INVESTIGADOR MÉDIUM.
sexta-feira, 17 de abril de 2020.
Desde menino no interior do Piauí Rilonte tinha visões: ouvia e falava com espíritos. Muitos o acham louco. Fez os estudos precários de sua época de sertão e foi a SP tentar á vida. Rilonte continuou estudando até fazer Faculdade de Direito pela USP. Prestou concurso para academia de polícia onde se formou como investigador nos anos 1070.
O investigar Rilonte ganhava de todos os colegas, pois, nos crimes de morte ele invocava seus poderes espirituais e descobria tudo. Como na policia e justiça é preciso prova material ele sempre achava uma prova convincente para justiça. Certa vez ocorreu um crime na Nona Sul-OS, lá foi o investigador Rilonte. Chegando ao locar onde Havia um corpo já desfigurado e em processo de putrefação. Rilo como era conhecido pelos colegas, saiu um pouco fora dos policias e encontrou uma boina de um policial do exército. Nessa boina tem um número, e por ele, o investigador chegou ao criminoso.
Outra vez o policial achou uma criança no lixo. Invocou seus poderes encontrou a mãe da criança. Os superiores de Rilonte ficavam perplexos: como podia ele ser superior nas investigações chegava ao criminoso de uma forma rápida e sem muito trabalho. Um dia o Secretario de Segurança Pública foi conversar com aquele policial exemplar e ficou mudo...
Como era ateu disse ao subordinado que na polícia e justiça aquilo não Era aceito, contudo, ele poderia continuar fazendo seu serviço.
Preso com Rilonte contava tudo sem um beliscão. O bandido ficava louco como podia o investigador saber em detalhes tudo que ocorreu no crime. Ai o cara abria o jogo.
Rilo foi aposentado e abriu uma casa espírita muito frequentada e respeitada por gente da alta sociedade paulista inclusive oficiais do Exército e Polícias em geral.
Essa é minha modesta homenagem aos escritores de contos policiais que morrem esta semana: Rubem Fonseca e Garcia-Roza.
ADÃO NHOZINHO