Dezoito
25 de julho de 2006
—Você nega ter matado essas quinze pessoas? Olhe na minha cara e diga que não as matou.
—Eu não as matei, meu caro Roberto. Foi para isso que interrogou a mim?
—Como alguém pode ser tão frio como você, Marcos? Eu não consigo entender…
—Você tem como provar que fui eu quem matou aqueles pobres miseráveis?
—Isso é o que vamos ver. Dessa você não escapará!
15 de Fevereiro de 2006
—Marcos, acorde! Está na hora de trabalhar rapaz.
—Já vou, mãe. Mais cinco minutos, por favor.
—Nada disso! Você chegará atrasado de novo e pode ser mandado embora.
—Está bem, mãe.
Marcos acorda e no chuveiro começa a pensar sobre sua vida sem sentido e monótona…
“E se eu fizesse algo diferente? Algo que pudesse mudar a história desse país? Que me deixaria ser lembrado pelo resto da vida dessas pessoas?”
Marcos se dirige ao trabalho e no metrô encontra-se com um homem folgado que o empurra na porta.
Ele sente uma vontade imensa de esfaquear aquele homem. Não entende de onde vem esse pensamento, mas logo passa.
No trabalho tudo a mesma coisa, as mesmas piadas, as mesmas pessoas…
Marcos até achava divertido trabalhar, mas estava cansado, sabia que após sua saída, teria que ir para a faculdade aonde não ia muito bem, pois seu pai que pagara a faculdade desde que entrou. Isso não o deixava confortável, já que todos jogavam isso em sua cara.
Voltando do trabalho, por coincidência ou não, se depara com aquele mesmo homem folgado da manhã que o empurrara na porta, e esse mesmo homem o empurra de novo na volta.
Marcos nervoso começa uma discussão.
— Porra! Você não viu a mim, filho da puta?
— Calma, meu rapaz.
— Calma a puta que o pariu, seu bastardo! Vai se foder, você acha que é quem?
— Olha aqui seu moleque, não sou obrigado a ouvir suas grosserias.
As pessoas do metrô os separaram antes de algo acontecer, porém aquele pensamento de matar em Marcos voltou mais forte, tanto que ele quase não podia controlar, mas com o tempo foi passando.
Marcos então passa em casa antes de ir à faculdade para jantar e logo vai para o ponto de ônibus, onde pegava a linha 2666.
Nessa linha havia gente de todos os tipos: feia, bonita, estranha e até normais. Marcos se encaixava nas bonitas, porque normal ele não era. Era branco, possuía cabelos negros, olhos verdes e roupas sempre com estilo.
Ao chegar à faculdade, Marcos conta os acontecimentos para seu amigo Elias:
— Elias, cara você não vai acreditar! Hoje tive uma briga no metrô e não sei o que aconteceu comigo, senti uma vontade de matar aquele homem que não consegui me controlar.
— Marcos, todos nós somos psicopatas, porém alguns desenvolvem essa doença, outros não. Isso você deveria saber, por isso fazemos psicologia, não é? Mas você não leva a sério mesmo nada?
Após ambos darem risadas Marcos responde:
— Eu sei, mas nunca achei que fosse acontecer comigo essas coisas.
A hora de ir embora chega e, como Marcos era alcoólatra, foi para o bar beber algumas cervejas para ver se tirava aquele pensamento de sua cabeça. Após algumas garrafas de Skol, Marcos escuta uma música de Mike Oldfield – Tubular Bells – acende seu cigarro e, esperando o ônibus, começa a pensar:
“Todos se lembram dessa música pelo filme do exorcista, esse filme revolucionou o mundo, por que não posso revolucionar também?”
O ônibus finalmente chega, após meia hora de espera. Marcos um pouco nervoso entra no ônibus, liga seu MP3 e espera chegar a sua casa, mas, no meio do caminho, se depara com aquele homem que o empurrara no metrô entrando no ônibus.
Parecia que o destino queria tornar Marcos um assassino, um garoto que tinha 20 anos, adorava poesia e sentia tristeza em ver o que acontecia no nosso mundo. Sim, era uma grande ironia.
