O ASSASSINO DA FLORESTA
Numa noite clara de lua cheia um frio incontestável, Clara Silva de 21 anos, faz sua caminhada rotineira pelo parque de sua cidade atravessando ali uma floresta densa e escura, num instantes ouve-se um estalo num galho de árvore, Clara se assusta mas deixa de lado, com um pensamento:
- quem estaria aqui e agora nesta noite gelada?
Mais alguns paços e Clara tropeça numa pedra, torcendo seu tornozelo, uma dor horrível então decide usar sua blusa para enfaixar o machucado e voltar mancando para sua casa. Enquanto continua sua trajetória seu celular toca, atendendo sua amiga Bárbara a cumprimenta:
- olá, amiga tudo bem ?
- oi, não estou pois torci meu pé durante a caminhada
Conforme a coversa vai se envolvendo, alguém vem chegando mais perto dela uns paços calmos e ela comenta:
- Babi, estou me sentindo observada, talvez perseguida.
- Clara, vá para casa tranque-se lá e acione a polícia.
No fim da floresta, um sujeito alto a aborda por trás sacando um instrumento e esfaqueando seu pescoço e sai correndo, o celular de Clara cai no chão, ela se arrasta pela mata, tentando alcançar seu aparelho que logo informa:
- FORA DE SERVIÇO !!!
Clara implora por socorro mas seu esforço é inútil sua voz nem se quer passa pela garganta, seus olhos esbanjam lágrimas, mostrando seus últimos minutos com vida no outro dia de manhã, um segurança que ali fazia sua ronda se depara com o corpo da moça e aciona seus superiores que trazem a fictícia U.C.S. (unidade de crimes em série) para investigar o caso.
Thatys, a chefe e sua equipe chegam ao local do crime, logo perguntando ao segurança:
- Quem achou o corpo? Temos testemunhas?
- Fui eu, senhora, por enquanto sabemos que ela conversava com a amiga no celular – diz o segurança.
Vítima do sexo feminino, jovem atleta corredora,boa forma, cursando estágio num consultório de nutricionismo.
Agente David e Jennifer vão ao consultório atrás de informações relevantes e descobrem que a vítima era anoréxica, de baixa alimentação, baixa auto-estima, vivia a base de trabalho, caminhadas e alimentava-se apenas de frutas e verduras.
Thathys acredita que seja um caso que trate de um assassino em série revoltado com mulheres, que provavelmente tenha vivido uma humilhação ou algum problema com estas. Mais tarde a hipótese vai ganhando forma, uma mulher de 24 anos é encontrada com os braços e o pescoço esfaqueado, também uma jovem atleta que participou dos campeonatos estaduais de atletismo, outra que conservava seu corpo de forma saudável.
O assassino da floresta não si contente e vai atrás de mais vítimas, desta vez uma loira jovem sentada num banco do parque, distraída ela tremia de frio, parecia ouvir uma voz que orientava a sair de lá, preferiu ficar mas sua teimosia custou caro. Novamente o temível assassino aparece sedento de sangue, mutilando seu pescoço sem chances de defesa a estraçalhando com um animal.
A mídia insistentemente queria mais detalhes sobre o caso. Kleber, coordenador de telecomunicações, logo toma uma posição se apresentando a imprensa:
- Agente, o que sabemos dos assassinatos?
- Já o pegaram ?
- Como nos protegeremos? – pergunta os jornalistas?
- Se acalmem gente, é uma investigação em andamento e não podemos dar detalhes sobre o caso. Não há motivo para pânico, qualquer coisa que souberem nos informem direto no 190. Obrigado.
Enquanto vira-se, um repórter segura a camisa de Kléber, pedindo informações sobre o que ele sabe do caso, mas o agente ignora deixando o repórter Elias frustrado.
