O corte
Hoje a noite está fria. Minha navalha vibra junto com minha Beretta .45. Meu coração novamente gélido, sem emoções ou compaixão. Sangue frio em minhas veias o congelou há muito tempo atrás...
Eu já tinha a ficha em mãos e hoje a pacata cidade de HarborVille comemorará em silêncio a morte de mais um verme. Finch Hoberfield, 39 anos um adorado pai de família, amigo de todos em sua comunidade, mas com um segredo mortal escondido... Meu acesso ao banco de dados da polícia facilitou minha investigação, bem deveria mesmo já que sou um dos melhores detetives da unidade de crimes especia( UCE) do departamento de polícia de HarborVille. Finch estava em minha mira, eu conhecia sua rotina. Já o havia estudado. Ele não me espacaparia. Dirigindo meu Cadillac Cts eu fui ao seu “encontro”. Na praça de eventos os solteiros se encontram, não que eu seja um festeiro, mas certas frivolidades humanas me consomem a ponto de me deprimirem. Bebidas, “danças de acasalamento”... Argh, tudo aquilo para mim era algo sem “vida”, não havia beleza. De longe avistei minha presa e como um bom chacal coloquei as “garras” de fora e me preparei para o bom ataque. Paguei a uma prostituta para se aproximar dele e logo os dois já estavam sorrindo, ele já afetado pelo álcool seria uma vítima mais que fácil. A vontade queimava eu sabia, precisava mata-lo. A prostitura guiou Finch a uma área remota e correu. Logo eu cheguei por trás e dei-lhe uma boa dose de tranquilizantes para animais de grande porte, afinal tinhamos um longo caminho pela frente. Coloquei-o no porta-malas do Cadillac e fui ao local “sagrado” onde enfrento minha escuridão, onde embarco numa viagem sem volta ao ego assasino de Max Cameron. Sim, esse sou eu, um serial-killer que caça a outros e hoje a noite de Finch chegava ao fim... Preparei todos os instrumentos de precisão: navalhas, bisturis, bandejas, e alguns equipamentos de sucção para ajudar a limpar um pouco da bagunça que fica após o corte... Finch acordou...
O que é isso?
Respondi-lhe: “ Isso é o que você roubou dessa cidade.”( Pendurei as fotos e alguns vídeos das crianças que ele havia matado.)
Não, eu nunca fiz isso.
Eu lhe disse: “ Sim, você fez e hoje seu julgamento começou. Você estará me fazendo um grande favor no final de tudo isso...
Lancei um sorriso irônico.
Ele implorava! Que animal patético! Não passava de um cão sarnento ladrando e implorando misericórdia. Não, não haveria! E não hoje. Meu insinto aceso só me cravava mais fundo a vontade de acabar com sua vida. Finch recusava olhar para as fotos, então eu o fiz olhar...
Amarrei um pedaço de Nyloyn a um anzol e perfurei seus olhos forçando a pálpebra a fica aberta. Ele continuava implorando, então o fiz perceber quem ele era...
Olhe para eles! Exclamei. Olhe e veja o que você fez a eles.
Não!
Sim, você o fez. Diga-me porquê crianças?
Você não entenderia.
Sim, eu entenderia.
Eu precisava. Eu precisava fazer. EU tinha que fazer aquilo.
Eu sei o que você quer dizer. Somos parecidos você e eu, mas hoje é a minha noite.
Posicionei-me ao seu lado. Com o bisturi fiz um corte em sua coxa e saquei-lhe uma gota de sangue.
Finch apavorado gritava. Ah, essa é a minha parte favorita. O grito, o desepero, a dor a luta para tentar ficar vivo... Sentia um calor percorrer meu corpo e finalmente o momento se aproximava. Tapei sua boca com um pano embebido em água e ouvi sua respiração. O forte bater do coração, o olhar desespero frente a minha faca. O suor que jorrava de seu corpo aliados ao desespero e a noção de dor que cada vez mais me faziam prosseguir. Olhei dentro de seus olhos... Será que existe emoção nos meus? Medo? Remorso? Paixão? Compaixão?
Nada. Apenas uma máquina fazendo seu trabalho. Matar era meu ponto, meu objetivo...
Me sentia tranquilo. Ter aquele controle ali em minhas mãos. E agora aquele verme pagaria pelo que fez. A respiração ofegante de Finch eram o meu combustivel...
Estendi a mão para a minha frente, de posse de uma faca afiada e bem pontiaguda. Vi o olhar de desespero no rosto dele... Por quê ele estava olhando? Seus olhos não fechavam... Ah, sim os anzois os mantinham abertos... Fechei meus olhos e escutei apenas o som daquele fadado coração. Botei toda a minah força no punho e puxei a mão com força para baixo. A faca adentrava sua carne perfeitamente e com um movimento brusco e firme, rompi-lhe a caródita o que o levou a óbito instantaneo. Respirei aliviado. Sentia meu corpo leve e satisfeito. Como se uma fome tivesse sido satisfeita. Tirei a faca de seu corpo e logo comecei a outra parte desse ritual... O corte!
Ah, o corte. Minhas serras estavam prontas assim como minhas facas. Comecei a cortar-lhe a cabeça, ainda espirrava um pouco de sangue, depois os braços, as mãos. Cerrei suas pernas com uma faca, do joelho para baixo os parti com uma de minhas facas, com cabo de ouro. Era algo mágico ver os nervos se partindo e as partes fracas dos ossos se rompendo. Cada parte foi picotada e devidamente separada para ser “descartada. Que noite fria. Melhor joga-lo logo ao mar, ou então perderei o chocolate-quente que me aguardava na casa de meu pai.
ISSO É UMA HISTÓRIA FICCIONAL DE UM NOVO GÊNERO QUE COMEÇO. AS INFORMAÇÕES AQUI COMPARTILHADAS SÃO APENAS PARA CUNHO LITERÁRIO, PARA QUEM GOSTA DE TAIS...