André Cruz - Detetive Particular

André Cruz

O detetive particular

O celular que se encontrava embaixo do segundo travesseiro, tocava desde às seis da manhã e André só conseguiu despertar e atendê-lo por volta das seis e vinte. Bastante sonolento e sentindo um forte amargor na boca devido as inúmeras canecas de vinho de péssima qualidade na noite passada, o jovem de boa aparência e físico também, enfiou a mão entre os travesseiros puxando de lá seu Samsung J7 barulhento.

— André Cruz, detetive particular, em que posso ser útil?

— Ah, oi, desculpa por ligar tão cedo, é que, é um pouco urgente.

André esfregou o rosto e segurou o bocejo.

— Sem problemas.

— Me chamo Núbia e gostaria de contratar seus serviços.

— Sim, Núbia. Você gostaria de adiantar o assunto pelo telefone ou prefere marcar uma conversa pessoalmente?

— Prefiro pessoalmente.

— Ótimo, só me passa o endereço do nosso encontro. — rolou na cama buscando o caderno de anotações do outro lado, em cima do criado mudo. — pode falar.

A ligação se encerrou. Por fim o investigador pode bocejar a vontade. Ele deu uma corridinha até o banheiro e esvaziou sua bexiga que estava a ponto de estourar.

— Que mijada gostosa. — balbuciou com os olhos fechados.

André até que está com fome, mas a preguiça de preparar o café da manhã é maior do que seu apetite, por isso, ele resolveu se vestir e tomá-lo na padaria que fica em frente ao seu prédio.

— Bom dia Jorginho. Me vê um pingado e um pão com ovo. Por gentileza.

— Saindo!

Enquanto aguardava a chegada do pedido, Cruz passou a paquerar a menina que trabalha como balconista na padaria. André sabe que a mesma já se encontra comprometida, mas mesmo assim investe pesado nela. Após uma longa olhada para a loirinha de olhos azuis piscina, o detetive tomou coragem para se aproximar dela.

— Oi, bom dia.

— Bom dia. — respondeu conferindo o dinheiro.

— Sou André, e você?

— Juliana. — guardou a importância na gaveta.

— Juliana. Gostei do nome. Posso ter o seu contato. Tipo, whatsapp?

Juliana olhou para ele e sorriu.

— Eu já tenho namorado. Me desculpe.

André sentiu vontade de desistir, mas seguiu firme no galanteio.

— Isso não é empecilho, ou é?

A balconista pensou rapidamente, não há mal algum nisso e além do mais, ele é um gato. Juliana rasgou uma das páginas do caderno do fiado e escreveu seu número nele.

— Legal. Quando posso te ligar?

— Ah, sei lá. Hoje por exemplo. Depois das vinte duas.

— Pode deixar.

*

André Cruz costuma ser pontual em seus compromissos, mas hoje nada saiu como o planejado. Ao chegar no restaurante, local onde sua mais nova cliente marcou, Núbia já se encontrava o aguardando.

— Me perdoe pelo atraso.

— Relaxa. Seu atraso foi até favorável. Experimentei um vinho digno dos deuses. — ergueu a taça vazia.

André estava surpreso. Núbia era uma mulher madura e extremamente linda, dona de um decote hipnotizador.

— Vou pedir outra taça. Me acompanha?

Cruz não conseguia tirar os olhos da boca e nem do decote da cinquentona.

— Claro que acompanho.

Núbia estalou suas falanges chamando atenção do garçom. Ela também estava impressionada com o jovem detetive.

— Já podemos conversar, investigador?

— Lógico. Deixe-me pegar o caderno de anotações. — abriu a capanga. — pronto. Já podemos.

Núbia desfez o sorriso. Ajeitou os cabelos atrás das orelhas deixando seu rosto bonito ainda mais radiante.

— Acho que estou sendo traída.

André levantou o olhar.

— Hum! — mordeu a tampa da caneta.

— Eduardo não é mais o mesmo. O seu comportamento mudou drasticamente, além das desculpas por chegar tarde em casa ser as mais esfarrapadas possíveis. Sabe? Eu não sou uma idiota.

