Sr.Ching
Louie Wong Ching era foragido da justiça por causa de seu envolvimento com o crime na capital. Filho de imigrantes chineses, começou a se envolver com a marginalidade logo cedo.
Aos 16 anos, já tinha três passagens pela FEBEM e aos 19, foi preso pela primeira vez por latrocínio.
Após várias fugas, capturas e recapturas, percebeu que era muito melhor ter a polícia como aliada que como inimiga.
Descobriu que o ramo de cassinos e caça-níqueis, além de mais seguro e rentável, proporcionava uma relação de paz com a polícia. Era só pagar a propina! Pronto! O antigo perseguidor era agora, informante e protetor. “Dinheiro: muito é pouco, pouco é nada”.
Sr. Ching fez desse ambicioso lema, seu estilo de vida. Do jogo ao tráfico de mulheres, estava sempre pronto a tirar o dele.
Rapidamente, tornou-se um dos mais poderosos chefões do crime organizado do eixo Rio-São Paulo.
Aquela casa na praia foi um dos primeiros bens que adquiriu com o dinheiro sujo.
Agora, ela estava embargada pela justiça, assim como todos os bens em seu nome, que não eram muitos, pois logo aprendeu a usar “laranjas”.
Trecho do livro "O Tormento", de minha autoria.