Os Segredos da Rua Baker#2: 3- O Criado Mudo
Diana sempre admirou a capacidade da irmã em se desligar das coisas quando realmente quer. Ela passou semanas obcecada com o caso da mãe da Alex, até a interrogou quando já se encontrava fora do hospital, passou dias investigando sobre o sequestro da Lilian e meses tentando descobrir algo sobre o homem que está recriando os crimes do Morse. Agora está em silêncio total a respeito de qualquer um desses assuntos, passando boa parte do seu tempo em meio a pesquisas aparentemente sem sentido.
Em seu laboratório, Diana recebe uma mensagem:
“16:00 na 221B. Não se atrase.”
Diana sorri:
“Cliente!”
Ela, porém, acaba se atrasando um pouco. Quando chega Irene está sentada em sua poltrona usual com um casal sentados em cadeiras perto.
—Eu disse para não se atrasar. – Irene fala interrompendo uma frase da senhora.
—Desculpe! O trânsito não estava fácil. O que perdi?
—Não muito. Esses são o Senhor e senhora Carlton. Eles estão com um pequeno problema com o criado mudo deles.
—O móvel?!
—O que? Não! – Irene respira fundo. – Queira me desculpar Sr.ª. Carlton. Essa é minha irmã, ela cuidará do caso junto comigo, faça o favor de continuar com sua interessante narrativa.
Diana senta e Irene fecha os olhos, parece distraída, mas está apenas visualizando cada palavra dita naquela sala.
—Como eu estava dizendo Srta. Holmes, Allonso é o melhor criado que já tive. Ele não tem uma vida agitada, apenas vive para o trabalho, nos dias de folga só sai para visitar o irmão, sempre volta cedo. Ele é muito dedicado a nós. Acho que o único problema... Se é que se pode chamar assim, é o fato de ser mudo, mas isso nunca o impediu de fazer um trabalho impecável. Já faz uma semana desde o dia em que acordamos e o café estava posto, mas Allonso não estava ali para nos servir. Ninguém sabia nada dele. Procuramos pelo irmão, mas ele havia viajado a trabalho de acordo com a esposa, fomos até a polícia e prestamos queixa, porém não encontraram pista alguma. Sei que desvendou o desaparecimento do filho de uma amiga, então vim vê-la. Por favor, Srta. Holmes nos ajude a encontrar o pobre Allonso. Dinheiro não será problema, pode pedir o quanto achar melhor.
—Dinheiro nunca é meu motivador, Sra. Carlton. Guarde-o para quando realmente precisar. Agora, me responda...
—Qualquer coisa. Pode perguntar.
—Como estava o quarto dele?
—Nada havia sido removido, se é isso...
—Não, como estava?
—A cama não havia sido tocada... – Diz o Sr. Carlton. – As roupas ainda na cômoda, relógio de pulso, o bloquinho de anotações, enfim, tudo continuava igual. Nada foi tocado.
—Celular?
—Ele não tinha.
—Como se comunicava com o irmão? – Diana questiona.
—Internet, eu acho.
—O notebook continua com vocês?
—Está com a Scotland Yard. Pegaram para tentar encontrar alguma pista e ainda não devolveram.
—John pode conseguir pra gente. Nós ficaremos com o caso, Sra. Carlton.
—Mesmo, Srta. Holmes? Oh isso me deixa muito feliz.
—Amanhã cedo estaremos a caminho de Sussex Downs.
—Amanhã? – A mulher pareceu desapontada. – Pensei que iriam conosco.
—Sou indispensável em Londres, tenho muito trabalho por aqui. – Diana a olhou com estranheza. – Mas pela manhã, minha irmã e eu estaremos na sua casa. Não toque ou deixe qualquer um entrar no quarto do seu criado.
—Bem, se é assim que deseja. Será feito.
—Obrigada! – Irene diz por fim já indicando a saída para os dois.
—Por que só amanhã? Não tem nada para fazer aqui.
—Eu tenho coisas a fazer, Diana.
—Oh! Irma minha, estou pronta para fazer uma dedução.
—Vá em frente. Impressione-me!
