A perícia, a morta e o estagiário...

- E a morta?

- Foi vítima de morte morrida!

- Deixe de brincadeiras e diga já a situação da vítima.

- Então, capitão, vejo nas duas laterais do rosto da mesma dois furos...

- Meu Deus... O maldito deve ter atirado de um lado e o projétil saiu do outro.

- Talvez, de onde eu vim nós chamamos isso de ouvido.

- Olha só! Estou chegando aí, à cena do crime, logo, no rabecão da Perícia Forense; mais uma gracinha sua e farei questão de ter dois corpos presentes aí!

- Desculpa, senhor, foi uma força do hábito. A verdade é que a vítima está mais inteira do que eu.

- Como assim?

- Não vejo sequer um arranhão nela, parece até que morreu de um susto!

- Estranho... Pode ter sido um envenenamento, então?

- Não sei, só sei que já está começando a feder e eu não quero ficar cheirando futum de defunto, pelo menos não sozinho.

- Seu insensível... Estamos chegando na rua, vou desligar, não conseguirei nenhuma informação útil por aqui, pelo jeito. Câmbio, desligo.

- Tchau, tchau, bye. Desligando!

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 10/09/2020
Código do texto: T7060041
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