O homem de bandida

No verão de 2003 eu desisti do curso de psicologia e resolvi ser delegada!

Eu sempre odiei minha cunhada - uma dissimulada, promíscua e provavelmente feiticeira, pois a remelenta de alma sempre conseguia o homem que quisesse, qualquer macho que ela julgasse que deveria ser seu e pronto! Lá estava o infeliz lambendo o chão que ela pisava. Azar do meu irmão, apaixonou-se pela rameira da cidade,rainha do tráfico e dona de todas as bocas de fumo.

Idas e vindas de um relacionamento abusivo, perdão das traições dela, mentiras e vistas grossas... Eu nunca entendi porque diabos ele não a deixava! Por que se jogava no fogo do inferno por causa daquela maldita mulher? Medo de amanhecer com a boca cheia de formiga? Não podia crer que ela trepava tão bem assim.

Recebi o convite de casamento no verão de 2003. Já sabia o que estava por vir. De jeito nenhum eu poderia ser psicóloga! Delegada! Estava decidido.

Tempos depois minha cunhada também receberia um convite: Passar férias na cadeia! Eu mesma fui buscá-la.

Ela poderia arrancar a sanidade e alma do meu irmão, mas nunca sairia ilesa do processo por tráfico de drogas! Até que as algemas combinaram com as porcarias de brincos de prata dela...

O meu irmão? Não fala mais comigo e jura até hoje que era ele o traficante.

Carol Galvão
Enviado por Carol Galvão em 12/01/2019
Reeditado em 21/01/2019
Código do texto: T6549150
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.