—Por acaso o local que devemos investigar é em Sussex Down, deve até ser perto da casa dos nossos pais. E você sabe que eu iria insistir, ainda vou, para passarmos por lá. Teríamos de dormir lá e você quis evitar. Estou certa?
—Não poderia estar mais errada. Já mandei mensagem para o John trazer o notebook do Allonso, eu quero dar uma olhada nele, antes de irmos.
—Sério? Apenas isso?
—Eu não ficaria exatamente feliz de passarmos na casa do Sherlock e da Lilian, mas se quer tanto. Por mim tudo bem, mas apenas depois do caso resolvido.
—Você ainda tem raiva dele por ter fingido a própria morte pra gente? – Irene não responde. – O Sherlock estava nos protegendo!
Ela olha para Diana assim que a escuta chamar o pai pelo nome.
—Você está dizendo isso pra mim ou pra você mesma? Você o perdoou, Diana?
—Não, não vou entrar nesse seu jogo.
—Consegue perceber o tempo que ele demorou a aparecer, Diana? O tempo que a Lilian ficou presa naquele cativeiro, tudo por não querer aparecer antes?
—Ele não tinha pistas da nossa mãe!
Irene sorri ironicamente.
—Ele estava aposentado.
—Não o julgue pelos seus padrões! -As duas se olham. –Irene, me desculpa. De verdade, desculpa.
—Você pode ir dormir, vou esperar o John chegar com o notebook.
—São apenas seis horas da tarde.
—ENTÃO VÁ FAZER ALGO DE ÚLTIL!
—Entendi. Até depois.
Diana sai e Irene fica ali irritada consigo mesma por ter deixado a conversa chegar até aquele ponto. Pouco depois o inspetor adentra no recinto.
—Aqui está o que me pediu, mas não vai encontrar muita coisa. Um dos policiais encontrou a senha entre as roupas da vítima...
—Me deixa adivinhar: apagou boa parte do hd?
—Acertou em cheio.
—Scotland Yard sempre me deixando orgulhosa.
—Ele não tinha como adivinhar que um simples criado teria algo a esconder.
—Todos tem algo a esconder, John. E se prestassem atenção de verdade, veriam que ele não é um simples criado.
—O que ele é?
—É um erro tirar conclusões sem todas as peças reunidas.
—Irene, você está bem?
—Estou ótima! Se me der licença, eu preciso me concentrar.
—Tem certeza que está bem?
Ela apenas pega o computador e vai para o quarto, ele também foi para o que costuma usar quando fica pela 221B.
Como prometido, as irmãs Holmes chegaram à casa do casal Carlton na manhã seguinte. Era um local grande e velho. Cheio de obras de arte, tapetes persas, alguns empregados e muitos móveis antigos. As duas foram conduzidas até o quarto de Allonso, chegando ao recinto Irene logo tirou sua lupa, começou a vasculhar o local, enquanto Diana procurava por qualquer resíduo que pudesse analisar em seu laboratório.
—O que está fazendo? – Pergunta Irene.
—Procurando por digitais ou qualquer coisa que possamos usar como pista?!
—O que acha que vai encontrar? As digitais do Allonso? Esse é o quarto dele.
—Não...
—As digitais dos donos da casa ou dos outros empregados?
—Irene, o sequestrador pode ter vindo aqui.
—Não há sinais de arrombamento ou briga. Allonso saiu com as próprias pernas. Apenas pare com isso.
—Por que me trouxe, então?
—Você sabe que penso melhor em voz alta.
—Ah claro!
Diana sentou na cama e Irene continuou usando sua lupa para observar melhor cada centímetro das paredes, chão, móveis... Em dado momento ela encontra um mínimo pedaço do papel de parede levantado, dá pequenas batidas ao redor e no centro.
—Isso é interessante!
—Achou algo?
—Eu acho. – Disse enquanto puxava o papel.
Escondido ali dentro da parede havia uma caixa com três passaportes, várias identidades de países de diferentes e alguns papéis.
—Então esse Allonso não é um simples criado.
—Oh ele é muito mais que isso, irmãzinha!
—O que ele é?
