O FALSO PASCÁCIO::
-Às vezes o que parece ser, pode nos enganar!

   Numa cidade de médio porte no interior do país vivia um sujeito pacato de nome João.
   Bem assim, tal como o nome sugeria, simples e de pouca conversa.
   No que era visível se observar, com uma certa educação natural, mas longe de ser um letrado, ao menos era o que demonstrava em seu jeito simples de ser.
   Sempre que lhe perguntavam algo, respondia todas às vezes com poucas palavras, comprovando assim toda a sua simplicidade e muita timidez.
   Por aquela ocasião, naquele lugar verificava-se uma série de crimes quase que insolúveis, ao menos para os recursos próprios de segurança por lá, precário e muito defasado.
   João, ao contrário do que realmente era na verdade, fez questão de que todos o tivessem como um bobo e tinha como única preocupação e ocupação, tratar de seus bichinhos de estimação (
dois cãezinhos, algumas galinhas poedeira e uma pequena plantação de eucaliptos, de onde extraia uma pequena porção de mel para consumo próprio e á uns vizinhos bem próximos).
   Esta passividade simplória renderam-lhes alguns apelidos pejorativos, tais como:
  - Zé ninguém/ Bocó/ Matuto e um que mais tarde veio revelar-se ser o seu oposto de fato, João também sempre zombado chamado de
“O Pascácio”.
   Contrário do que era, ele se mostra de sangue frio e alheio aos achincalhes dos que se achavam superiores.
   Não demora e num certo dia em que vinha ocorrendo um assalto ao banco daquele lugar, uma emboscada por parte da polícia foi realizada; e adivinhem encabeçada por quem?
   -Sim pelo Zé ninguém, o Matuto João, que na verdade era um graduado policial de outro estado que se infiltrou, ali camuflado e misturado aos cidadãos nativos daquela cidade. Por ser desconhecido e com uma atuação digna de receber um “Oscar”, sem levantar qualquer suspeita, o falso Pascácio colocava atrás das grades uma quadrilha inteira de bandidos que aterrorizava há muito..., aquele lugarejo.



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