O Homem se chamava Eduardo Basílio Filho. Era um pai de família, que sustentava a casa sozinho como pedreiro em uma construção no centro de São Paulo. Mas, para Marcos, isso pouco importava, ele não sabia mesmo. Lembrou que guardara uma faca em sua mochila, que era, na verdade, para amolar.
Havia apenas Marcos e Eduardo no ônibus. Marcos estava sentado no último banco e Eduardo nem o viu e sentou no banco da frente.
Marcos, movido pelo seu desejo de matar, tira sua faca da mochila e, sentado, agarra a boca de Eduardo e diz:
— E ai seu filho da puta, lembra de mim? Vem me empurrar agora, seu otário!
E antes que Eduardo pudesse fazer algo, Marcos crava a faca por trás do banco em suas costas e logo em seguida, sem levantar totalmente do banco, corta a garganta de Eduardo. Como o motorista e o cobrador estavam conversando não viram nada.
Marcos deu o sinal e desceu do ônibus com seu casaco preto e calça jeans, sorte que estava tão frio que usava as luvas que seu avô lhe deu de natal antes de morrer de câncer de pulmão.
Sentou na calçada, guardou as luvas com sangue e sentiu tão bem que não havia palavras para explicar o que sentia, esperou mais quase uma hora e embarcou em outro ônibus. Estava tão feliz que até quem não o conhecia podia dizer que algo de bom tinha acontecido com ele.
25 de julho de 2006
— Fale Marcos não foi assim que você matou o pobre pedreiro Eduardo, você sabe o que tirou daquela família?
— Não sei e não quero saber porque não fui eu que o matei (com uma risada demoníaca).
— Meu Deus, você não é humano meu rapaz, você é o próprio demônio!
— E seu eu for, o que você vai fazer? Eu não matei ninguém seu infeliz!
— Não matou? Tem certeza?
17 de fevereiro de 2006
—Marcos, você não vai mais para a faculdade! Meu Deus do céu, assassinaram um homem no ônibus que você embarca para ir à faculdade! Meu Deus do céu onde estamos?
—Ah Mãe, vai à merda, porra você me acorda para falar disso? Eu tive um dia maravilhoso ontem e nada que você diga vai me fazer parar a faculdade, me deixa ir tomar meu banho que ganho mais.
No banho Marcos ria até meio alto e pensava:
“A coisa mais linda foi ver aquele homem ser morto por mim. Aquele vermelho do sangue, que coisa mais gostosa! Quero de novo, isso é muito bom!”
25 de julho de 2006
—Então vamos lembrar a segunda vítima, a pobre garota Juliana Silvana que tinha apenas 18 anos e uma vida inteira pela frente e estudava na mesma sala que você. Coincidência?
02 de março de 2006
Após algumas semanas da morte de Eduardo, já não havia polícia tomando conta. Ninguém tinha pistas do assassino e Marcos estava com uma ansiedade de matar novamente.
Havia naquele dia um trabalho do curso de psicologia. Como Elias contraíra uma gripe forte, não pode ir e Marcos estava só quando surge Juliana, uma garota muito bonita, cabelos loiros, olhos castanhos, a única garota que não se interessava por Marcos.
O professor pede para que Juliana sente junto com Marcos para o trabalho, Marcos estava mais interessado em seduzir Juliana:
— O Jú, vamos tomar umas cervejas depois da aula?
— Não, se concentra no nosso trabalho, por favor.
— Para os raios esse trabalho, eu quero você!
— Escuta aqui seu idiota, só porque seu papai banca tua facul e você é bonito, não é por isso que eu quero dar para você, você me dá nojo seu trouxa, vamos acabar isso logo.
— Você se arrependerá disso que me disse. Vamos terminar logo.
Na saída, Marcos viu Juliana e seu namorado Higor saindo da faculdade. Marcos estava com a febre de matar. Os seguiu até o ponto de ônibus e para a surpresa dele, a pobre garota pegava o mesmo ônibus que ele.
