A Miss TARaDA e o Delegado FAMiNTO
"Doutor, eu posso lhe fazer uma pergunta ? ..."
Às 17: 36 horas ...
Ela estava ligando com o seu celular para o 190, explicando que no Banco não lhe deixaram passar na porta giratória e um funcionário lhe fazia perseguição ao sempre travar a sua passagem. Com tudo aquela situação era de certo modo ultrajante lhe ferindo a condição de uma cidadã livre e do bem.
Em instantes chegaram 4 militares com suas Bikecops e se dirigiram à conversar com a vítima da solicitação. Tenente Fagundes, Sargento Farias , Soldado Cardoso e Soldado Schmidt, ouviam atentamente à tudo que lhes eram narrado e com seriedade lhe orientaram em buscar uma Delegacia próxima dali para registrar o fato ocorrido e assim, mover um processo contra a unidade bancária e o seu funcionário, qual lhe fazia rixas e uma perseguição danosa.
Se dirigindo até a Delegacia, ela ainda estava brava e falando até sozinha com botões do paralelo eixo quântico sensorial.
"Eu não acredito ! Este é um infeliz, cretino, velho babão, maldito ... Arrrrgrrr " _(Demasiadamente ultrajado o seu intrínseco pensamento ferido).
Chegando na Delegacia se acalmou e com a sua sensatez, resolveu esquecer o porco chovinista do Banco. Teve que aguardar um tempo em demasiado muito longo, pois era a troca de plantão.
Ao seu redor chegavam pessoas que também iam registrar boletins de ocorrências de diferentes aspectos e cada pessoa com a sua gravidade ou banalidade do ego. Começou à escurecer e cada vez surgiam mais pessoas ... Isto era tão entediante e chato, mas teria que aguardar ao lado de todos presentes naquele Plantão, qual nunca se iniciava.
Chegaram quatro viaturas militares com uns meliantes que iriam ficar detidos na carceragem. Tudo cada vez ficava mais chato. Duas caminhonetes da polícia rural estacionaram na frente do Distrito Policial e aumentava mais casos à cada paradinha de alguém ali. Eram tantos fatos ocorrendo e não poderiam ter escolhido dia diferente. Realmente não escolhem e acontecem sempre !!!
Já quase desistindo de esperar, ela pensou que faltava também surgir um flagrante ... Flagrante era um puffff do tempo, pois aquilo iria virar um Plantão ETERNOOOOOO ... Geralmente quando há flagrantes, a Delegacia trava tudo e todos se empenham à documentar todos os detalhes. Isto levam horas e não é tão simples como às pessoas imaginam. A responsabilidade do Distrito que recebe um flagrante é súbita e ríspida.
Ainda bem que flagrante não houve naquela noite, apenas às diversas pessoas chatas e um tempo entediante que somente passava à esperar.
Às 19:55 horas ...
Ela olhava para Lua e naquele instante lhe deu um clarão, tal qual lhe faz centrar o eixo quântico sensorial em órbita plana. Olhou para o lado, bateu seus olhos nos olhos dele. Muito rápido o mediu dos pés à cabeça e assim, voltou novamente aos olhos.
Foi um reflexo muito rápido e isto lhe fez ficar com o rosto rubro, coração vibrando e a sua sagacidade aguçada.
É ... Não acontece sempre de alguém passar e simplesmente lhe despertar algo intrínseco nos sentidos verticais e horizontais. Isto era excitante e um tanto curioso.
Então, tudo voltou ao mesmo estado anterior com pessoas chatas e entediantes dentro daquela espera sem fim.
Passando 5 minutos ...
Ele saí outra vez ao lado de fora do DP, começa falar com uns Policiais Municipais, quais estavam ali também. Eles lhe chamando de doutor e blábláblá ... Dava para a voz dele, ouvir ... Ele falava e olhava para ela, tudo em uma atmosfera da curiosidade masculina.
Bom, ele resolveu pedir para a Polícia Municipal estacionar mais adiante, pois ficaria de Plantão e iria estacionar a sua caminhonete em frente ao DP.
Ele tinha um jeito meio espaçoso, abusado e metido, porém bem sério e ao mesmo tempo sedutor. Todos ali olhavam para ele com respeito, pois era tão somente o Delegado que iria assumir o Plantão.
Neste tráfego todo de acontecimentos, ela ainda tinha que fazer o BO contra o Banco e o funcionário. Chegou a sua vez e um funcionário lhe atendeu, era o escrivão Rambo. O cara era todo musculoso, com um peitoral estilo pombo de animação, qual vai receber medalha de honra, tinha olhos azuis e era muito educado. Logo prestou atendimento e foi corretíssimo em narrar por escrito os fatos no mais óbvio e claro possível.