Irene apenas olha para a irmã e sorri. Elas saem do quarto e dão de cara com os donos da casa esperando ansiosamente no corredor.
—Alguma pista Srta. Holmes? – Pergunta a mulher.
—Por que está tão ansiosa para saber do Allonso? – Irene questiona.
—Ele é quase da família...
—Ele há menos de um ano para vocês.
—Mas ele tem sido um ótimo profissional, sempre disposto a ajudar.
—O senhor se sente da mesma forma Sr. Carlton? – Diz Irene se virando para o homem que parecia incomodado.
—Como minha esposa disse: ele é quase da família. Não entendo todo esse questionamento Srta. Holmes, nós a chamamos aqui para fazer um trabalho, não perca mais tempo com conjecturas infundadas.
—Qualquer pergunta minha por mais insignificante ou bizarra que pareça, tem fundamento, Sr. Carlton. – Eles se olharam por um tempo. – Bem, precisamos ir agora, logo entraremos em contato. Até mais.
Quando elas saem da propriedade Diana pergunta:
—O que foi aquilo?
—A Sra. Carlton tem um caso com o criado e o marido sabe. Acontece que o patrimônio todo é dela, então ele apenas ignora o fato.
—Oh meu Deus! Será se ele...
—Acho pouco provável.
—Irene já que estamos por aqui...
—Não!
—Uma passada rápida.
—Não.
—O que custa? Vamos.
—Ela vai tentar fazer a gente almoçar por lá e você sabe que não como quando trabalho.
—Você pode usar o WI-FI da casa para fazer alguma pesquisa de forma mais rápida do que está conseguindo no momento.
—Está bem.
—Mesmo?
—Mas assim que o Sherlock tentar se meter no meu caso, eu caio fora.
—Ok.
As duas foram até a fazenda de abelhas em que os pais estavam residindo, Lilian foi quem as recebeu. Ela ficou imensamente feliz em vê-las, principalmente por ser bastante rara uma visita da Irene. Sherlock estava cuidando das abelhas naquele instante, se juntaria a elas mais tarde. Dentro da casa Lilian disse estar terminando o almoço, Diana foi ajudar e Irene ficou na sala mexendo na caixa que achou no quarto do Allonso e fazendo umas pesquisas no celular.
—Irene! – Sherlock estava parado na porta.
—Sherlock. – Ela diz sem tirar os olhos do que estava fazendo.
—Diana está aqui também?
—Quem você acha que me fez vir?
Ele senta na poltrona perto dela.
—Algum problema?
—Apenas resolvendo um caso aqui perto e Diana insistiu em passar por aqui.
—Precisa de ajuda?
—Claro que não. Como estão as abelhas?
—Muito bem. Estou fazendo uma experiência sobre como elas agem sem a rainha por perto. No que estão trabalhando?
—O criado de uma casa aqui perto desapareceu do nada. Os donos da casa nos procuraram para descobrir o que houve com ele.
—Alguma pista, além dessa caixa?
—Várias, mas não devo ser precipitada. – Uma mensagem chega ao celular dela. – Eu preciso ir. Diga a Diana que ligo mais tarde e para a Lilian que outro dia passo por aqui. Com licença.
Sherlock foi para a cozinha falar com sua outra filha, comentou sobre Irene já ter ido por ter recebido algo no celular. Os três aproveitaram um belo almoço juntos, Sherlock comentou sobre seus experimentos, Lilian sobre seu novo laboratório e Diana os ouvia feliz, além de comentar sobre seus próprios feitos.
Irene se encaminhou para um quarto de hotel barato na periferia de Londres, John a esperava na porta. Assim que ela chegou o inspetor fez toda a equipe de peritos os deixarem sozinhos ali dentro. Allonso estava caído perto da cama com uma expressão no rosto que ninguém nunca vira igual, era como se tivesse horrivelmente amedrontado; como se tivesse beirado a loucura antes de cair morto.
—Está sentindo isso, John?
—O cheiro está mais fraco depois que foram abertas as janelas, porém quando chegamos ninguém conseguia permanecer aqui por dois minutos.
—De onde isso veio? -Ela olhava todos os cantos. – John, me ajude a mover a cama.
