- Carminha ou se quiserem Maria Aparecida.

Causava um grande alarido naquela boite de luz azul, Carminha!

Esse era o seu alcunha, pois seu nome verdadeiro era Maria Aparecida.

Tinha um namorado meio bojudo e despido de caráter, era ardiloso.

No seu arroubo de fazer figa as amigas criou uma atmosfera belicosa.

Numa tarde ensolarada com uma frugal desculpa comprou um besugo.

Isso fez com que o cara ficasse fleumático e procurou homizio no bar.

Pouco deu trela para aquela atitude do bojudo, saiu de casa janota.

Chegando à boite causou alvoroço e um pacóvio sujeito se aventurou.

Era pedante e ao mesmo tempo inócuo, poucos recursos financeiros.

Aquilo para Carminha era o fim do mundo, dar para pobre, adeus!

Depois de sua irrupção a calmaria voltou a reinar e silente ficou.

Eis que surge um grande insolente desafeto do seu finado bojudo.

Carminha tentou ficar implícita no seu camarim, foi descoberta!

Não é que o cara queria por que queria o amor frugal da bela dama!

No seu cerne de aventuras veio aquele ódio de sangue na sua garganta.

Um eco ecoou na agitada boite, sai de mim seu parco e pedante.

Já descobri o que você na realidade é, um famoso pederasta do cais.

Assim o tempo fechou, pois o gay já havia pagado a consumação do ato.

Carminha começou a gritar, queres dilapidar a minha noite de amores?

Comigo não irás fazer nenhuma curra nunca atingiras o meu âmago.

Pousas de um ar fleumático e não passas de um bom filho da puta.

Aí fodeu! Foi bordoada para todos os lados e logo o pachorrento fugiu...

Com a chegada da patrulha todos para a Delegacia seguiram,sem o cara.

O Delegado pândego conseguiu desvencilhar o caso e toda nódoa limpar.

LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 30/07/2018
Código do texto: T6404163
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