Uma impressora começou à disparar engates aos papéis que ali estavam, sendo impressos sequencialmente e sem ninguém ter mexido nela.
O escrivão Zacarias disse :
- O que é isto ? Rambo, foi tu que fez ela ligar ?
- Não, estes papéis estão sendo impressos com comando da outra sala.
- É ? Eu não sabia que dava para fazer isto !
- Claro que dá ! Tanto que está dando ... Baaaaah
De repente as folhas começaram à pular do compartimento onde estavam e os funcionários foram tentar organizar. Estava ficando tudo muito bagunçado e a situação era inusitada ... Diante da cena, qual os dois homens estavam em demasiado semelhantes ao antigo filme dos "Três Patetas", ela brevemente sorriu. Era muito engraçado e ao mesmo tempo que houve a súbita comédia, dava para perceber que eles somente eram atrapalhados e estavam tentando arrumar toda a desordem dos insanos papéis impressos.
A porta se abriu, um reflexo lhe adentrou outra vez e seu olhar correu em direção à ele ... Rambo e Zacarias se organizaram, o Delegado pegou os documentos que haviam sido impressos e ao invés de voltar para a sua sala, sentou -se ali mesmo, iniciando uma verificação de folha por folha.
Ela somente tinha que ler e assinar o BO, para depois ir embora e tudo seria apenas um delírio imaginário com trocas de olhares, mas também se fosse ousada, a realidade entediante se transformaria em um insano desejo real. Para aumentar o seu tempo ali, ela leu aquele BO umas sete vezes.
Ela observava ele ...
Ele observava ela ...
Estavam ambos com os pensamentos se cruzando, se atravessando e se dirigindo frente-à-frente, mas nenhum dos dois falava.
Ao levantar da cadeira para ir embora, ela resolveu sentar novamente e mexendo em seu tablet, abriu a internet. Rapidamente pensou em falar algo, mas levantou-se e desistiu. Seu rosto queimava de calor, suas pupilas aumentavam e levemente diminuiam. Foi quando sentiu um pulsar e não teve outro jeito ...
- Doutor, eu posso lhe fazer uma pergunta ?
- Claro que pode! Pode fazer até mil perguntas !
- É ?! ... Então, não é sobre o BO que fiz agora, mas sobre outro assunto... Este, se eu não falar aqui e agora, acho que vou fazer algo muito errado.
Ele olhou nos olhos dela e ela nos olhos dele ...
- Então, me diga o que pretende fazer de tão errado?
- Sabe ?! Eu fui Miss ... Miss Brasil ... __(abrindo o tablet e mostrando às suas fotografias de Miss).
- Nossa !!! Parabéns !!! ... Quero ser amigo da Miss Brasil !!!
- Jura ?!
- Sim ! É claro, se quiser me adiciona no Whatsapp e envia a sua fotografia de Miss, vou mostrar para os meus amigos que sou amigo da Miss Brasil !!!
Ele estava todo feliz, ao mesmo tempo nervoso e ela estava feliz, mas não estava nervosa.
Adicionando o número do telefone em seu aparelho móvel, em seguida se despediu e não falou o tal do assunto que iniciou-se à argumentar.
Passaram dias ...
O Delegado e a Miss começaram à conversar e falavam muitas coisas ao mesmo tempo. Estavam ampliando muitas afinidades, quais às vezes tinham uns derrepentes conflitos do senso de humor bobo masculino, no observador e inerente senso de estratégia feminina. Até parecia uma amizade vinda da infância ou igualmente se conhecessem há muito tempo ... Na verdade não se conheciam tanto tempo ! Porém, estavam assim fazendo.
Em um Plantão ...
- Preciso te confessar algo ...
- Diga, o que há ?
- Eu vou ser presa e meu delito é roubo ...
- Como ?! Roubou o quê ???
Ela subitamente adentrou-lhe um sedento beijo ...
Um beijo sedutoramente molhado, tarado e muito insano. Fazendo o Delegado ficar completamente imóvel e sem ação.
- Pronto ! Pode me prender !
- Prender ?! Por quê ?
- Te roubei um beijo, agora vou ser presa.
- Só se for nos meus braços !!!
Os olhos da Miss e os olhos do Delegado, se atravessavam por si e tão somente juntos. Eles voltaram à se tocar com os lábios, com as mãos e com toda aquela situação tão sedutora de essência mútua e contínua. Muitas faíscas intrínsecas e desejos inimagináveis explodiram dentre os dois, quais estavam à cada tocar em uma tênue paralela da faminta euforia e do tarado desejo à aflorar.
Em outro plantão ...
- Oi ?!
- Oi ...
- Hoje eu estou TARaDA ...
- Eu estou FAMiNTO !!!