Juliana nem deu atenção quando Marcos sentou no banco de trás dela, outra vez o destino colocava a presa na frente de Marcos. Como havia só mais um passageiro la na frente e o cobrador estava dormindo, foi a deixa para Marcos que saca sua faca, agarra a boca de Juliana e diz:
— Eu disse que você ia se arrepender sua vadia! Seu namorado vai ser o próximo!
Do mesmo jeito que Eduardo fora morto Juliana também. Uma facada nas costas e outra no pescoço.
Marcos novamente dá o sinal e desce como se nada tivesse acontecido.
03 de março de 2006
— Marcos! Marcos! Outra vez, você não vai mais para essa faculdade mataram na mesma linha que você pega, mataram uma garota.
Marcos assistiu ao repórter e falou:
— Essa garota estudava comigo, pobre coitada que seja feliz onde estiver (com sorriso demoníaco na cara).
— Marcos? Você está bem?
— Claro que sim mãe, só triste pelo que aconteceu.
— Você falou como se tivesse prazer em vê-la morta.
— Credo mãe, claro que não, vou ir trabalhar, beijos mãe.
— Vai com Deus meu filho.
25 de julho de 2006
— Eu não matei aquela garota, porra!
— Ah não matou? Nem o seu namorado morto na noite seguinte no ponto do ônibus?
— Não, eu não matei.
— Você é sínico, Marcos! Uma facada nas costas do coitado e outra no pescoço dele.
— Eu nunca matei ninguém e nunca vou matar.
— Tudo bem Marcos, vamos lembrar Lucas Andrade de 25 anos, morto com dez facadas, essa foi qual? Sua sétima vitima? Quando você cansou de matar dentro do ônibus e a linha foi suspensa.
07 de Abril de 2006
Marcos já havia matado seis pessoas, dentre elas, quatro da faculdade.
Elias e Marcos estavam tendo uma conversa na faculdade:
—Marcos, estou com medo, cara. Quatro pessoas já foram assassinadas da faculdade.
— Por que? É triste, mas a vida continua, você devia saber disso, você faz psicologia, mas você não leva nada a sério não é?
— Para Marcos, cara metade dessas pessoas foram mortas no ônibus em que você embarca, nossa amiga Juliana foi morta, estou mal com isso.
— Calma Elias, acho que esse serial killer um dia se cansa de tudo isso.
Eis que surge Lucas na conversa, um aluno de educação física, e que Marcos odiava por uma briga no primeiro semestre que não vem ao caso agora e diz:
— Esse filho da puta é um covarde, mata as pessoas por trás, quero ver ele me pegar pela frente!
Marcos rindo fala:
— Você acha isso mesmo Lucas?
— Claro que sim, não tem coragem de matar uma pessoa pela frente, queria que ele fosse vir me pegar eu acabaria com ele, claro se ele viesse como homem.
— Cuidado com o que diz meu caro, eu não brinco com isso.
Elias ri nesse momento e concorda com Marcos.
— Bom vou para o bar, diz Marcos com um olhar sinistro, Elias percebe algo estranho, mas deixa passar e vai embora para a casa, afinal era casado e tinha duas filhas para cuidar.
Na mesma noite, Lucas estava em um boteco por ali e saiu tarde, já que dirigia e possuía carro. Quando chega no carro escuta uma voz:
— Lucas, Lucas, chegou sua hora.
Lucas olha para trás e vê Marcos com uma faca na mão, Lucas com medo fala para marcos:
— Pare com essa brincadeira seu idiota, isso não tem a mínima graça!
— Você não queria que atacasse pela frente, então lá vai.
E corre em direção a Lucas e finca sua faca na barriga de Lucas e logo em seguida uma na garganta, Lucas agonizando ainda consegue falar:
— Por quê? Por que faz isso com as pessoas?
— Não sei, mas é muito gostoso.
Nesse momento Marcos dá o golpe de misericórdia, uma facada na cara de Lucas.
Marcos limpa sua faca e sai rindo como se nada tivesse acontecido. Logo em seguida chega a polícia e encontra fibras de blusa de lã no corpo do jovem Lucas.
10 de abril de 2006
— Por favor, senhora, o senhor Marcos Augusto Rutzemborg.
