A arte da Morte!!

A passos largos o inspetor caminhava pelo longo corredor que corta a imensa Universidade de Artes plásticas, sua expressão de terror chamou a atenção de alguns alunos que caminhavam em direção as salas de aula, o homem olha fixamente para o fim do corredor, suas mãos estão molhadas pelo suor que corre insistente por todo o seu corpo. Maurício de Vilas Boas é um homem de estatura média, boa aparência e ,para alguns, bem simpático. Trabalha como inspetor da Universidade de Artes Plásticas há mais de vinte anos e conhece cada aluno como as palmas de suas mãos. Nessa manha ele estava mais agitado do que o normal, sua expressão era um misto de horror e medo que ele deixava transparecer, seus olhos estavam incrédulos e sua mente ainda não havia processado o que estava acontecendo, “Madame Colbert não, ela era uma mulher tão boa e uma profissional tão competente”. Essas palavras desfilavam em sua mente enquanto se lembrava do corpo da professora estendido sobre o chão, cheio de furos de faca. Ele parou em frente à porta da diretoria, respirou fundo e adentrou o local, deparou-se com o Diretor Stallen Cubert, um Inglês de um metro e oitenta de altura, olhos intensamente azuis e pele de um branco tão alvo, que chegava a parecer transparente. Maurício sentou-se na primeira cadeira que encontrou, seu corpo caiu sobre o assento fazendo um barulho, o que assustou Stallen.

-O que houve, Maurício?-Perguntou Stallen um tanto assustado

-Estive na sala de Arte Pratica e me deparei com uma cena... -Ele deu uma pausa para recuperar a consciência.- Com uma cena extremamente assustadora.

-Algum nu artístico?-Falou Stallen sorrindo.

-Antes fosse! Lembra-se da Madame Colbert?

-Sim, claro que me lembro, ela é professora de arte sacra. - Stallen fez uma expressão de susto e franziu o cenho. O que houve com a Madame?

-Ela está morta. -Maurício falou de maneira direta e sem rodeios.

Colégio Van Gogh de Artes.

Emily recolhia seu material de trabalho quando foi surpreendida pelas mãos morenas de Gustav que lhe alcançou o braço tirando das suas mãos os livros, ela o olhou agradecida por não ter que carregar aquela montanha de livros e papeis,agarrou a sua bolsa e seguiu o rapaz que caminhava a sua frente. Ela estava acostumada às bajulações de seus alunos e também a gentileza de Gustav que era o seu predileto. Desde que chegou a Van Gogh School o rapaz mostrou-se bastante carinhoso e prestativo, ela não tinha certeza se havia nesse trato alguma má intenção, o fato é, que ela gostava de ser bem tratada por seus alunos, ajudava a criar um ambiente mais propício para as aulas. Os dois seguiram para a sala reservada aos professores onde se encontravam alguns deles apreciando o famoso chá das 5:00 ,típico daquela região. Ela agradeceu a gentileza de Gustav e tomou-lhe das mãos a sua pasta repleta, o rapaz despediu-se e saiu em direção ao corredor de acesso à saída, ela depositou a bolsa e a pasta sobre a mesa e sentou-se para descansar,sua mente estava fervilhando,olhou para sua aparência e percebeu que estava literalmente destruída, tinha 40 anos, cabelos loiros e longos presos em um coque na altura do pescoço, seus olhos verdes contrastavam inteiramente com sua pele amorenada, suas roupas eram simples e algumas vezes pouco modernas o que era motivo de crítica por parte da diretora da escola que se preocupava muito com a aparência do corpo docente, apesar de Emily achar isso uma bobagem se esforçava para vestir-se mais ou menos bem, mas não conseguia combinar sapatos com roupas ou vice versa.Olhou-se de cima a baixo e sentiu-se como um mostro. Enquanto observava-se insatisfeita consigo mesma, ouviu passos atrás de se e virou-se abruptamente e deparou-se com um homem de meia idade, um metro e setenta de altura que lhe mostrava um distintivo da polícia federal.

-Senhorita Emily?-Falou num inglês perfeito

-Sim, sou eu. -Respondeu intrigada.Quem poderia ser a bela figura?

-Eu sou o agente Edgar Lagdon, desculpe interromper o seu descanso, mas o assunto é muito sério. -Ele olhou em volta.-Acho melhor irmos para um lugar mais discreto.

-Se não for incomodo, poderia me adiantar o assunto desse : “ assunto muito sério”?- Ela franziu o cenho, algo nele a deixava inquieta e assustada.

-Se não for incomodo... –Edgar interrompeu-se para contemplar a expressão inquiridora de Emily, se ela não fosse uma suspeita, seria um ótimo motivo para passar mais uma noite na cidade. – Gostaria de conversar em particular, seus colegas estão olhando!

-Agente...?

-Edgar Landon, polícia federal!- Edgar retirou as credencias do bolso do paletó e mostrou-as novamente a Emily. – Não se preocupe, só quero lhe fazer algumas perguntas, nada mais do que isso.

-Está bem!- Emily respirou fundo, olhou-se mais uma vez, achou-se estupidamente pouco atraente, sentiu-se idiota por está pensando nisso e levantou-se. – Vamos até uma sala vazia, poderemos conversar sem incômodos, as crianças já foram dispensadas.

-Ótimo, estou logo atrás da Senhorita! – Edgar sorriu discretamente.

Continua.....

Bom, esse é o esboço do meu primeiro livro, por tanto, críticas são muito bem vinda, obrigada!!!!

Espero que gostem.....

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 16/08/2013
Código do texto: T4437775
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