Assassinou a Própria Mãe e o Primo
Na penumbra insalubre do quarto, policiais se revezam coletando os resquícios daquela crueldade espalhados pelo chão, a cama desarrumada e o retrato de uma rua deserta emoldurada na parede. Um gato caminha no telhado de olho nos cães que ladram desejando trucidá-lo. A porta do quarto esta aberta e Eva está nua caída no banheiro, seus olhos abertos não conseguem enxergar aquelas estranhas visitas remexendo suas coisas, nem que as suas economias dos últimos trinta anos, que estavam sob forma de ouro dentro do cofre na parede haviam desaparecido. E ela com um profundo corte na Jugular estava morta. Não havia na casa sinais de arrombamentos, o que deduziu um policial que o crime fora praticado por alguém conhecido, que tinhas as chaves e a confiança da vitima. Eva com 56 anos de idade era proprietária de duas papelarias no centro da cidade, jovem e altamente disposta mantinha um relacionamento amoroso com seu sobrinho Alexandre Marcos de 32 anos. A história se remete aos idos dos anos 90 quando o rapaz veio do Chile para tentar a sorte no Brasil, lá ele ajudava o pai em uma mineradora enquanto a mãe dava aulas de Inglês para o ensino médio. Ao chegar na casa da tia encontrou uma mulher fragilizada por ter sido abandonada pelo marido Aristonio Carvalho que a trocou por Mariziane filha dela com o falecido Charles Mondragon. Nesta época Euler filho dela com Aristonio, servia o exercito e estava no Haiti em missão de paz. O inicio foi de tia e sobrinho até se descobrirem atraídos como homem e mulher, durante dois anos viveram juntos e ligando pouco aos muitos comentários que a vizinhança fazia, até que Euler chegou e se negou aceitar aquilo. Eva então resolveu que sua felicidade estava além do veredicto preconceituoso do filho e de outras pessoas, então decidiu dar ao filho um apartamento no Bairro das Falenas e seguir sua vida. Por muito tempo não foram incomodados por ele, todavia, ano passado fizeram as pazes e as portas da casa de Eva se abriram para seu retorno. Mas Alexandre tinha premonições e dizia sentir cheiro de morte quando Euler se aproximava. Eva na intenção de ficar bem com todos tentava destituir da cabeça do sobrinho marido aquelas coisas funestas. No fatídico dia Alexandre também estava morto em outro canto da casa, ao lado do fogão com diversas perfurações pelo corpo e uma abertura na parte de trás da cabeça, conforme a perícia a pancada o fizera desmaiar, antes dos golpes de faca lhe ceifar a vida. Ainda na conclusão da perícia, Eva havia acabado de tomar banho quando foi morta, outro detalhe que chama a atenção é o fato de ter encontrado sinais de esperma no rosto dela, que com quase 100% de certeza é do assassino. Euler fugiu com todos os seus pertences e os valores da mãe. A policia alerta que é preciso agir rápido já que ele conhece todas maneiras de sair do país pelas fronteiras venais, outra coisa que preocupa é o fato dele ser perito em sobrevivência na selva.