Pedofilia,a doênça do milênio.
- QAP Bonny?
-Delta V,que modula.
-Bonny,na escuta?
-Central copia?
-Positivo...
-Prossiga!
-Estou no QRU.
-QTH?
-Estou aqui visualizando o 09,ok?
- Positivo,copie ele aí,QSL?
-QSL.
- Não desgruda o olho dele,hoje nós pegamos esse filho da puta!
Essa foi a noite mais turbulenta que o investigador,Bonny Camarra,enfrentara.Estava no encalço de um perigoso e muito poderoso aliciador de crianças,mas conhecido hoje no popular: Pedófilo.Investigação essa,que começara há mais de 6 meses atrás,depois de denúncias anônimas feitas pelas pessoas da comunidade,foi averiguado a legimitidade destas,quando começaram a surgir as primeiras provas.Por se tratar de uma pessoa de poder,tudo levava a crer que,por mais que tivesse provas concretas de seus atos, os contatos e influências que ele tinha no meio político e jurídico,com toda a certeza,conseguiria se safar de uma possível condenação,mas isso só veremos mais a frente.Em um sábado,do verão de 1994,dia de pessoas começarem a descolar encontros,baladas,paqueras,bares,happy hour e tudo mais, para esse influente Sr.de 53 anos de idade,era mais uma noite para cometer suas séries de crimes,que assustara mais uma vez a população daquela pacata cidade do interior da Bahia.Seu nome: José Carvalho Bergulo Riannira,mas conhecido como “Betão”.Individuo de pele clara e pouco enrugada,olhos castanhos,cabelos grisalhos,alto 1.79m,com boa aparência,e com uma cicatriz em seu ombro direito,abaixo da clavícula.Tinha hábitos estranhos que começava a intrigar as pessoas da cidade,da súbita aproximação dele,pelas criancinhas da cidade.Complexado desde sua infância,iniciou a demência em gostar de crianças.Graças aos funcionários de sua fazenda,traziam garotinhas e garotinhos para sua residência particular,e lá disposto a ajudar suas famílias(das crianças) geralmente pobres,prometia tais ajudas na troca de “servicinhos” pessoais.A guarnição do 2º Pelotão da Polícia civil daquela cidade e o serviço de inteligência,começaram a rastrear seus passos.Seja por telefonemas,imagens,fotos,tudo o que pudesse comprometê-lo.Diversas vezes,Bonny,o investigador,se disfarçou para entrar nesse universo paralelo e perverso desse indivíduo,tendo muitas vezes,que conter-se para não dar voz de prisão,senão quando nada,destravar a Pistola 9mm,e descarregar todas as balas cara do sujeito.E nesses disfarces,ele foi: Motoboy,mendigo,pintor,garçon e até gay em boate ele se fez,para que assim a favor da justiça conseguisse as provas que precisava.Num certo dia,no QG central,fora confirmado que naquela tarde de sol,(faz o registro que era um calor intenso),depois de diversas campanas e muitas esperas,a tão aguardada captura do elemento “Betão”estava dada como certa.Na boate do centro da cidade,o serviço de inteligência ficou sabendo que o elemento estaria naquele local,regado a várias garotas e crianças,bebidas e drogas,disfarçados de garçon,e com os melhores policiais e o melhores equipamentos de segurança ao seu dispor,tipo: fone de ouvido,câmera,rádio,escuta e tudo mais,esperavam a ordem exata para prender o carniça.E secretamente conversavam em entre si:
- QAP Bonny?
-Delta V,que modula.
-Bonny,na escuta?
-Central copia?
-Positivo...
-Prossiga!
-Estou no QRU.
-QTH?
-Estou aqui visualizando o 09,ok?
- Positivo,copie ele aí,QSL?
-QSL.
- Não desgruda o olho dele,hoje nós pegamos esse filho da puta!
Tudo preparado,câmeras ligadas,foi dado o OK,para emfim prender o safado.
Cercado,ele não esboçou nenhum movimento que fizesse lhe tirar a vida,(o que todos queriam),algemado,uma pergunta questionava o policial Bonny, experiente com mais de 20 anos na profissão e em busca dela foi,chegou a Vulgo-“Betão” e perguntou:
Com tantas garotas,bastante dinheiro e poderes,porque crianças?
Cinicamente,respondeu:
-Eu nunca tive tara por crianças,Inspetor Bonny,eu juro!
Tive e tenho sempre tara pelo choro que vejo no rosto dos pais e mães quando sabem que abusei de seus filhos.
Adoro isso.Disse ele sorrindo.
Desolado,Bonny,pega a viatura,sai e na orla daquela mesma cidade,salta e caminha em direção ao mar,para numa pedra,senta e começa a orar...
Levanta,e novamente caminha sobre a areia fofa.Para e resolve escrever algo nela,e com um pedaço de graveto molhado,os escreve:
“Pai,não conheço mais os nossos irmãos,estamos só?!”.
Desolado,ele dá às costas e segue adiante.Resolve olhar para trás e percebe um maré bem pequenininha se aproximar da beira da praia onde havia escrito,apagando de vez tudo aquilo.Correndo,quando retorna e ler o que escrevera segundos antes,tem uma surpresa.
Uma lágrima desce no canto do rosto direito,e como se DEUS respondesse o que havia indagado,percebe a única palavra que restara depois na areia:
SÓ.
*** Este Conto é fictício,essas pessoas não existem,cidade e tudo mais.A verdadeira intenção,é mostrar como é nojento saber que existe esses "seres" juntos a nós.Devem ser ridicularizados e expulso de nossa sociedade.
Ass: Marconi Machado Menezes