Estima-se que o assassino seja um homem branco, cerca de 30 anos, que caça por vingança por alguma desavença com alguma mulher, talvez tenha um emprego fixo, não seja casado, atua pela área onde mora, típico de assassinos desorganizados. Porém talvez esteja lutando para ter notícias sobre como vai a investigação.
Mais tarde, a agente Daniele propõe armar uma armadilha para o assassino da seguinte maneira, cada um dos agentes estejam disfarçados entre os principais parques da cidade, esperando que ele , eventualmente, venha atacar e morda a isca. 2 agentes ficam em cada canto do parque acompanhados de policiais civis á paisana.
Durante a tocaia, ouve-se um grito implorando por ajuda, uma voz atordoado, o assassino deixa mais uma vítima, mas com a chegada rápida dos agentes, o suspeito foge por um atalho desconhecido, sem deixar rastros por onde seria esta tal saída.
A vítima é socorrida ainda viva, levada ao hospital e depois de alguns exames, cirurgias ela passa bem. Podendo assim ser interrogada pela U.C.S.
A agente Thatys pergunta:
Precisamos falar com você, poderia reconhecer o homem que te atacou? Pode nos dar características dele?
- Sim, ele era branco, alto, armado de faca, mas conseguir percebê-lo e me defender como pudi. Ele parecia ter uma voz conhecida de algum programa de TV, rádio etc – diz ela.
- Então, Thatys manda trazer uma séria de fotos de apresentadores da mídia, mais ou menos uns 30 jornalistas, 25 eram brancos. Mas Célia, a vítima observa e identifica com clareza o repórter Elias como autor do ataque. Logo Jennifer é acionada e liga seu computador cheio de tecnologia, fazendo uma pesquisa sobre Elias:
- Ele se chama Elias Mates, repórter policial trabalho há 7 anos na TV cobrindo operações da polícia civil e militar, mas há 5 meses teve uma longa discussão com sua ex- mulher que estava grávida, mas não ela não queria aquela criança, sem Elias saber ela abortou semanas depois que soube ele expulsou a mulher de casa e 2 dias depois ela foi achada morta num beco.
- Ele era suspeito na época? Pergunta Thatys.
- Sim, foi interrogado e liberado, pois não havia provas mas o delegado que cuidou do caso desconfiava dele desde o princípio. Diz Jennifer.
- Ok, vamos buscá-lo.
A U.C.S. e a polícia civil, vão ao endereço direcionada e invadem a casa de Elias.
Elias, nervoso com uma arma na mão grita:
- Saiam daqui, não hesitarei em atirar – com a mão trêmula e chorando.
Agente Thatys entra no clima abaixando sua arma e se impondo:
- Acalme-se cara, ninguém mais precisa si ferir, só está piorando a situação para você.
- Não, ela não devia ter feito aquilo, abordar meu filho !
- Foi uma atitudes imprudente dela, eu entendo, abaixe sua arma e vamos discutir isso sem que ninguém si machuque.
- Não, não aguento mais isso alguém precisa pagar estou perdendo minha paciência, minha vontade viver já é zero. Calem-se !!
A experiente agente Thatys percebendo a situação fora de controle, se encoraja e faz o inesperado, pula em direção a arma ambos caem no chão. Ela leva um leve cotovelada na cara, mas no momento seguinte encontra o cano da arma e da uma coronhada na testa deixando-o inconsciente e aproveitando para efetuar a prisão.
Ao chegar a delegacia, Elia acorda e é interrogado pelos agentes;
-Por que ela fez isso comigo ? morro de ódio e raiva dela e mereceu a vingança por isso mato elas para me livrar desse rancor, estas bastardas!
- Ótimo, temos o bastante para o senhor passar um bom tempo no xilindró – Diz David.
Para o alívio de todos, trabalho cumprido, assassino preso, última vítima salva, um bom trabalho – diz Kleber aliviado.
E todos vão tomar uma cervejinha de comemoração após uma longa jornada de trabalho e justiça feita.