— Certo!

André não estava acreditando como um homem pode trair uma mulher como Núbia. Linda, educada, atraente e gostosa pra caramba, meu Deus, olha esse par de seios.

— Então, investigador Cruz, como podemos fechar negócio?

— Vou precisar de mais detalhes, tipo: aonde ele trabalha, número da placa do carro...

— Sim. Tome nota.

Nesse interregno a bebida chegou.

Núbia deixou o detetive a par de tudo. A cada informação dada André ficava ainda mais impressionado. Segundo sua cliente, seu marido é médico e possuí sua própria clínica num dos bairros mais nobres da cidade. Rico e com uma maravilha de mulher em casa. Que canalha.

— Acho que isso já é o bastante, dona...

Núbia contraiu às sobrancelhas fechando o semblante.

— Dona? Só se for a senhora sua mãe, investigador.

Cruz engoliu seco.

— Quer saber minha idade? Cinquenta e um. Uma boa ideia. — piscou. Ela não podia deixar essa passar.

André sorriu de nervoso.

— Eu tenho vinte e seis.

— Hum, vinte e seis. Minha filha do meio tem vinte e quatro. — deu um longo gole no vinho. — então, quanto isso vai me custar?

André olhou para a porta de saída e depois para o decote de sua cliente.

— Peça o quanto quiser, afinal, quem vai pagar será aquele desgraçado mesmo.

Cruz demorou para responder, por isso Núbia se antecipou.

— Vou lhe adiantar cinco mil agora e outros cinco depois do serviço concluído. Certo?

— Certo!

— Ótimo. Me passa seu Pix.

*

Naquela noite André não conseguiu tirar Núbia da cabeça. Claro que ele sempre se relacionou com mulheres de sua idade, é a sua preferência, mas sua nova cliente mexeu com ele. Nunca e em tempo algum ele imaginou se envolver com uma mulher com a idade de sua mãe praticamente. Pela primeira vez ele esqueceu de ligar para alguém. Deitado na cama ele ligou para Juliana.

— Oi, tudo bem. Estou atrapalhando?

— Não. Meu namorado acabou de sair daqui.

— Hum! Sério? E como vocês estão?

— Bem. Quero dizer, mais ou menos...

— Não precisa contar se não quiser.

— Tudo bem. Ele é um cara legal, mas muito difícil de lidar, confesso que estou de saco cheio.

— E o que pensa em fazer? — sorriu.

— Brigamos hoje. Por um motivo bobo. Por isso ele foi embora mais cedo. Dei graças a Deus.

André vibrou em silêncio e deu sua cartada final.

— Quer vir aqui?

Juliana ficou em silêncio.

— Posso pedir alguma coisa pelo iFood.

— Mas já são quase onze...

— Você mora a meia quadra daqui, vai. Meu prédio é o que fica em frente a padaria onde você trabalha. Vem logo.

— Já chego aí.

*

Perto das dez da manhã André acordou assustado. Olhou para o outro lado da cama na intenção de encontrar Juliana, porém, depois de alguns segundos ele lembrou-se de que a mesma havia ido embora na noite anterior. Não aconteceu nada além de um beijo. Claro que, ele como homem queria e muito que o encontro terminasse numa noite louca de sexo apaixonado, mas Juliana decidiu não se entregar tão cedo. O detetive respeitou sua decisão mas não desistiu de possui-la. Outro encontro foi marcado. Ele também buscou o celular embaixo do travesseiro e havia uma mensagem de Núbia no WhatsApp.

Bom dia, investigador André. Eduardo saiu de casa para trabalhar antes do horário. Tenha um bom dia.

