Muito Barulho por Jade-Rebelde
Ainda muito sonolento, bocejando e coçando os olhos, Nick Abbott pegou o receptor da sua réplica moderna de um telefone estilizado da década de 60 em cima da sua mesinha de cabeceira Luís XIV original. Antes de atender ele deu uma olhada em seu relógio de ouro, 9:10h da manhã. Quem telefonaria para ele assim tão cedo?
- Sim... Que? Ah, não...
Pulou apressadamente de seu leito baldaquino de madeira sólida do século XVIII e correu para o banheiro. Em poucos minutos estava pronto. Ele lastimava, mas sob estas circunstâncias teria que ficar sem o café da manhã. A Sra. Darling, sua querida criada, torceu os lábios em reprovação quando ele abanou para ela um adeus. Lá embaixo na garagem, o seu motorista Morris aguardava-o com um olhar intrigado. Nick Abbott parou para considerar seus carros por alguns segundos e apontando para a sua Ferrari vermelha tradicional dirigiu-se para ela. Morris apressou-se para abrir primeiro a porta para seu mestre e depois para tomar o assento do motorista.
- Para onde?
- Ah, Morris, Morris... para a galeria de arte, por favor. Fomos assaltados. Eu sei que sou um homem bom, por que uma coisa dessas acontece comigo, Morris?
No caminho de Kirribilli para Manly, confidenciou com Morris o seu desconforto em ter que lidar com uma investigação policial em sua galeria de arte, entrevistas para a imprensa e todas as desagradáveis correrias consequentes que ele teria que enfrentar. Mas, certamente, nada o chateava mais do que ter que lidar com aquele ganancioso do Sr. Rupert Thompson.
Enquanto Morris estacionava na entrada da galeria de arte, Nick Abbott percebeu um olhar indefinível dos policiais e do repórter da TV em sua direção. Ele teria que ser forte e encarar a situação.
- Bom dia, Sr. Abbott. É uma pena o que houve aqui... mas já estamos terminando o que tínhamos que fazer. A sua gerente confirmou que aparentemente nada foi roubado com exceção do novo quadro da Jade-Rebelde. Bem, pode-se dizer que o senhor tem sorte, bom para o senhor!
- Só uma tela? Tem certeza? – Nick Abbott apertou a mão do oficial da polícia e dirigiu-se até a sua gerente, a Sra. Mac Ferris. Deu uma piscadela amigável para sua velha conhecida Rose Goddard, a repórter de arte, para que soubesse que ele já falaria com ela.
Quando se inteirou dos fatos por alto com a Sra. Mac Ferris, ficou mais calmo e sua autoconfiança retornou. Pelo menos ninguém se machucou, nenhuma obra de arte nem as valiosas peças de mobília da loja sofreram quaisquer danos e nenhuma destruição maior foi feita a sua amada galeria de arte, The State of the Art, com exceção da fechadura da porta. O único item furtado fora deveras a estrela da nova exposição, a pintura recentemente encontrada da polêmica pintora Jade-Rebelde. Felizmente, tanto sua galeria quanto a tela roubada tinham seguro total. Realmente não havia nada para se preocupar.
Ele teve, assim mesmo, um dia carregado. Seu tempo foi dolorosamente gasto com breves reuniões para discutir o assunto novamente com os policiais investigadores na delegacia de polícia, com a mídia cancelando a cerimônia de inauguração da exposição, com o pessoal do seguro e também com alguns colegas e amigos que passaram pela galeria para apoiá-lo... mas o que é pior, falar cara a cara com o Sr. Rupert Thompson.
O Sr. Rupert Thompson foi o negociante de arte que levou para o Nick Abbott este quadro desconhecido da pintora desaparecida, a famosa Jade-Rebelde. Como era seu hábito, o Sr. Rupert Thompson ocasionalmente visitava as feiras não apenas da região de Sydney mas também de todo o Estado de New South Wales bem como o de Queensland. Desta vez o negociante de arte surpreendeu-se com esta raridade numa banca de bric-a-brac na feira de Glebe. Segundo ele, seus olhos pousaram na tela por acaso uma vez que ela estava estocada esquecida em cima de uma pilha de outras telas à venda pelo preço inacreditável de 10 dólares cada. O Sr. Rupert Thompson examinou ele mesmo a pintura e teve quase certeza de tratar-se de um original mas decidiu levá-la a Nick Abbott para uma segunda opinião.
