O assassino parte 3 [A menina da esquina]
Eram as orquídeas de sangue
Que atraiam os insetos Nascidos do Hades prontos para saborear
Ébria refeição e delicada perversão .
Os cacos de vida machucavam os pés
E a jornada era longa, longa e imprecisa...
Havia uma menina parada na esquina, esmalte gasto
Vestindo farrapos, ela não temia o perigo das ruas
A fome de dias não permitia isso, o cancro social
Forçava a muitos cometerem suicídio civilizatório
Talvez quisesse livrá-la de um futuro de dores, talvez...
Mas o queloide exposto em seu roto bonito
De certa forma o impedirá,
Sentiu dó, pela primeira vez na vida sentiu dó de alguém.
Suas lembranças o limitavam Suas mãos tão acostumadas a matar, agora doíam,
Havia algo faltando em suas costelas
E ele estava logo ali parado na esquina, roendo as unhas esmaltadas
O estômago doendo, espelho infiel de seu sorriso vermelho.