Eles encontraram um buraco que dava para o quarto ao lado, Irene saiu correndo e o invadiu, não havia qualquer sinal de que alguém estivera ali. John foi atrás do livro de registro de hospedes, no entanto Irene disse para não se incomodar com isso, pois com certeza usaram nome falso. Ela encontrou um palito de fósforo caído embaixo de uma cômoda perto de onde havia sido feito o buraco.
—O que fazemos agora? – John perguntou.
—Você continua seu trabalho e eu sigo com o meu.
A cunhada do Allonso mora não muito longe daquele hotel, Irene seguiu para a casa dela. Ao apertar a campainha uma mulher não muito alta, ruiva, branca com sardas e óculos apareceu.
—Senhora Sloan? – Perguntou uma Irene sorridente. – Eu sou...
—Nós ainda não éramos casados, pode me chamar de Meg. Eu sei quem você é: aquela detetive. Srta. Holmes, não é?
—Consultora investigativa, mas sim.
—O que faz aqui?
—Os patrões do seu cunhado pediram para ajudá-los a encontra-lo.
—Se veio perguntar se o vi, eu posso dizer o mesmo que falei para a polícia: não o vejo há alguns dias. Ele veio aqui e quando falei sobre o David estar viajando, Allonso simplesmente foi embora e não voltou mais.
—Eu entendo Meg, mas gostaria de fazer mais algumas perguntas, se não se importar.
O telefone dentro da casa começa a tocar.
—Tudo bem. Pode entrar, fique a vontade.
Enquanto ela foi atender, Irene começou a olhar o local. Alguns aparatos de química, livros de biologia, monografias... Pouco antes de a Meg voltar, Irene deu uma bisbilhotada na agenda dela que estava jogada no sofá.
—O que mais gostaria de perguntar Srta. Holmes?
—Pode me chamar de Irene. Apenas preferi dá a notícia dentro de casa do que na porta. Acho que é mais sensato assim.
—Que notícia?
—O seu cunhado Allonso foi encontrado morto em um hotel aqui perto.
A mulher começou a chorar e Irene observava cada detalhe do seu rosto.
—C-como... A polícia tem alguma pista?
—Não, nada foi encontrado. Quem tiver matado o pobre Allonso conseguiu causar um grande terror nele.
—Por que diz isso?
—Ele demonstrava isso em seu rosto. Bom, não quero incomodá-la mais. Até.
Meg a acompanhou até a saída, em seguida Irene ligou para a irmã dizendo que mandaria o endereço de onde deveriam se encontrar a noite, pois invadiriam uma casa.
No horário indicado as irmãs Holmes estavam arrombando a casa da Meg. Elas entraram com certa facilidade, Irene apontou para os produtos e aparatos de químicos ali encontrados. Diana olhou tudo, viu alguns resíduos, fez toda analise que podia naquela situação.
—Nunca havia visto um pó como esse. Com certeza não é da Europa.
—Eu tenho uma tese que e quero testá-la. Abra as janelas.
Diana obedeceu e a Irene jogou um pouco do pó na lareira. Sogo subiu um forte odor, Diana começou a se sentir nauseada; começou a ver imagens assustadoras. Quando deu por si estava jogada no gramado do jardim com Irene em cima dela.
—Diana! Fala comigo.
—O que era aquilo?
—Oh graças a Deus! – Ela sentou no gramado meio zonza. – Quando vi o corpo do Allonso. – Ela falava ofegante. – Uma expressão horripilante saltando de seu rosto, eu imaginei que poderia ter sido algum tipo de droga, ao me deparar com o buraco na parede e um palito de fósforo jogado perto, logo vi que deveria ter sido algo que ao ser queimado formaria um tipo de gás alucinógeno, ainda mais com o forte cheiro que estava impregnado no quarto inteiro. Desculpe se a fiz passar por isso, não presumi que uma quantidade tão pequena pudesse fazer tamanho dano.
—Eu estou bem, mas o que lhe trouxe até essa casa?
—Isso foi um pouco de sorte. Quando topei naquela caixa e pesquisei todas as identidades falsas descobri que o simples criado havia trabalhado para o FBI nos Estados Unidos junto com o irmão. Os dois haviam fugido do país após uma operação que envolvia um homem incrivelmente rico.
