A fotografia de um crime

Um carro preto estaciona. Logo, uma bela moça entra apressada. A rua está deserta, não há movimento algum. O carro sai cantando pneu e some na escuridão.
Não muito longe dali, Marina está preocupada. Olha fixamente para o relógio e para o telefone, esperando uma notícia... e nada. O dia já está amanhecendo e Laura não aparece. Ela reza.
Marina, não sabendo o que fazer, vai à delegacia próxima do bairro e registra o sumiço de sua filha. Ela, então, é informada que terá de esperar 24 horas. Ela se desespera, liga para as colegas da escola, visinhas... e nada. O delegado, indiferente à sua dor, a manda voltar depois.
Marina trabalha em uma loja de roupas, mas o que ganha é pouco para o sustento dos dois filhos, Laura e Paulo. Por isso, depois do horário, ainda faz faxina nas lojas da galeria.
Laura, a filha mais nova, é sonhadora e ambiciosa. Linda, morena, de corpo bem feito, no alto dos seus 16 anos.
Marina está aflita, não consegue trabalhar direito. Ao sair da loja, não vai fazer as faxinas, tinha que procurar a filha. Torna a ligar para suas colegas, para saber se alguém sabia de alguma coisa. Uma delas, Vera, conta que Laura havia comentado que iria se encontrar com um fotógrafo que conheceu na internet.
Marina, então, volta para casa e pede para que seu filho mais velho, Paulo, investigue o computador da irmã, à procura de alguma pista. Ele encontra mensagens estranhas, de alguém querendo saber sobre a idade de Laura, se ela estava sozinha em casa, pedindo fotos com roupas íntimas. Depois de várias mensagens trocadas, Laura marcou de encontra-lo perto da escola.
Paulo, com as informações que tinha em mãos, consegue ter contato com o sujeito das mensagens, e, se passando por garota, começa a conversar com ele pela internet. As perguntas eram as mesmas, e logo veio o convite para fazer um ensaio fotográfico. Paulo tinha pressa e marcou um encontro para o dia seguinte, à tardinha.
Marina e Paulo chegam antes do horário e ficam escondidos, a esperar. Logo, chega um carro preto, quatro portas e vidro escuro, não era possível enxergar nada. Eles tiram fotos com o celular anotam a placa.
O homem sai do carro. Parece estar aflito. Olha o relógio, espera um tempo e telefona para alguém. Marina e Paulo fotografam tudo.
A mãe está nervosa, seu coração está acelerado. Ela não sabe se volta à delegacia, para mostrar o que havia descoberto, ou se segue aquele carro.
Marina resolve chamar um taxi e fica escondida atrás de um arbusto. Neste momento, chega uma linda loira, que troca algumas palavras com o homem e entra no carro. Marina e Paulo pedem para que o taxi siga discretamente aquele carro preto.
O caminho é longo. Chegam a um bairro afastado. O carro preto estaciona em frente a uma casa de muro alto. Marina pede para que o taxi pare em um local estratégico, para que tenham boa visão. Ela estranha o entra e sai de pessoas carregando malas. Há muitas moças jovens e bonitas. 
Paulo fica dentro do taxi. Marina decide sair do carro e, fingindo estar procurando um endereço, pergunta a uma das moças o que era aquela casa. A moça fica assustada, responde que se trata de um estúdio fotográfico e entra apressada.
Marina percebe que precisa agir rápido. Ela, então, faz uma ligação anônima, informa sobre uma movimentação estranha, que parecia tráfico, e passa o endereço.
Passados 15 minutos, chegam três carros de policia. Os policiais percebem que há algo estranho e invadem a casa. Houve muita correria e confusão. Os policiais conseguem imobilizar os três homens e as duas mulheres, membros da quadrilha. As moças estavam apavoradas, todas juntas num canto da sala.
Além de drogas, apreendem muitos passaportes falsos. Várias meninas já estavam com viagem marcada para a Espanha, com a promessa de emprego numa agência de modelos. Para a surpresa do delegado, Laura está entre as garotas aliciadas.
Marina observa as moças saindo da casa, avista sua filha e corre para abraça-la. Paulo faz o mesmo. O delegado se espanta com a presença dos dois. Marina, então, conta ser a autora do telefonema anônimo.
Depois de prestar depoimento, Marina, Paulo e Laura voltam para casa. A garota aprendeu a lição.
A quadrilha foi desfeita. Havia conexões em vários países. As moças eram levadas com uma falsa promessa emprego e fortuna; posteriormente, eram escravizadas e transformadas em prostitutas de luxo.

Auta Leal

 

ALBsilva
Enviado por ALBsilva em 18/09/2012
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