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POR ENTRE AS GRADES DA PRISÃO
Por entre as grades da prisão eu via que:
O brilho dos teus olhos implorava por liberdade;
O mover dos teus lábios calava ao dizer-se inocente;
O andar naquele quadrado era de um animal acuado;
O teu ser urgia por querer novamente te pertencer!
Mas, quando a síndrome da abstinência vinha...
Por entre as grades da prisão eu via que:
Ficavas fora de si na zona perigosa da alucinação;
Viajavas em confusão, angústia e tribulação;
Cavalgavas em uma arrepiante jornada ao inferno;
Pairavas em um perceptível desequilíbrio onírico!
Mas, quando raiava um resquício de de calmaria...
Por entre as grades da prisão eu via que:
Ainda acreditavas em uma realidade de possível bonança;
Enxergavas um refúgio, uma luz no fim do túnel; uma mudança
Tinhas esperança da metamorfose, pela fé e pela força da oração.
Vias que era muito difícil, porém não era impossível, voltar a viver!
Mas, quando fui trabalhar, em outro dia, soube de tua "outra" morte!
Madalena de Jesus
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Desde já muito obrigada!
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