—Eles o roubaram?
—Sim, o tal do David Sloan que a mulher tanto diz ter viajado a trabalho não é visto no serviço há quase um mês. Pouco antes de deixarmos a casa dos Carlton mandei mensagem para os meus ajudantes desencavarem tudo a respeito dos dois. Vim até aqui e quando contei a respeito da morte do cunhado, bem, digamos que a Meg é uma boa atriz.
—Nem tanto já que não acreditou.
As duas se colocaram de pé ao mesmo tempo.
—Na verdade, apenas vi um traço de satisfação quando comentei sobre o rosto do morto. Vamos ter essa conversa lá dentro, o cheiro já deve ter se dissipado.
Meg contou sobre como conheceu David e não se importa se esse nome é verdadeiro ou não. Ele havia sido a melhor coisa da vida dela e ela o ajudou a na estadia em Londres. Ela tomou conhecimento sobre o dinheiro quando ouviu uma discussão do namorado com Allonso.
—Meu cunhado queria ir embora, sempre foram muito unidos. Os pais morreram cedo. Eles não eram irmãos de sangue, mas se tratavam assim desde quando tinham quatro anos e se conheceram no orfanato. Por causa disso foram adotados pela mesma família que morreu em um acidente de carro há poucos anos. Nós tivemos uma briga e dei a ideia de doarem o dinheiro para a caridade. Allonso fingiu concordar com tudo. Eu sempre viajei muito fazendo pesquisar nos países mais exóticos e em uma dessas viagens encontrei esse pó. Curandeiros os usavam como castigo nas tribos, pois causava um grande transtorno; um grande pânico. Eu acabei trazendo para averiguar um pouco mais de suas propriedades. E quando meu David sumiu... Eu sabia, só podia ter sido ele, porém não teria provas. Eles eram agentes do FBI, Allonso sabia bem como matar sem deixar rastros... Entendam, David era o amor da minha vida, íamos nos casar esse ano, só adiamos porque legalmente ainda sou casada. Meu ex-marido simplesmente sumiu com a empregada e só foi possível encontra-lo esse ano para conseguir o divórcio.
—Mesmo assim Meg. – Começou Diana. – Você precisa pagar pelo que fez.
—Diana, já mandei mensagem para o John. Já deve ser ele na porta, preciso perguntar mais umas coisas para ela, então poderia atrasá-lo um pouco?
—Claro.
Quando Diana fechou a porta Irene se virou para a mulher.
—Quais são seus planos agora?
—Ir para a África... Essa seria nossa lua de mel. Continuar minha pesquisa por lá.
—Você pode ir.
—O que? Sério?
—Se eu souber que pôs os pés, e eu vou saber, em Londres em algum momento da sua vida, eu irei prendê-la pessoalmente.
—Não pretendo voltar aqui nunca mais.
—Ótimo! Vá pelos fundos, prossiga pelo oeste.
—Obrigada, Irene.
Elas trocaram um sorriso. Quando saiu da casa Diana e John a esperavam.
—Onde está a mulher?
—Ela fugiu.
—O que? – Eles falaram ao mesmo tempo.
—Como isso aconteceu? – Perguntou o John.
—Algo me distraiu e quando olhei de volta ela tinha saído pelos fundos, ainda corri atrás, mas seguiu pelo leste e a perdi de vista.
—Eu quero todo mundo procurando Meg Sharp. Principalmente pelo leste. – John gritou para os policiais, depois se voltou para a Irene. – Você não é de se distrair.
—Eu nunca amei, John, mas se um dia eu amar e o homem que amo for assassinado. Eu agiria da mesma forma.
Irene segue caminho a procura de um táxi deixando um John confuso e tristonho para trás. Diana o olhou por uns segundos sem saber o que dizer, então apenas foi atrás da irmã. John viu sinceridade no tom de voz dela e ao mesmo tempo em que era impressionante Irene ter deixado uma assassina a solta por entender o motivo de tê-la levado a tal ato, também era triste saber que ela realmente não o amava.