Ambos especialistas concluíram que, a despeito da estranheza de todo o caso, aquela era mesmo uma pintura original de Jade-Rebelde. A bem da verdade, desde o desaparecimento misterioso da pintora, há mais ou menos cinco anos, outras pinturas suas simplesmente surgiram de maneira semelhante... ou em feiras ou em liquidações de garagem. O próprio Sr. Rupert Thompson já encontrou três.
Agora inspirado pela novidade do novo achado, Nick Abbott concordou em patrocinar esta exposição dos trabalhos da Jade-Rebelde em sua galeria de arte mostrando esse quadro como destaque e única peça à venda em um leilão marcado para o último dia da exposição. Todos os outros trabalhos à mostra pertenciam a colecionadores de arte, todos fãs da artista desaparecida. Como o oficial de polícia acabara de afirmar, Nick Abbott podia mesmo se considerar sortudo com o fato de que nenhum dos outros quadros tenha sido roubado, desta forma ele teria que se entender apenas com o Sr Rupert Thompson. Porém, por mais estranho que possa parecer, o negociante de arte encarou tudo muito bem para a total admiração de Nick Abbott.
De volta à casa à noitinha, ele jantou com a Sra. Darling e Morris seus leais e dedicados servidores desde os tempos de sua infância. Eles se puseram a conversar sobre o assalto sem parar, a Sra. Darling não escondia sua curiosidade e fez muitas perguntas. Morris por sua vez, não conseguia entender a estranha mente do ladrão.
- Desculpem-me, mas isto é demais para mim... por que alguém iria se expor em um negócio assim tão arriscado para roubar apenas um quadro quando ele poderia agarrar muitos outros com facilidade? – Morris coçou o queixo.
- Precisamente, Morris... algo aí não está batendo bem! Deve haver uma explicação racional por trás de tudo isso. Arrombar uma galeria de arte, cheia de pinturas, esculturas e todo o tipo de objetos de arte caríssimos apenas para roubar uma das mais simples pinturas em exibição. É difícil de acreditar...
- Claro, Sra. Darling, o cara deve ser totalmente insano ou meramente burro! – Nick Abbott balançou a cabeça embasbacado.
- Com perdão, Nick, mas eu não acho que ele seja nenhum dos dois... – Morris respirou e grudou os olhos no jovem patrão. – Eu acredito que o sujeito sabia muito bem o que estava fazendo...
Já era tarde da noite e os desesperados mas inúteis esforços de Nick Abbott para pegar no sono estavam deixando-o louco. Ele não conseguia tirar as ideias de Morris de sua mente delirante. O seu querido motorista estaria ficando muito velho ou teria ele uma imaginação muito fértil? Ou haveria mesmo alguma verdade subjacente por trás deste raciocínio?
Exausto por não conseguir dormir levantou-se e foi para a sacada do seu quarto. Admirando o Sydney Harbour àquela hora sempre lhe dava uma sensação de permanência e todos os efeitos de iluminação em suas obras primas da arquitetura enchiam-no de uma certeza de que a humanidade pode ser boa e valorizar a beleza transcendendo a nossa natural sordidez. Mas então seus olhos se embaçaram e o enigmático roubo do quadro da Jade-Rebelde voltou a sua mente.
- Por que? Por que alguém faria isso? O Morris deve estar certo ao final das contas. Do jeito que parece... não faz nenhum sentido! – Nick Abbott disse para si mesmo verdadeiramente chateado. – Mas eu irei descobrir esse elo perdido! – Mais contente com esta súbita determinação, retornou para seu leito baldaquino e dormiu como um bebê até tarde pela manhã.
