O HOMEM DE CAVAQUE
Meu nome é Virgílio Fonseca. Trabalho na área investigativa. Era tarde quando o sol morria entre os prédios da Paulista. Estava no escritório conversando com o Freitas e o Marques – companheiros de investigações – quando o telefone tocou. Um corpo de uma mulher aparentando 27 anos fora encontrado num parque. Chegando ao local, outro corpo de mulher aparentando vinte e cinco anos, também fora encontrado nas mesmas condições. Estavam com a documentação, relógios, nada tinha sido levado. Também não foram violentadas. Só uma coisa intrigava-me: as duas estavam sem o coração. A forma das lacerações no peito demonstravam que eles foram arrancados. Fui ao local em que elas trabalhavam. Era no Ponto Coffe. Entrevistei os funcionários. Lembra-se qual a última pessoa que elas conversaram? Olha isso é difícil de dizer, pois falamos com gente o tempo todo. Porém, houve um homem que elas travaram certo conhecimento. Sim, e quem é? Hum, não me lembro do seu nome direito; é um nome diferente. Isso dificulta a investigação. Alguma compra com cheque? Não, pagava sempre a vista. Descreva-o para mim. Alto, pele clara, cabelos castanhos, sorriso enigmático, cavanhaque bem desenhado, bem afeiçoado, culto, olhos verdes. Verdes? Pensei que fossem amendoados – disse outro funcionário. Não, não eram azuis. Bom eu olhei bem e era mel. A esse detalhes somaram-se as mais confusas descrições. Castanho escuro, pretos, bom resolvi ignorar. Freitas fez o retrato falado, mostrando depois para os entrevistados. Alguém me dissera que ouvira dizer que era professor numa Universidade. Mas não sabiam qual, nem a matéria. Enviamos o pessoal para as Universidades aos arredores com o retrato falado, porém nenhum reitor reconheceu. Sentamos numa mesa. Serviram-nos um café descafeinado para mim e um cappuccino com licor para o Freitas e um expresso simples para o Marques.
E agora, por onde começamos? Perguntou-me Marques. Estou pensando. Sem nenhuma digital, nenhuma secreção ou fio de cabelo nada. Bebericava meu café com uns amanteigados, quando uma funcionária me disse: Olha eu acho que o nome do homem de cavanhaque era Eurismar, Eunismar... Fez uma careta tentando recordar seu nome. Ah, me lembro agora. Ele disse que tinha uma loja de antiguidades e seu nome era Eudomás. Repeti o nome com estranheza. Bom é tudo o que me lembro. Obrigado, pedi mais um café, antes de irmos. No local onde estávamos tinha um telão onde eles colocavam dvds para os clientes. Enquanto degustávamos as bebidas assistíamos a um show dos Rolling Stones: “Sympaty for the Devil” Por favor, deixe que eu me apresente, sou um homem com riqueza e gosto; ando por aqui faz muitos anos, roubei muita alma e fé dos homens... E eu tentando resolver o mistério do Homem de Cavanhaque.
E agora, por onde começamos? Perguntou-me Marques. Estou pensando. Sem nenhuma digital, nenhuma secreção ou fio de cabelo nada. Bebericava meu café com uns amanteigados, quando uma funcionária me disse: Olha eu acho que o nome do homem de cavanhaque era Eurismar, Eunismar... Fez uma careta tentando recordar seu nome. Ah, me lembro agora. Ele disse que tinha uma loja de antiguidades e seu nome era Eudomás. Repeti o nome com estranheza. Bom é tudo o que me lembro. Obrigado, pedi mais um café, antes de irmos. No local onde estávamos tinha um telão onde eles colocavam dvds para os clientes. Enquanto degustávamos as bebidas assistíamos a um show dos Rolling Stones: “Sympaty for the Devil” Por favor, deixe que eu me apresente, sou um homem com riqueza e gosto; ando por aqui faz muitos anos, roubei muita alma e fé dos homens... E eu tentando resolver o mistério do Homem de Cavanhaque.
01-08/07/2011