— E quem é o senhor?
— Eu sou detetive Roberto, eu posso falar com ele?
— Detetive Roberto? O que você quer com meu filho? Ele está no trabalho.
– Seu filho é um dos suspeitos dos crimes que estão acontecendo nesses últimos três meses. Esta é a intimação, seu filho deve comparecer na delegacia hoje ou será preso.
—Meu Deus do céu, eu não acredito nisso. Você é louco, meu filho é incapaz de matar alguém!
—Isso é o que vamos ver, minha senhora.
Naquela tarde, Marcos chega em sua casa após muitas perguntas no trabalho sobre o que estava acontecendo, encontra sua mãe chorando na sala e diz:
— Mãe o que está acontecendo? Por que está chorando?
— Meu filho diga para mim que você não tem nada a ver com esses assassinatos.
— Claro que não, mãe. Por que diz algo assim?
Eis que surge Roberto de um cômodo e fala:
— Porque as evidências apontam contra você, meu rapaz!
— E você quem é?
— Meu nome é Roberto, sou detetive e você será levado para interrogatório agora!
Em uma sala escura Marcos é colocado com as imagens das pessoas que ele matou e então começa o interrogatório:
— Reconhece essas pessoas, senhor marcos?
— Algumas delas cursavam a mesma faculdade que eu. Por quê?
— Ainda pergunta? Você matou todas elas.
— Como você afirma isso, senhor? Tinha ligação com algumas, porém nunca faria isso…
25 de julho de 2006
— Nosso primeiro interrogatório, você se deu mal Marcos, deixou a prova no corpo de Lucas.
— Caralho! Já falei que não fui eu. Eu fui demitido do meu trabalho por sua causa, minha mãe não me olha mais, você quer tirar mais o que de mim?
— Sua confissão! Que tal lembrarmos a décima primeira vítima? Gérson Pinheiro, morto na praça próxima a faculdade? Diga-me como escapou da vigilância da polícia aquela vez?
Roberto não se interessava muito até Gérson ser morto, Gérson era seu filho mais novo de dezenove anos, desde então Roberto dedica sua vida para prender Marcos.
22 de abril de 2006
Marcos estava sendo investigado, acabara de perder seu emprego, já não ia mais a faculdade, pois todos já tinham medo dele, mesmo assim resolve ir dar uma volta saindo pela janela de sua casa, para que os policiais que estavam perto de sua casa, não o visse.
Marcos parte de sua casa e vai até a faculdade onde encontra Elias seu grande amigo:
— Marcos, meu amigo, o que aconteceu? Por que você está sendo acusado destes crimes tão bárbaros? Você está bem?
— Sim Elias, eu estou bem e não entendo como pude ser acusado de tais atos. Dizem que encontraram vestígios meus nas roupas de Lucas, mas expliquei que conversamos com ele na noite de sua morte.
— Sim é verdade, procuraram a mim para perguntar e confirmei isso.
— Bom, vou dar um tempo na faculdade porque eu…
Uma voz de fundo:
— Olhe lá, é o assassino! Bastardo! Saia daqui!
Quando marcos olha, enxerga Gérson o ofendendo.
— Elias, eu vou indo embora antes que as coisas piorem!
— Tudo bem, vá na paz meu amigo.
Mas Marcos não vai embora como promete, sabia que Gérson guardava seu carro em uma praça deserta a poucos metros dali.
E assim foi feito, Marcos abre a porta do carro de Gérson, um corsa vinho ano 97, com um pé de cabra e, por incrível que pareça, o carro não tinha alarme. Eu agora tenho plena certeza que o destino queria mesmo que Marcos seguisse este destino, a não ser que Marcos pensasse que se as mortes acabassem, daria muito na cara que era ele mesmo o tal assassino.
O final da aula chega e todos vão embora da faculdade, Gérson dá adeus a sua namorada dizendo:
—Boa noite meu amor, amanha, com certeza, compraremos nossa casa! Estou tão feliz.
—Eu também querido, mal posso esperar.
Gérson entra no carro, arruma seu retrovisor que estava estranho, percebe que a porta do passageiro está arrombada e é quando Marcos o agarra e diz:
—Casa? Só se for no céu filho da puta! Assassino é o cacete.