Acordou com uma só determinação na mente, resolver o mistério de arrombamento tão ridículo em sua galeria de arte. Morris levou-o, em seu Jaguar amarelo, até a The State of the Art logo após o almoço. A Sra. Mac Ferris olhou-o com surpresa quando ele chegou, ela até admitiu sentir-se aliviada em poder contar com ele naquele momento incomum.
- Minha querida Mac, eu sei que te encho com tanto trabalho... e tudo o que eu faço é ficar apreciando as belezas que temos aqui... –Nick Abbott beijou a mão da Sra. Mac Ferris como ele costumava fazer. – Mas eu vim aqui porque preciso da sua opinião...
- Nick...
- ...sobre o roubo, imagina só, o Morris tem umas ideias sobre o fato que eu preciso averiguar e investigar.
- Investigar??? Ai, não... eu devo ter jogado pedras na Cruz pra merecer este suplício! – A Sra. Mac Ferris deu tapinhas no ombro dele com ternura. – Vai falando!
- Eu sabia que poderia confiar em ti, Mac, meu amorzinho! Direto ao assunto: por que tu roubarias uma pintura medíocre quando poderias facilmente surrupiar obras de arte valiosíssimas?
- Hum... não tinha pensado nisso... – A Sra. Mac Ferris levantou-se e foi até sua escrivaninha, pegou um bloco de notas e retornou para sentar-se ao lado do Nick Abbott num sofá que pertencera a um astro do rock já falecido. – Vamos colocar no papel todas as possibilidades não importa o quão impossível elas cheirem.
- Eis aí uma detetive profissional! – Os olhos do Nick Abbott brilharam animados. – Então escreve aí... tu queres teus cinco minutos de fama na TV se fores preso...
- Ah, que é isso, que babaca faria... – A Sra. Mac Ferris abanou com um sinal de concordância. – OK, eu aceito... e que tal testar as chances de arrombar a galeria pra valer da próxima vez?
- Oh, meu Deus, Mac, isso é bem viável, temos que ser extremamente cuidadosos com o nosso sistema de alarme...
- Com certeza. Hum, que tal se fosse para distrair a polícia enquanto outro assalto é realizado em algum outro lugar? – A Sra. Mac Ferris levava sua tarefa a sério.
- Verifica isso depois com o oficial de polícia, Mac, pode ser? – Nick Abbott franziu a sobrancelha e deu-se conta de que o assunto não era brincadeira de criança. – Estive pensando... e se houver um valor desconhecido para essa tela roubada que nós não sabemos mas o ladrão sabia?
- Bom, é meio amedrontador, parece até o roteiro de um filme. – A Sra. Mac Ferris mordeu os lábios enquanto anotava aquilo. – Nesse caso, tudo toma um rumo diferente, um roubo com um propósito.
- É o mais provável! O Morris acredita que o ladrão sabia exatamente o que estava fazendo!
- Cruzes! Deixe-me pensar... Assumindo que o roubo não tenha sido por dinheiro e que ocorreu na véspera da inauguração da exposição quando o quadro seria apresentado ao mundo...
- Nick Abbott interrompeu-a, levantou-se e ficou todo agitado. A Sra. Mac Ferris seguia-o com os olhos enquanto ele andava em círculos na frente dela e só repetia oh, oh, oh... Somente após beber um pouco d’água foi que ele se acalmou e pôde falar novamente.
- Mac, estás vendo onde estás chegando? – Ele sentou-se ao lado dela e a encarou com espanto. – O ladrão não queria que as pessoas vissem o quadro!
- Epa, isto está me soando meio exagerado, Nick. Receio que tu estejas te deixando influenciar e começas a romancear o caso...
- De jeito nenhum! Olha só, agora está claro como água pra mim, deve haver alguma coisa naquele quadro que o ladrão não quer que ninguém descubra! – O corpo do Nick Abbott tremia todo.
- Nick...
- Mac, talvez tenha a ver com o desaparecimento da Jade-Rebelde... – Nick Abbot exprimiu sua ideia e imediatamente tornou-se pensativo.
