A ARMADILHA
Linda como uma flor, na mais tenra idade, exuberante formas perfeitas, sempre a atrair a atenção de olhares masculinos. Ela sabia disso, por isto se exibia mais e mais. Porém não adiantava ser bela, se estava no caminho da perdição.
Dezirré sempre muito rebelde e inconsequente, não tinha limites. Saia de casa a hora que queria, ia aonde queria, vivia uma vida sem regras e sem limites. Levava uma vida alucinante, correndo riscos, não se importava nem com ela mesma. Só queria viver o momento. Não importava se sua mãe sofria com seu comportamento. Escolheu viver perigosamente, esquecendo-se que quando escolhemos nossos atos, escolhemos também as consequências, pois elas vem atreladas e não se pode fugir.
Era volúvel, um dia saia com um homem e no outro saia com outro, as vezes ficava com tês homens na mesma noite, e assim seguia ela, sem se importar com as consequências. Certa vez em uma dessas baladas conheceu um homem mais velho que ela. Ela tinha dezessete anos e ele quarenta e um. Ficaram algum tempo e depois resolveram morar juntos.
O rapaz não tinha uma boa reputação, as pessoas que o conhecia, falavam muito mal dele, diziam até que era mal caráter, viciado em drogas e vivia envolvido com paradas erradas. Inclusive já tinha passagem pela polícia.
A mãe dela foi contra ela morar junto com ele, mas ela não ouvia mais ninguém. Imagina se pode, mal conheceu o homem e já vai viver junto, isso é precipitação. Mas hoje eles não tem nada na cabeça, só pensam em: sexo, balada, orgia, bebida, cigarro, drogas, e muito mais. É uma juventude inconsequente, não pensa em se preparar para o futuro.
Então resolvida, ela foi morar com ele, no início era só amor, com o passar do tempo o ciúme tomou conta daquele homem, e começaram as proibições. Ele não a levava mais as baladas, não queria ela com amizades dentro de casa, implicava até com sua roupa. Isto foi sufocando Dezerré, que passou a fugir durante a noite, para suas escapulidinhas, ficava com outros homens.
Dezirré sempre muito rebelde, não aceitava as imposições, por causa disso ele a espancava, depois de muito apanhar, ela resolveu dar parte na Delegacia de Mulheres. Os maus tratos foram tantos que ela abriu três B.OS. Apenas fez a ocorrência, que não deu em nada. Retornou para casa e ainda foi ameaçada de morte.
Ela continuou saindo para as baladas, e certa vez ele disse que iria matá-la. Ele disse-lhe que se ela não fosse dele não seria de mais ninguém. Ela com medo de morrer, foi a casa do avô,ex-policial aposentado e pegou sua arma escondida. Levou para casa com intuito de se defender. Guardou a arma e ficou esperando ele aparecer, assim ela teria como se defender de seus ataques.
Certa manhã estando ela em casa, quando um carro parou em sua porta, ela foi ver, era o ex amante. Ela correu e pegou da arma e não esperou nem ele descer do carro e atirou, acertando a lataria.
Em seguida parou uma Patrulha Policial, que a pegou em flagrante com a arma na mão e a levou presa. Enquanto o ex amante saiu rindo, debochando da situação.
Ela foi levada para uma casa de detenção, onde vai aguardar o julgamento presa.
O irmão dele disse que vai depor a favor dela, pois seu irmão é um mal caráter. Pois ele armou uma armadilha e ela caiu. Ele combinou com dois policiais, para dar o flagrante.
Ela presa e sem poder receber visita, entrou em desespero, passando os primeiros trinta dias ela poderá receber visita.
Ela está alucinada, pois as detentas cortaram seu cabelo e a ameça de morte se ela não ceder as chantagens. Pedem dinheiro, cigarro, etc.
Passados os trinta dias, finalmente ela irá receber a visita de sua mãe. Quando sua mãe chega a Casa de detenção, se anuncia e fica aguardando trazê-la.
Quando a carcereira chega com a notícia de que não seria possível a visita, pois Dezirré descansou. Ela foi encontrada morta em sua cela, com perfurações no tórax, esvaindo-se em sangue.
Ninguém sabe, ninguém viu, e assim Dezirré saiu da vida para entrar para as estatísticas.