Nessa hora marcos dá uma facada pelas costas e corta a garganta de Gérson que nada podia fazer.
A única coisa que Marcos não contava é que Gérson era filho de Roberto e que isso pesaria muito mais tarde.
Marcos se limpa de sangue. Dessa vez não chegou a deixar vestígios em sua vítima, porém não demorou muito para que Roberto soubesse da notícia que seu filho fora morto.
Roberto sai de sua casa e em vez de ir para ver seu filho vai à casa de Marcos e quando chega na residência, descobre que Marcos está dormindo.
25 de julho de 2006
— você matou meu filho seu desgraçado! Eu só não mato você porque não sou igual.
— Tem razão, fui eu que matei. Agora me mate, porra! Ou me mata ou me deixa sair, já estamos aqui há seis horas e você não tem mais motivo para me deixar preso.
— Será, Marcos? Vamos nos lembrar de sua última vítima, sua ex – namorada, Flávia Andrade lima
— Pare! Não quero escutar.
— Mas você vai!
18 de outubro de 2004
— Marcos, nós temos que conversar muito sério sobre nosso namoro.
— O que foi dessa vez? Esta cansada de mim? Quer conhecer novas Chapeletas?
— Como você é estúpido! É por isso que quero terminar mesmo, você não me entende.
—Não entende? Você vai pra praia sozinha, diz que conhece uma amiga legal, você acha que sou trouxa?
— Era amiga sim! E quer saber, se ela fosse homem eu dava pra ela!
— Ah é? Então firmeza, aproveita e a chama para fazermos um bacanal bem gostoso.
— Chega! Acabou tudo. Não quero te ver mais, suma de minha vista.
20 de Julho de 2006
“preciso parar com isso, minha vida esta destinada a tirar vidas, eu não quero mais, não vou conseguir enganar mais a polícia, estou sozinho agora, mas preciso matar uma última vez! Mas quem? Já sei! Flávia vagabunda que acabou com minhas esperanças, ela será minha última vítima, a décima quinta!”
Marcos resolve dar um telefonema para Flávia, que após o namoro, virou uma rapariga de primeira. Parecera que até hoje fazia as coisas para mostrar a Marcos.
Marcos conversa com Flávia pelo telefone:
— Flávia, é Marcos podemos nos ver a última vez?
— Ultima vez? Por que você vai ser preso pelos crimes que cometeu?
— Você sabe que não fui eu, fui absolvido não tinham mais provas, agora vou viajar para o exterior e não volto mais.
Flávia sentiu um calafrio e sabia que havia algo por trás, mas a vontade de ver Marcos pela última vez era tão grande que acabou aceitando, pobre coitada aceitou o convite para a morte.
Começa então o começo do fim de Marcos, aquele garoto bonito de cabelos negros e olhos verdes, hoje estará com o cabelo raspado, magro e consumido pela vontade de matar. Combina com Flávia em um local bem apropriado, um sitio no interior de São Paulo onde tudo Começou. Marcos pega seu carro, passa na casa de Flavia e vão conversando sobre tudo o que aconteceu nesses dois anos e meio que se passaram. Até chegarem ao seu destino.
-Marcos por que esse lugar?
— Foi onde tudo começou
— Que lindo! Você quer voltar comigo? É isso?
— E vai ser onde tudo vai terminar.
— Como assim?
Nesse momento Marcos não pegou faca e muito menos alguma arma, ele corre, dá um superabraço em Flávia e diz:
— Aqui será seu túmulo por tudo que você me fez passar.
Marcos começa a estrangular a pobre garota que suplicava pela sua vida dizendo:
— Marcos, por favor, pare, por favor, por fav...
Flávia estava morta e Marcos ainda não estava contende em só vê-la Morta. Começa a tirar a roupa de sua ex – paixão de cabelos castanhos compridos, seios fartos e alta. Começa a beijar sua ex-amada e transa com a defunta, além de psicopata, acabara de se tornar um necrófilo, estava já um sádico. Só não contava que Flávia já havia chamado a polícia.