- Ai, Nick, para com isso, meu querido. Isso é pura loucura, meu bem. – A Sra. Mac Ferris apertou a mão dele nas suas. Deixou-o sozinho no sofá e foi até sua escrivaninha dar um telefonema, rejeitando dessa forma qualquer possibilidade sequer de considerar o assunto outra vez.
Desanimado, Nick Abbott já estava indo embora quando bateu os olhos no material de propaganda da malfadada exposição da Jade-Rebelde sobre a escrivaninha da Sra. Mac Ferris. A esquisitice envolvendo esse assalto enigmático lembrou-o de sua promessa de encontrar a verdade. Nada o desencorajaria.
Ponderando sobre a lista aleatória das prováveis intenções do crime, ele lembrou-se que os arquivos e portfolios da galeria continham registros fotográficos de todas as obras de arte que eles acolheram até então. Colou o arquivo sobre a Jade-Rebelde no seu próprio pen-drive sem contar para sua gerente para não chateá-la ainda mais e então com o entusiasmo renovado deu um beijo de despedida na Sra. Mac Ferris.
Convidou seu motorista para um café no calçadão de Manly afim de conversar com ele num local quieto e aconchegante. Nick Abbott mal podia esperar para discutir com Morris as últimas informações que obtivera sobre o caso da tela de Jade-Rebelde.
- Ah, Morris, Morris... por favor, me ajuda aqui com estas fotos. Temos que encontrar uma do quadro da Jade-Rebelde com boa qualidade... Aposto como poderemos enxergar a resposta para o mistério bem ali!
- Nick, embora eu concorde contigo que seja bem provável... tenta não ficar muito desapontado se... – Morris deu uns tapinhas no ombro do Nick Abbott.
- Agora já é tarde, tenho certeza que estamos no caminho certo! Oh, aqui está o arquivo da Jade-Rebelde... vamos abrir e passar por toda essa bobagem...
- Que curioso! Ela costumava pintar palavras dispersas na maioria de seus trabalhos... – Morris segurou o braço do Nick Abbott para aumentar o tempo de visualização de cada quadro.
- Claro, esta foi uma das razões que vários críticos de arte rejeitaram-na como uma artista verdadeira e a classificaram e descartaram como uma “ecologista com talento artístico”. Ele apontou em seu tablet algumas das pinturas mais famosas da Jade-Rebelde. – Vê só, salve o ornitorrinco, salve a Grande Barreira de Corais, ah, e essa aqui chocou o mundo das artes... olha aqui! Salve a Terra de Arnhem...
- Aha... não é de se estranhar por que a chamam de Rebelde, agora eu sei o porquê!
- Exatamente, Morris. E é por isso que algumas pessoas atribuíram o caso do desaparecimento dela à razões políticas... – Nick Abbott franziu a testa mas continuou a procurar no arquivo até que encontrou a foto do quadro roubado. – Aqui está, Morris!
- Ei, neste aqui há somente a palavra SALVE... – Morris segurou o queixo enquanto fitava atentamente a foto.
- Ah, sim, não é muito militante desta vez... somente um chamado geral por ajuda... – Disse Nick Abbott e fez um sinal para o garçom.
- Não é bem assim, Nick! Se levarmos em conta que ela está desaparecida há tanto tempo... talvez tenhamos aí um chamado desesperado por socorro... para socorrermos ela, Nick! – Os olhos do Morris alargaram-se quando ele e Nick encararam um ao outro, boquiabertos.
- És um gênio, Morris! Só pode ser isto com certeza! É por isso que o quadro tinha que desaparecer também... – O corpo do Nick Abbott retesou-se. – Neste caso o ladrão tem que ser a mesma pessoa que sequestrou a Jade-Rebelde, quer dizer, só posso crer que ela foi mesmo sequestrada...
- Isso é muito sério, Nick. Está ficando fora das nossas mãos, é melhor chamarmos a polícia.
