas de Ramos tornando-o o principal suspeito, foi conduzido para a Delegacia para a investigação da Corregedoria Policial. A essa altura dos acontecimentos somente restara a Ramos interligar de alguma maneira quem seria M. Tomas e quais as motivações de tais crimes...Em uma noite já durante a madrugada e ainda preso no Batalhão da Polícia Ramos associou o nome Tomas, as circunstâncias dos crimes e o quadro no restaurante onde uma das vítimas trabalhava e relembrou um homem que correspondendo as informações colhidas por Ramos tinha no braço esquerdo uma tatuagem de um candelabro de sete braços, era esse homem um pescador que vendia quadros pela praia recordou Ramos em junção com todas as provas já anteriormente investigadas, mas como teria tido este homem acesso a uma das armas de Ramos questionava-se intrigado.
Ao amanhecer Elias Ramos pediu para conversar com o Delegado pois permanecia detido, o Delegado o ouviu, pois acreditava que Ramos era inocente e não o verdadeiro culpado; Ramos contou-lhe em detalhes toda as evidências durante sua investigação e reforçou o que havia declarado em depoimento anteriormente a sua prisão, sobre o dia em que esteve no restaurante, sobre o quadro, a informação de um pescador e que acreditava se tratar de um serial killer que em sua conclusão teria como objetivo mais cinco assassinatos devido a informação de que este pescador tinha uma tatuagem de um candelabro de sete braços em que cada uma das sete pontas desse símbolo de acordo com o Judaísmo representa a árvore da vida, afirmou Ramos.
O Delegado da Corregedoria sentiu embasamento e sentido na teoria apresentada, solicitando assim que fossem realizadas buscas por um homem com as características físicas descritas por Ramos divulgando o retrato falado por todos os meios de comunicação.
Após quarenta e cinco dias, o verdadeiro assassino foi capturado com apoio de uma denúncia anônima, afirmou ter tido acesso a uma das armas de Ramos através de furta-la de seu apartamento, alegou ter divergências religiosas com Ramos por ser ele um criminoso e que seu plano era executar sete pessoas, conforme tinha Tomas a tatuagem de um candelabro de sete braços em seu corpo, sete pontas, sete vidas a serem eliminadas.
Elias Ramos voltou a liberdade e prosseguiu a carreira como Investigador não mais da Polícia, mas como particular. M.Tomas declarou-se culpado, está preso a espera do julgamento, podendo ser condenado a pena de dezoito a vinte e cinco anos de prisão.