Não coma nada de estranhos. (Todo mundo já deve ter ouvido isso algum dia)
Esse conto...
Ops! Vamos começar assim: essa história é a narrativa de um fato venéreo verídico, que não presenciei, mas ouvi de fonte fidedigna, narra a epopeia de dois policiais militares da linda e pacata... bom deixa o nome da cidade pra lá, afinal isso pouco importa...
Noite fria, altas horas, estão os dois puliça na Delegacia da cidade, descansando do árduo dia de serviço, e por acaso naquele dia nossos heróis não tinham efetuado a refeição da noite, o descanso foi interrompido pelo telefone que tocava sem parar:
Trimmmm!
- Alô! É da Delegacia?
- Sim minha Senhora.
- Viu seu policia, o meu vizinho surrô a muié dele, e está brabo, e a coitada tá toda machucada.
Saem às pressas, vrummmmmmmm! ligam a viatura e correm para resolver mais um caso de “Maria da Penha” causada por cachaceiro. O que é muito comum nesse interiorzão.
No local, casa com a porta e toda escancarada, rádio ligado tocando Amado Batista, os nossos heróis fazem o adentramento na residência em busca ao “Charlie Úniform” cheio,
e para a surpresa geral não encontram ninguém, nenhum indício do ocorrido, na cozinha a mesa arrumadinha, com um pãozão caseiro lindo de morrer, copos limpos e café Ah!, para completar o boquete banquete, doce de leite em um potinho, que certamente alguém havia derrubado, pois havia doce na mesa, no chão da cozinha e até da sala, um dos policiais não resistiu, encheu o copo de café, cortou uma “taiada” de pão, rebocou bem com o doce de leite, e voltou feliz da vida para Delegacia.
Na Delegacia:
Trimmmm!
- Alô! É da Polícia?
- Sim minha Senhora.
- Viu seu policia, o meu vizinho bateu na muié dele dinovo, Vem aqui outra veis.
Vrummmmmmmm! ligam a viatura e vão novamente ao endereço, e desta vez lá estava um “Charlie Úniform” cheio, e a mulher toda machucada, e ambos já esperavam a polícia, então começa o dialogo:
- Dona Maria, o que aconteceu?
- Foi o Zé que me surrô seu pulicia.
- Mas porque ele lhe bateu?
- Num vô falá não seu pulicia.
- Zé porque você bateu na sua esposa?
- Ela sabe seu pulicia, eu sô homi trabaiadô, e cheguei da roça, e... Ela sabe seu puliça, não vô falá não.
- Beleza, tudo bem, lá na Delegacia vocês falam, e não quero mais nem um pio.
Seguem então nossos heróis anônimos com o Zé e com a Dona Maria à Delegacia de Polícia. Já na Delegacia o Delegado passa a indagar o casal, e logo o policial militar se manifesta.
- Doutor, o Senhor acredita que nenhum dos dois quer falar o motivo da agressão.
- Seu Dotô, eu vô contá direitinho purque o Zé me bateu, eu fico até sem graça, purque é negócio feio.
- Tudo bem Dona Maria, conta então, a gente precisa saber.
- Sabe o que é seu Delegado, o Zé urtimamente anda com umas bardas, e vem mi bateno fais dias.
- Mas e hoje Dona Maria, porque ele lhe a-g-r-e-d-i-u?
- Tá bão seu Delegado, tô com vergonha mais vô contá, é que o Zé chegô da roça meio beldo já, e ele é bom marido, me dá di comê du bom i du mior, hoje ele troxe um doce di leite pra come cum pão que eu tinha feito, acontece seu Dotô, qui ele começô me agarrá e eu num queria, tava cansada do serviço, mais daí ele botô os troço pra fora, i labecava nu doce di leite que tinha trazido, i ficava atrais di mim querendo qui eu chupasse u troço, mais eu sô muié direita, e num quis botá a boca naquelas coisa, daí ele começô a mi bate di monte, i ficava dirrubando tudo u doce na casa, é só pur isso seu Delegado, mas eu num quero que ele fica preso, ele trabaia.
- Uááááááhhhhhhh!
Sai o puliça a mil da sala, sem ninguém entender nada, a não ser o parceiro de serviço, corre ao banheiro e fica quase o resto do turno a vomitar.
Na manhã seguinte pede ao parceiro que não conte sobre o ocorrido, e o parceiro promete nunca falar a ninguém, e assim o fez.
Meus amigos qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência, afinal isso não passa de um conto, ou será que... Bom, foi assim que eu ouvi contar, afinal a gente aumenta, floreia, mas nunca inventa.