Detonador : O senhor do Crime

Após salvar o filho de Venâncio, Sandro chega em Paranaguá onde começa a trabalhar como estivador no porto.

Após uma madrugada de trabalho, Sandro vê um de seus colegas sendo assaltados e resolve agir. Sandro anda sem fazer barulho e encosta a mão entre os ombros do malfeitor e o atinge com um soco forte como um aço.

Seu colega assustado o agradece.

- Quem estiver ai, eu o agradeço!

Sandro o acalma com um sorriso e estende a sua mão.

- Eu sou Sandro, nós trabalhamos juntos aqui no porto.

O homem com a barba grisalha e os nervos estressados pela tentativa de roubo só agradece.

- Eu sou Francisco, mas guarde o seu sorriso. Não querendo ser rude, mas aqui no porto, está cheio de ratos querendo afanar o seu ganha pão.

- Eu só fiz uma gentileza Senhor Francisco! – Retruca o Sandro.

- Só tome cuidado da próxima vez, e me desculpe não quis ser grosso.

Ao retornar do apartamento, Sandro olha a manchete de um jornal.

- “ O Projeto do presidente JK, a nova capital do país, Brasília!”

Sandro retira de sua mochila o traje do Detonador, o traje amarelo com retoques vermelho, com dois bastonetes.

- Hoje não vou testar, o turno foi muito pesado!

Na outra noite, Sandro chega para o trabalho e vê Guilherme Fountoura, um contador cercado de seguranças, seu olhar exalava arrogância e prepotência.

Guilherme esbarra em Sandro e se suja de café, querendo humilhar o rapaz , o contador exige que o jovem lhe peça desculpas e limpe o seu casaco.

- Você deve ser o novo estivador?

- Sim !

- Você sujou o meu casaco de pele de raposa, e exijo desculpas, e vou tirar tudo do seu salario e você vai lavar.

Sandro começa a segurar a sua emoção, e pega o casaco e examina.

- Eu lhe peço desculpas, mas tirar todo o meu salario e pedir para que eu lave é um abuso!

Guilherme fica pasmo com a reação do estivador.

- O que você vai fazer?

- Eu vou lavar o seu casaco no mar, quem sabe não tira o seu cheiro podre!

Todos ficam boquiabertos com a reação de Sandro e um deles diz.

- Este cara está morto!

Sandro percebe que os seguranças estão armados e pensa.

- Eu só vou atacar se eles me atacar!

Guilherme sorri ao perceber que todos os trabalhadores testemunharam a cena.

- Dessa vez Sandro você escapou, mas não conte vitória, pois sei onde fica o seu muquifo!

Ao ver todos os empregados do porto se dispersando, Sandro pega um papel que Guilherme deixou cair e se espanta.

- Isso parece ser um desvio de salario dos colaboradores do porto!

Eu tenho que investigar.

Francisco se aproxima e elogia Sandro.

- Você é a primeira pessoa que enfrentou o seu Guilherme Fontoura, mas te alerto para tomar cuidado com ele.

Sandro abre um sorriso e responde.

- Esse almofadinha é um covarde, usa dos seguranças para fazer o trabalho sujo.

- Alertado você já foi! – Responde o Francisco.

Sandro desconfiado que Guilherme vai mandar os seguranças para o seu apartamento, veste o traje do Detonador.

- Agora eu quero ver ele se meter o trouxa comigo.

Ao chegar perto do edifício, Detonador vê os seguranças entrando no seu prédio.

- Agora eles vao sentir o impacto da detonação.

O Detonador entra pela claraboia e desce pelo corrimão sorrateiramente , e começa a observar os capangas.

Um deles fala para o outro.

- Lembre-se o Senhor Fontoura só quer que demos uma lição no sujeito, sem arma.

Ao vê-los entrar, Detonador fica de pé ali na porta escutando os capangas revirando o seu apartamento.

Um dos capangas fala para o outro comparsa.

- Estranho era para o Sandro estar aqui faz uma hora.

Detonador arremessa o bastão e atinge a nuca de um dos capangas.

- Eu alertei o Sandro, e ele está muito bem escondido.

- Eu conheço você, é o tal Detonador que prendeu e quase matou o Sangue Azul.

Detonador faz o sinal de silencio e ataca um dos capangas com socos e posteriormente pega o outro capanga pelo colarinho e o joga para perto da janela.

- Agora me fala, aonde mora o seu chefe?

- E se eu me recusar a falar? – Questiona o capanga em interrogativa.

- Você acha que o Guilherme está ai para você?

Ou você fala, ou dará um mergulho rasante no asfalto?

Sem opções o capanga entrega o endereço de Guilherme Fontoura.

Detonador vai atrás de Guilherme , e ao chegar se depara com o contador em sua piscina.

- Então o contador experimenta o sabor da corrupção, uma mistura de ganancia e vislumbre, mas depois vem o amargor da cadeia.

Guilherme enfurecido o ataca .

- Eu não sei quem é você vigilante, mas irá pagar por sua curiosidade!

- Você que irá pagar por suas atitudes Guilherme.

Detonador é atingido por um tiro no ombro, mas com toda a sua agressividade o herói pega o seu bastão e atinge o Guilherme, que cai para a morte.

Ao tirar a mascara , Sandro fica em choque e diz.

- Ele acabou de conhecer o fim para uma pessoa que experimenta a corrupção.

Ao ver a policia chegando junto com um dos capangas, o Detonador entrega uma das folhas em que constava o desvio do salario dos empregados do Porto.

- Aqui está policial, uma evidencia que liga Guilherme Fontoura ao esquema de desvio do dinheiro dos colaboradores.

O policial abaixa a cabeça e fala para o vigilante.

- Com o suspeito morto não temos como prende-lo, mas Guilherme fazia parte de um esquema envolvendo um homem chamado Henrique Zola.

Detonador sai da mansão e resolve investigar Henrique Zola.

- Agora que peguei o peixe pequeno, tenho a responsabilidade de pegar o tubarão.

Luis Eduardo Martins Garcia
Enviado por Luis Eduardo Martins Garcia em 01/02/2023
Código do texto: T7708736
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