Marcos volta para casa rindo da situação e diz:
—Hahaha, finalmente terminei minha tarefa. Não preciso mais de mortes, vou voltar a ter minha vida normal!
É Quando a polícia invade a casa
— Parado, Marcos você está preso.
Apesar de Marcos não deixar digitais em sua vítima sua resposta de que foi acudi-la de alguém não convenceu...
25 de julho de 2006
—Droga, eu fui apenas atender a um chamado dela!
-Marcos, você é um monstro, você está preso pelo assassinato de quinze pessoas.
Marcos então, com o fio de seu aparelho dentário começa a soltar as algemas de seus pulsos. Sem ninguém perceber, ele se solta quando Roberto chega perto e diz:
— Acabou para você!
Marcos agarra Roberto e fala:
— Acabou de começar!
Tira a arma da cintura de Roberto, o faz de refém e começa sua fuga da delegacia. Nenhum policial queria atirar para não acertar Roberto, ao contrário de Marcos que matara dois policiais em sua fuga para o carro onde levou Roberto, o algemou na porta do carro e saiu em disparada com vários carros de polícia atrás, indo rumo ao nada. Marcos e Roberto começam a conversar:
—Tem razão Roberto, eu matei teu filho e mais as quatorze pessoas, está satisfeito?
— Por quê você fez isso? Era meu filho, e não só por ele, mas por todas as pessoas.
— Quer saber? Eu não sei por que matei metade dessas pessoas, apenas tinha o desejo de matar, mas seu filho e outros eu matei por falar mal de mim, estou louco e não me importo com o que aconteça, agora já são dezessete, você fez eu quebrar meu recorde e agora, meu amigo, você será meu décimo oitavo.
— Pare Marcos, você está louco, você pode ainda salvar sua vida e a de todos nós.
Nesse momento Marcos liga o rádio e escuta a música de Mike oldfield a mesma música que escutara antes de cometer seu primeiro assassinato, sim novamente o destino pregava uma peça em Marcos, é estranho dizer isso, mas Marcos não era mais o Marcos após escutar essa música e com os solos dessa música e os sinos tocando, marcos se lembra de Elias, sua mãe e todas as pessoas a quem amava, aquele carro era seu trem para a morte, ele sentia isso, assim como Roberto sentia que tudo estava acabando e que não morreria.
É Quando o carro de Marcos Capota em uma esquina, as viaturas param para prestar socorro, mas Marcos sai do carro com Roberto e com a arma apontada em sua cabeça.
Os policias não tinham reação, nunca tinham visto algo desse jeito a não ser em filmes.
Marcos começa o seu último discurso.
—Nossas vidas não valem de nada, vivemos para morrer. Tudo o que fiz aqui valeu mais do que se tivesse vivido cem anos. Vocês não passam de lixo.
Nesse momento o céu fica cinzento, assim como estava Marcos, em uma igreja ali próxima os sinos da missa tocavam e nesse momento, ninguém sabia quem era o certo e quem era o errado. Não acreditavam no que viam. Uma atmosfera medonha e ao mesmo tempo boa tomava conta de todos nós. Foi Quando Marcos termina seu discurso falando:
— Eu fiz minha história, eu sou a glória, eu sou DEUS!
Engatilha a arma e atira na cabeça de Roberto e logo em seguida atira em sua cabeça.
Ninguém acreditava no que via.
Um homem acabou com sua própria vida e a de mais dezessete, sim porque Roberto não morreu, ficou com algumas sequelas, mas hoje passa bem com as sessões de fisioterapia motora.
A mãe de Marcos se matou de desgosto um ano depois, claro depois de encher a cara de whisky.
Elias quando viu aquele caso na televisão não acreditou. Se formou no curso de psicologia e vive bem com sua mulher e filhas.
Como eu sei de tudo isso? Eu sou Márcio, primo de Marcos. Assisti tudo e sabia de tudo. Ninguém nunca soube até hoje, peço desculpas a todas as vítimas por não ter avisado a polícia quando Marcos me contava, mas na real, talvez somos todos um pouco iguais a ele.