Quem é o Senhor?
Este conto é baseado em fato real. Nos idos de 1977,no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil fazia a regulação dos alvarás de diversões públicas, isso incluía tudo, boates, cabarés, bailões,desde os mais humildes até os mais sofisticados. O problema era que os mais humildes recolhiam a taxa e tinham seu alvará, enquanto os mais poderosos quase nunca recolhiam taxas e continuavam abertos e faturando. Havia uma boate, com restqurante anexo, frequentada pela alta roda, inclusive promotores e juízes de direito.Eles não pagavam, o Delegado mandava notificar, nada. Num sábado à noite havia sido formada uma patrulha para evitar brigas e outros tipos de crimes na cidade.Depois das vinte e três horas, mais ou menos, quando o líder da equipe entendeu melhgor hora, dirigiram-se todos à boate famosa e lotada de figuras de renome na cidade, entraram, cgamaram o gerente e pediram o alvará de lucença para funcionamento. Salta daqui, pula dali,o cara disse que não tinha a licença. Então o líder da euipe, mandou desligar o som e, gentilmente pediu para todos irem embora que o local estava fechado a partir daquele momento por falta de alvrá de funcionaqmento, e outros. Esvaziado o local, foi detido o responsável e levado para lavrar uma ocorrência, à época, feita em livros. Todos e retorno à base procedeu-se ao termo. Enquanto um dos policiais escrevia os fatos no livro, começaram a chegar oessoas interesssadas no assunto.Advogados, amigos destes, frequentqadores e um senhor muito alterdo que dizia não ser permitido que se fechasse um estabelecimento daquele nível àquela hora da noite quando a elite da cidade se divertia.Gritou, falou, ameaçõu e o líder dos policiais apenas ouvindo. Quando o reclamante parou,o policial calmamente perguntou-lhe:quem é o Senhor, pois preciso repassar o ocorrido a meus superiores. Em resposta o homem disse: pois eu sou o Promotor de Justiça da cidade. Ah, pois me desculpe, disse o policial, estou recentemente na cidade e não o conhecia e por isso pensei que o Senhor fosse o dono da boate. Então o Senhor está do nosso lado!. Após esta última afirmação o homem deu meia volta e saiu quase em disparada.A seguir os outros foram saíndo e restaram apenas os verdadeiros interessados.Anos depois esse tema jurídico foi modificado e os alvarás passaram as prefeituras.