Hora de “trampar”. Um banho rápido. Capanga pendurada no ombro esquerdo. Camisa meio amassada e mal abotoada e pronto, Cruz está preparado para encarar o dia. Ao descer às escadas conferindo os dados do Uber que solicitou, André voltou a se cobrar quanto a aquisição de um veículo para trabalhar. Sua conta bancária não é lá essas coisas, mas daria para custear pelo menos uma motocicleta semi usada. Ele vem adiando isso já faz algum tempo e agora com o advento das corridas por aplicativo, essa compra ficará para uma próxima oportunidade. Ao entrar no veículo e relaxar André Cruz pode olhar com mais carinho a foto de perfil de sua nova cliente. Definitivamente Núbia é uma mulher fora de série. É preciso ser mais do que linda e gostosa para fazê-lo esquecer as novinhas. Na imagem ela aparece sorridente, posando ao lado de outra mulher que André deduziu ser sua filha.

- É uma gracinha também.

O investigador perdeu um certo tempo olhando para o sorriso embriagador de Núbia e quando deu por si já havia chegado ao endereço.

- Chegamos, parceiro. – alertou o motorista encerrando a corrida.

Cruz desceu do carro de olho na fachada da clínica médica. A placa de vidro muito bem acabada que trás o nome do dono. Doutor Eduardo Sampaio. Esse é o homem que vem deixando a cabeça de Núbia um verdadeiro furacão? Esse é o sujeito que vem abrindo mão de viver bem com uma mulher incrível como ela? Inacreditável. Ricos e confusos. Bem sucedidos, porém cheios de conflitos. Quem seria capaz de explicar tal coisa? André atravessou a rua ainda com o sinal aberto e nem precisou correr para isso. Sua capacidade de driblar os veículos é algo digno dos maiores craques do futebol. Ele subiu os poucos lances de escada e alcançou a entrada onde há uma imponente porta automática de vidro. Um luxo.

- Hum, nada mal.

O que ele tinha pra fazer era rápido. Entrar. Se informar sobre os serviços da clínica e sobre o responsável dela. Foi o que ele fez. Logo na recepção, uma mocinha com o rosto coberto por uma maquiagem exagerada o recebeu com um sorriso forçado.

— Olá, bom dia.

— Bom dia. Eu gostaria de saber sobre os serviços, principalmente o odontológico.

— Ah, sim, claro. Me acompanhe por gentileza.

O investigador não estava tão distante da funcionária da clínica, mas mesmo assim ele pode conferir seu corpo esbelto embrulhado naquele uniforme que a faz ficar ainda mais sensual. A menina deu a volta no balcão e pegou um catálogo onde havia os serviços do estabelecimento.

— A odontologia funciona todas as terças nesses horários. Deseja marcar já uma consulta?

— Ah, sim, claro. E o doutor Eduardo, ele se encontra?

— Não. Ele já deve estar chegando. Quer marcar com ele também?

André precisou ser rápido.

— Ele possui outras clínicas, atende em algum hospital?

— Pelo que eu saiba, sim, ele atende no hospital do centro.

— Certo!

André precisou preencher uma ficha e é claro acertar os detalhes do pagamento das consultas. Na hora de sair ele também não pode deixar de lançar todo o seu charme pra cima da recepcionista.

— Então, obrigado, Amanda. Você fez um belo trabalho.

A menina fez cara de surpresa.

— Como sabe meu nome?

— Vi no seu crachá em cima do balcão. Assim que lhe vi, senti que tinha tudo a ver com Amanda.

Amanda ruborizou.

— Bom! Não vou pegar seu contato porque vamos nos ver de novo, não é?

— Sim. — disse rindo. — você terá que voltar para as consultas.

— E se eu quiser lhe ver fora daqui? — enterrou as mãos nos bolsos.

— Ah, então você terá que pedir meu contato.

Amanda não hesitou em passar seu número para o detetive. Cruz deixou a clínica satisfeito. De uma vez só ele conseguiu descobrir aonde Eduardo Sampaio atende em outro lugar e também o contato de uma super gata. Ele está bem na fita.

*

Eduardo ainda se encontrava deitado na cama conferindo suas anotações e também a lista de pacientes que pretende atender hoje, até o final do dia. Na porta do banheiro daquele motel cinco estrelas surgiu uma mulher negra, vinte e poucos anos, nua, olhando para ele. O médico também está nu, apenas o fino lençol encobre suas partes íntimas.

