Erro Policial
Nos anos 40 e 50, a seleção para agentes de polícia era muito mais pelo porte físico avantajado do que por qualidades culturais, morais e civilidades. Era muito comum o policial ser famoso por suas ações truculentas. Também era comum agentes de polícia serem analfabetos funcionais Um velho inspetor de polícia contou-me uma história que seria dramática se não fosse cômica Numa delegacia interiorana, estavam ele e o delegado organizando ocorrências e inquéritos. Nos fundos da delegacia, um investigador interrogava um preso que havia furtado ferramentas de barbearia e materiais de salão de beleza. O investigador espancava o preso e esse aprontava o maior berreiro. As pancadas não paravam e o berreiro não cessava. O delegado incomodou-se e pediu ao inspetor para ver o que estava acontecendo, do contrário o “Massa Bruta”, apelido do policial espancador acabaria matando o preso. Interpelado, o “Massa Bruta” explicou: “ o gatuno confessou onde furtou quase tudo, mas não confessa onde furtou o ETC”. É que, na ocorrência, um punhado de restos de batons, lixas e grampos estavam arrolados no etc.
É por isso que naquela época, houve tantas barbaridades e erros judiciais. O caso dos Irmãos Naves é um exemplo de erro judiciário.
Lair Estanislau Alves.
Julho de 2011-07-23