MEU PAI A MATOU!
É isso mesmo, ele a matou! E de uma forma terrível! Esfaqueada. To irritado. Puxa, ela era meu primeiro amor. Eu sei que ela não era nenhuma santa, aliás, bem mais velha. Mulher linda, 30 anos, meio maluquinha, e eu com 17, nem sei se ia dar certo. Mas, que droga, ele a matou.
Primeiro seqüestrou, trancou no porão. Os gritos foram trágicos. Nem sei o que fez com o sangue. Partes do corpo estavam lá, espalhados por todos os cantos. Éca. Depois, queimou tudo na churrasqueira. As pernas deram mais trabalho, foi preciso um machado maior para corta-las ao meio. As cinzas estão, agora, adubando as cebolas de minha mãe. E sabem o que é pior? Minha mãe concordou. Ajudou até.
Agora, me digam? O que é que eu faço? Espero aparecer nova personagem no livro dele para eu me apaixonar? É duro ser filho de escritor!
--Pessoal, é meu primeiro conto. Ou quase um conto. Bom, eu tentei.