O assassinato Toalha Vermelha no Colégio de Hardly House

Um Crime pavoroso aconteceu no colégio Hardly House e tudo que restou foi um bando de alunos apavorados.

Uma equipe policial está investigando o assassinato que ocorreu no pátio da escola durante o recreio com a maioria dos alunos presentes, porém, ninguém consegue indicar o culpado, pois misteriosamente ninguém viu nada.

Agora a escola está cercada por um grupo policial que está tocando o terror nos estudantes com seus interrogatórios sem fim e uma violência verbal, quase física, que amedronta qualquer um.

Ninguém tem coragem de levantar outra hipótese a não ser a de que o aluno morto tivesse alguma dívida com uma espécie de gangue.

Um grupo se levanta. Seu nome? Não há. Cinco Garotas. Talvez quatro e meio por uma delas ser baixinha, ou não. Elas estão estudando outra hipótese. A de que se o crime ocorreu na escola pudesse ter sido gente de lá de que o tenha cometido. Elas não têm pistas. Não têm provas.

Só o que têm são cinco corações alucinados, centenas de "corpos" presos em um colégio pela justiça, e cinco cérebros prontos para acreditar em qualquer possibilidade que possa se encaixar na morte de Josh.

CAP I

“BEM VINDOS AO INFERNO!”

-Isso não faz o menor sentido! –Dizia Ibbie sentando-se sobre a carteira.

-Não faz mesmo! Dizer que o Josh tinha alguma dívida com alguma gangue! Se toca! O garoto era todo certinho! –Exclamou Misaeh.

-Mas é claro! Eles estão colocando a teoria deles praticamente como ordem! Obrigando a gente a acreditar nessa baboseira toda! –Declarou Brigitte.

-Mas nós conhecemos o Josh. –Lembrou Estelle ainda chorando.

-Conhecíamos Estelle. Quando você vai aceitar que ele está morto?! –Questionou Ibbie Lauren.

-Ai Ibbie Lauren! Não precisa ser assim também! Não está vendo que ela está sofrendo?! –Defendeu Misaeh.

-Ah ta bem desculpe. Mas ela não vai poder ficar chorando pro resto da vida.

-Não estou chorando pelo resto da vida! Ele morreu há dois dias. Ele era meu amigo. Gostava muito dele, vocês nem o conheciam direito, não sabem pelo o que estou passando.

-É verdade Estelle, mas somos suas amigas, queremos seu bem. E você precisa começar aceitar. –Consolava Misaeh.

-Gente! O tempo acabou, estão chegando. Sentem-se. Eles estão vindo. –Exclamava Ibbie. –Limpa essas lágrimas Estelle.

Todas se sentaram, a porta do inferno estava se abrindo. Se abrindo, se abrindo... Se abriu, e por ela entraram, não só um, nem apenas dois, mas sim três policiais vestidos a caráter. As meninas ficaram em silêncio.

Estelle abaixou a cabeça, não queria que vissem que estava chorando, embora adivinhassem já que a metade das meninas da escola fazia isso quando eles chegavam. Se ao menos essas quatro restantes também o fizessem, mas não, elas eram desafiantes! Não abaixavam a cabeça, olhavam no fundo dos olhos com o rosto amargo, esse era o diferencial do colégio, e o problema dos policias.

-Chamada rápida! Brigitte Allinealster.

-Presente. –Declarou Brigitte séria encarando o policial.

-Estelle Damasc.

-Pre... Presente...

Ibbie Lauren virou os olhos. Detestava ter uma fraca no grupo.

-Ibbie Eagle.

-Presente.

-Ibbie Lauren Polish.

-Presente! –Respondeu Ibbie Lauren sorrindo.

O sorriso de provocação fez os policiais se entreolharem.

-Misaeh Countney.

-Presente.

O policial jogou a pasta sobre a mesa e olhou para as cinco demoradamente. Quatro delas se mantiveram firmes, a quinta se explodiu num choro. Essa era Estelle.

-Meninas... As mais aplicadas do colégio segundo a diretoria.

-Sim. –Concordou Ibbie Lauren.

-Sim. –Repetiu o policial andando de um lado para o outro.

O silêncio tomou conta da sala. Apenas os soluços de Estelle eram ouvidos. O que estava dando nos nervos dos policiais e nos de Ibbie Lauren também.

-Então, o que queremos saber é: Qual era o grau de amizade de vocês com Josh Cansay?

-Grau de amizade? Nós nem o conhecíamos direito. –Começou Brigitte.

-Isso é verdade, senhorita Damasc?

Estelle limpou as lágrimas suspirou fundo e disse:

-Sim... É verdade. O conhecíamos só de vista.

Ibbie Lauren suspirou relaxada, finalmente Estelle parou de chorar.

-Se vocês o conheciam apenas de vista, por que é que isso estava no caderno dele? –Indagou o policial pegando uma folha escrita. –Diga-me essa letra não é sua senhorita Damasc?

Estelle apanhou o papel e observou com atenção. Fora a mensagem que ela havia mandado para ele algumas horas antes da tragédia.

-Sim senhor.

As amigas ficaram surpresas. Não tinham conhecimento sobre a tal mensagem.

-E o que está escrito senhorita Damasc?

-Eu não sei. –Afirmou-a começando a chorar novamente.

-Mas se foi você quem escreveu deveria saber não é? Em que idioma está isso? Latim? Alemão?

-Francês. –Disse Estelle.

-E a senhorita não sabe falar nem ler em francês. Curioso, por que a senhorita sabe escrever em francês! A senhorita pode explicar isso?! –Indagou o policial dando um murro da mesa.

[continua...]

Meli Francis
Enviado por Meli Francis em 22/01/2011
Código do texto: T2746039
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