— E então, doutor, consegue partir para o segundo tempo ou já estou liberada?

Eduardo não gostou nada do que ouviu.

— Será que você consegue se valorizar? Eu sei que você vive disso, mas, não é preciso abusar.

— Eu não lhe pedi lição de moral, doutor. Perguntar não ofende.

Eduardo guardou o telefone.

— Mas me ofendeu. Eu lhe pago pelos seus serviços, mas eu sei que, por trás de uma garota de programa existe um ser humano.

— Uau! Fiquei até excitada agora.

A garota se acomodou ao lado do médico e passou a acariciar seu tórax peludo.

— E como estão as coisas em sua casa?

O silêncio de Eduardo respondeu a pergunta.

— Núbia segue sem falar direito com você? — insistiu ela.

— Vamos combinar uma coisa, Bia? — cruzou os braços. — evite fazer certos tipos de pergunta. Evite falar em Núbia. Isso é broxante.

Bia ficou de lado e balbuciou.

— Não é da minha conta. Entendi.

As coisas estão difíceis. O casamento está a um passo da destruição total e ao invés do médico lutar com todas as forças ainda restantes, ele prefere afogar suas mágoas nos braços de uma prostituta barata como Bia. Não existe mais amor entre Núbia e ele. Eduardo sabe disso. Sabe que nada de bom será lembrado dessa união, a não ser os filhos. A vida é mesmo uma caixinha de surpresas. Logo ele que havia pensado ter encontrado a mulher que passaria toda sua existência com ela. Que balde de água fria o destino lhe jogou.

— Disse muito bem, senhora Beatriz. Não é da sua conta mesmo. E você já está liberada.

— Vamos acertar nossas contas então? — levantou-se em busca de sua calcinha.

— Diga? — Pegou sua carteira.

— Cento e cinquenta.

— Leva duzentos e até a próxima.

Minutos depois Bia deixou o motel com seu andar pra lá de sedutor. Em seguida o médico. Tudo isso foi registrado por André que fez uso de sua câmera fotográfica.

— Nada mal hein, doutor Eduardo.

Trabalho feito. Ao voltar para casa e revisar o material, o detetive traçou alguns planos para um possível flagrante e naturalmente refletiu sobre a vida do casal. Apesar da pouca idade e também do pouco tempo de profissão, André já pode comprovar que dinheiro, fortuna e status não é garantia de vida conjugal feliz. Núbia e Eduardo poderiam muito bem estarem agora desfrutando do que há de melhor, porém se enfrentam diariamente como bons inimigos mortais. Após essa breve reflexão, ele ligou para sua cliente.

— Já tenho o material.

— Nossa! Que eficiência.

— Que nada. Posso enviar o arquivo?

Núbia ficou em silêncio.

— Se importa em vir aqui?

Agora foi a vez de Cruz ficar em silêncio.

— Detetive?

— Claro que não.

*

André Cruz chegou na casa dos Sampaio boquiaberto com a construção que na verdade é uma mansão. A própria Núbia o recebeu dispensando o serviço da funcionária.

— Pode deixar, Rose. Não quero ser interrompida.

— Tudo bem, senhora.

Núbia o conduziu até uma sala que fica na parte dos fundos da casa. Ao abri-la, a mulher revelou ser um tipo de escritório amplo e refrigerado.

— É aonde Eduardo passa a maior parte do tempo quando está de folga.

— Licença. — entrou.

A porta foi trancada. Tímido, André ficou em pé, parado, fazendo de sua capanga um escudo.

— Mostre-me o material, investigador.

— Ah, sim, eu revelei as fotos. — abriu a bolsa. — pega.

Núbia se negou pegar às fotos. Olhou para o detetive e andou em sua direção. André engoliu seco várias vezes assim que a mulher ficou cara a cara com ele.

— Oi?

— Antes de poder confirmar o que já sei, eu gostaria de me vingar.

