O CRIME NÃO COMPENSA

Na sala havia um corpo no chão. Quando a polícia chegou encontrou os presentes acusando uns aos outros.

João dizia que antes de a luz se apagar quem estava próximo à vítima era Cristiano e, que por ser uma pessoa simples, um pescador, jamais imaginara estar envolvido em um crime, e, ainda por cima, ser acusado de tê-lo cometido.

Cristiano se defendia dizendo que por não ser mais seminarista, não fazia dele um criminoso. Trouxera para a vida civil a convicção religiosa de praticar o bem e o fazia por onde passava. O fato de estar próximo à vitima não fazia dele um criminoso.

O jovem Rodolfo, sempre acompanhado de seu cachorro, também se defendia das acusações que lhe impingiam e não é pelo fato de estar maltrapilho que poderiam lhe acusar de tal crime. Ele era de uma família abastada, só que passava por momentos de desencontros. Queria descobri sua identidade, independente do que queriam lhe impor os pais e a sociedade.

O investigador mandou que todos se acalmassem. Que não temessem ser acusados de nada pelo fato de estarem presentes naquela sala onde o crime acontecera.

Vasculhando pela casa sua equipe encontrara marcas de sapatos e rastros de sangue que levavam à dispensa e à lavanderia. Lá encontraram e prenderam o enteado da vítima que apagara as luzes da casa e na escuridão acertara com um castiçal de prata a cabeça de seu padrasto. Sua intenção era simular um assalto. Porém a incompetência criminosa o denunciara.

O jovem tinha suas diferenças com o marido de sua mãe e pensava que seria o herdeiro da fortuna do morto.

O investigador liberou a todos repetindo um chavão comum e muito conhecido “o crime não compensa", nem na hora de se esconder na dispensa completou ele.

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10.07.13

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 10/07/2013
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