- Tens razão, Morris... mas antes vamos tentar encontrar mais pistas no quadro. – Ele interrompeu-se para pedir mais café quando o garçom chegou. Sua mente estava, no entanto, totalmente concentrada, insistiu para que Morris continuasse pensando.
Na tela, a foto do quadro mostrava uma fileira de casas de praia ao longo de uma estrada suspensa no ar próximo às nuvens enquanto podia-se ver a orla lá embaixo. A palavra característica de Jade-Rebelde salve pairava acima da fileira de casas. Nick Abbott aumentava e diminuía o zoom numa tentativa de perceber alguma mensagem escondida.
- Ah, Morris, Morris... Por que essa rua está flutuando como uma nuvem, torna quase impossível a identificação do local. De alguma forma me parece familiar...
- Bem semelhante a nossa orla aqui por perto.
- Eu sabia! Dá uma olhada, Morris! – Nick Abbott apontou a fileira de casas. Essas casas foram totalmente distorcidas mas é seguramente Whale Beach ou Palm Beach... vê o farol abaixo da nuvem?
- Tu podes estar certo, Nick! – Morris ficou pálido. – Verifica no mapa do satélite, rápido!
Eles acessaram o mapa no tablet e procuraram pelas ruas naquela área até que encontraram uma fileira idêntica de casas. O espanto deles cresceu quando o Nick Abbott aumentou o zoom e eles puderam identificar direito as mesmas casas pintadas no quadro com exceção de que elas mostravam cores diferentes, um alto grau de distorção e, é óbvio, estavam flutuando no céu. Outra diferença marcante fez com que eles suspendessem a respiração.
- Por Deus, Morris, há uma casa no mapa que está faltando no quadro! – O Nick Abbott não acreditava no que seus olhos viam.
- Aí está a pista, Nick. – Morris segurou a cabeça com as duas mãos, estupefato.
- A casa está sumida assim como a Jade-Rebelde... e é aí que ela está sendo mantida presa!!! – Nick Abbott pulou da cadeira e eles saíram do Café com pressa após pagarem a conta.
Morris tentou dissuadir seu patrão mas Nick Abbott estava irredutível. Fincou os pés no chão até que Morris finalmente obedeceu, dirigiram-se para Palm Beach. Não podiam perder um minuto sequer. A vida de Jade-Rebelde dependia deles se o raciocínio deles se confirmasse. No caminho, contudo, Nick Abbott telefonou ao policial encarregado do caso do roubo, resumiu a ideia deles e disse que estavam por chegar ao endereço indicado por Jade-Rebelde no quadro.
A casa não havia sumido na vida real e Nick Abbott e Morris encontravam-se em frente a ela. Parecia abandonada e a porta da frente estava escancarada. Morris ficou do lado de fora mas Nick Abbott entrou na sala de estar hesitante e chamando por Jade-Rebelde. Continuou chamando por ela e conferindo todas as peças. Nenhuma porta estava chaveada. No fundo da cozinha, Nick encontrou um alçapão. Este também estava aberto.
- Morris! – Gritou ele. – Vem até aqui, encontrei algo...
Morris levou um tempão para juntar-se a Nick Abbott e quando o fez a polícia estava com ele. O policial usou uma lanterna para descer até o porão. Uma vez lá, acendeu a luz. O que Nick Abbott, Morris e os outros policiais testemunharam com pavor foi um quarto à prova de som cheio de material de pintura... Dezenas de quadros assinados por Jade-Rebelde encontravam-se empilhados num canto.
- Tudo isso por nada, Morris! Chegamos tarde demais. – Horrorizado, Nick Abbott encostou-se em Morris para apoio.
- Anime-se, Sr. Abbott, nós levaremos a investigação adiante agora. – Com um sorriso compreensivo o policial deu um tapinha no ombro de Nick Abbott. – Começaremos por procurar o dono da propriedade, alguém chamado... hum... Rupert Thompson.
- Rupert Thompson? Ah, Morris, Morris… - Nick Abbott ficou embasbacado.
*Escrevi este conto originalmente em inglês com o título MUCH ADO ABOUT NAUGHTY-JADE.