O hálito de Núbia estava perfeito.

— Sério? — seu pomo de Adão subiu e desceu outra vez.

— Muito sério.

Núbia pegou com força nas partes íntimas de André que enrijeceu todo o corpo.

— Pensa que não percebi o modo como olhava para os meus seios naquele dia?

— É...

— Eduardo vem me chifrando. Então pensei; que tal eu dar o troco?

Núbia tomou a liberdade de pegar a capanga e joga-la no carpete. O material que estava dentro da bolsa se espalhou pelo chão, mas Cruz não estava nem um pouco preocupado com isso.

Nada mal. Nada mal mesmo. Meia hora que passaram voando serviu para o investigador particular provar que sua cliente é uma louca, mas uma louca muito da gostosa. Ela o levou ao prazer rapidamente, coisa que nunca aconteceu com ele. André deixou a casa ainda sob os efeitos da trepada e enquanto aguardava a condução, seu celular vibrou. Era Juliana.

— Oi, estou no portão, você está no prédio?

André sorriu, porém, tudo o que ele queria era chegar em casa, tomar um banho e descansar. Núbia sugou todas às suas energias.

— Não, mas, chegarei em vinte minutos.

O pior disso tudo é que, André sabe que está se metendo numa fria. Se apenas uma mulher ele mal consegue dar conta, quanto mais três. Porém homem é homem. Caçador. Ama o perigo. Juliana, Amanda e agora Núbia. Uma melhor que a outra. Não é preciso mais do que isso para ser feliz.

Dentro do ônibus ele recebeu a notificação de que a outra parte do pagamento já havia sido transferido e isso o deixou ainda mais excitado e louco para se encontrar com a balconista da padaria. Yes, pensou. O bom de ser jovem é que a diversão nunca acaba.

*

Eduardo entrou em silêncio e observou preguiçosamente os quadros, os móveis, os eletrônicos entre outras coisas que a casa comporta. Do que adiantou? O paletó foi tirado e colocado no encosto do sofá, assim como a maleta no assento. Núbia apareceu na sala segurando uma taça de vinho branco. Parou e colocou a mão livre na cintura.

- Boa noite!

A voz ecoou pelas paredes.

- Opa! Boa noite. – afrouxou a gravata.

Núbia deu um curto gole na bebida e depois retirou do bolso da calça as fotos.

- Quem é a vagabundo? – as jogou em cima da mesa.

Eduardo apertou os olhos.

- Do que está falando?

- Eduardo, pra não perdermos mais tempo, eu já sei de tudo, então, vamos ao que interessa. Eu já contactei meu advogado e...

O médico sentiu um leve mal estar ao ver Bia saindo do motel e em seguida ele.

- Isso não prova merda nenhuma...

- Cala sua boca. Quero você fora da minha casa agora mesmo. – vociferou.

Já não havia o que falar, se defender ou justificar. Núbia descobriu tudo. Nessas horas o melhor a se fazer e calar-se. Foi o que Eduardo Sampaio fez. A agora sua ex esposa deixou a sala subindo às escadas para o quarto. Com certeza ela irá beber até não aguentar mais. A passos cansados e arrastados o médico andou até seu escritório, o mesmo que a horas atrás Núbia havia transado com André. Como ela descobriu, eu fiz tudo certo. Quem a ajudou? Ele abriu a porta e lá estavam eles, seus livros, discos, D.V.Ds, Toda sua carreira, toda sua vida como estudante de medicina. Tudo se encontra ali naqueles vinte metros quadrados. Ela conseguiu isso com ajuda profissional. Eduardo observou que algumas coisas estavam fora do lugar e outras foram mal arrumadas. Ele olhou para o chão. Para o carpete com marcas de sapato. Viu algo perto do pé da mesa. Um cartão de visita. Não estou acreditando nisso.

- André Cruz. Detetive particular. – respirou fundo controlando o ódio. – Você é um homem morto.

Fim

Júlio Finegan
Enviado por Júlio Finegan em 03/01/2022
Código do texto: T7421367
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