O bilhete da morte III
Clóvis Sampaio chegou naquela noite por volta da meia noite em casa. Acabava de voltar de uma viajem de negócios a São Paulo.
Quando abriu a porta, notou que um papel estava jogado no chão. Acendeu a luz e o pegou. Era um bilhete que dizia:" volto mais tarde". Não havia nele nenhuma assinatura ou data.
Sismou.
Ninguém sabia que chegaria naquela noite.
"Quem poderia tê-lo escrito?", era o que se perguntava. Mas o cansaço da viajem se fez ouvir e resolveu dormir.
Não pensaria mais naquilo.
Quando estava quase dormindo, um barulho dentro da casa o despertou de sobressalto.
Caminhou como quem pisa em ovos em meio à escuridão. Queria pegar desprevenido o autor do bilhete, mas sentiu uma pancada na nuca e ao levar a mão...sua nuca estava ensanguentada, seu corpo foi ao encontro do chão e sua visão tornou-se turva.
Foi então que ouviu passos em sua direção.
Um vulto se assomou em em sua direção...
Escuridão.
Estava morto.