NOITE DE VERÃO

Thomas Netto

Vai e volta penso nela.

Vou contar um causo que aconteceu há algum tempo , e na época eu era uma criança. Um menino de 10/ 15 anos.

E, tudo se completa num caso bem verídico que aconteceu alguns anos atrás com um casal de namorados.

Um causo, ou caso, que não consigo parar de pensar nele, e que numa noite de verão aconteceu.

O telefone toca e Lúcia atende, e para surpresa , era o seu ex namorado.

Eu não posso encontrar você agora. disse, Lúcia não quero falar contigo.

Você pode me dar mil e um motivos. Dentro de alguns dias eu devolvo o que é seu, conforme o que já foi conbinado. E, nem mais e nem menos.

Não pense você que por ter sido sua mulher farei de tudo. Hoje , estou com outra pessoa.

Mas atencioso. Pra mim, um homem perfeito , e bem mais jovem. Uma pessoa responsável que gosta de mim, e do que eu faço. E, que merece a minha atenção , o meu carinho e o meu amor.

E, sendo assim de forma alguma me aproximarei novamente de ti. O que aconteceu passou não tem mais volta.

Façamos o seguinte para sermos claros e evitar contratempos.

Não quero vê mais você e nem quero que vejas meu novo namorado.

Paulo , é uma pessoa digna de respeito. Até mais. Não venha aqui.

Passa algum tempo , Lúcia , encontra Paulo, seu atual namorado.

Oi, Lúcia !... Tudo bem com você?... Parece nervosa.

Estou preocupada. lucena telefonou , e eu disse pra ele não me procurar. Mas, você sabe que ele de modo algum aceita a separação.

Tudo tem seu dia e seu tempo, se algo tem que acontecer , acontece no dia e hora marcada. Hoje eu pude vir, quem sabe amanhã?...

Só Deus sabe o dia de amanhã. Nada melhor que estar contigo, Paulo.

Vamos aproveitar essa lua e vamos pra Praia, pro calçadão lá podemos por algum tempo ficar.

Eu acho que devemos nos precaver. Gosto de praia , e de ver a lua. Às ondas do mar que se aproximam da areia.

Que imagem linda e poética, tocar violão e cantar às músicas de RC.

Você é romântico. E sabe o que é bom.Separa o joio do trigo.

Noutro lugar Lucena conversa com amigos sobre algum projeto.

Isto tem que acontecer. Eu, não consigo aceitar essa mulher com outro cara, senão eu.

Temos que fazer tudo como foi planejado.

E tem que ser hoje?...

Tem que ser , sim. Eu tenho que pegar os dois antes que desconfiem.

Você já arquitetou tudo o que quer...

E, nós, quando e quaanto receberemos ?... Tudo tem um preço. Não venha você falar o que temos que fazer.

Sargento Lucena, porquê não deixa de lado essa história. Esquece essa mulher , esse homem. E parte para outra, se têm tantas nesta cidade dando sopa.

Nao me interessa isto. Eu quero a Lúcia de novo. E, ninguém vai impedir.

Sargento , pense em outra coisa e tire essa mulher da sua cabeça, vá por mim.

Tantas mais bonitas. E, mais inteligentes.

Eu, até sei que tem uma caída pelo senhor... E, por você, ela faz tudo.

Não aceito que outro homem se aproxime da minha mulher, ouviu Carioca ?...

E, o que fazer ?...

Hoje daremos um fim, a essa história de amor. Onde só um ama.

Podem me chamar de tudo que quiser. Digam que sou louco. Porém, não de homem apaixonado.

Alguém que não quero citar seu nome , disse que os dois , depois das vinte horas , vão a praia.

Não quero alarde.

Fiquemos de longe então até podermos pegar os pombinhos.

Nosso plano será, executdo se derem uma de besta , e acaso não aceitarem nosso convite para passear...

Sargento. Matar não foi o combinado. Não dá para evitar ?...

Pegar o sujeito e dá uma sova é muito pouco. Eu quero ver o sangue deste playboy correr pelo solo...

Nisto, Lúcia e Paulo , estão no calçadão da Praia. Uma praia, há dez minutos do centro da cidade. Local onde tudo aconteceu naquela fatídica noite de lua cheia.

Esse grupo liderado pelo Sargento , se aproxima ,e ele vendo a cena dispara sua arma em Paulo , sem dar sequer direito do jovem se defender.

Três tiros nada mais que isto, foi disparado de sua arma. Enquanto , ela, eles a deixaram de lado , em desespero por causa do ocorrido.

Mataram covardemente Paulo.

Até hoje este causo vai e vem, e é comentado em toda cidade. O caso que ocorrera em Ponta de Campina.

Muitos ainda não aceitam tal covardia.Um crime com laços de crueldade que ficou e perdura na história dessa cidade.

Ele aconteceu nos anos setenta, nessa praia da cidade de Cabedelo.

Você lembra isto ?...