Caso Vivaldi (9)
Na mansão Vivaldi instaurou-se um terrível clima com a discussão entre Mariano e sua mãe. Ela surpreendera o rapaz beijando Heloísa e começou a gritar, chamou a moça por nomes horríveis e ao filho também. Perguntou se ele queria destruir a própria vida, como o irmão mais velho fez. Mariano disse que ela não mandava na vida dele, Madalena disse que não seria mãe dele enquanto os dois estivessem juntos.
- Mãe? Você nunca foi uma mãe de verdade pra mim. Não me amparava nos momentos mais difíceis, sempre ficou por fora dos meus assuntos. Agora quer manipular minha vida, como fez com Henrique.
Madalena sai da sala irritada e bate a porta do corredor, Mariano decide ir para o banco trabalhar um pouco. No caminho, o pneu de seu Porsche fura no meio da rua, o que contribui ainda mais para a sua raiva. Resolvido o problema ele resolve parar em um restaurante por perto, pois não havia comido nada por causa desse incidente. Dentro do restaurante ele encontra o delegado e Matias e vai cumprimentá-los.
- Olá Dr. Matias, Orlando. Como vai o dia de vocês?
- Senhor Mariano, é bom encontrar você. Precisamos conversar com alguém da sua família. Encontramos um objeto e precisamos saber se você consegue reconhecer.
- Infelizmente não tenho tempo agora, vou comer algo e ir para o trabalho.
- Está bem. Se puder passar no meu gabinete amanhã seria bom, eu preciso mesmo falar com um membro da família.
- Mas será um interrogatório oficial? Perguntou Mariano.
- Essa conversa que teremos não será, estamos levantando alguns fatos, só que ainda não colocamos na investigação porque não são totalmente concretos.
- Tudo bem, passarei lá amanhã de manhã.
- Muito obrigado por cooperar.
No dia seguinte, Mariano chega à sala de Matias para conversar.
- Bom dia senhores. Qual é o assunto que gostariam de tratar comigo?
- É sobre este objeto, encontramos no escritório da casa de seu irmão. Mariano reconhece na hora.
- O isqueiro da Porsche? Eu conheço o objeto. Provavelmente era do meu irmão. Esse objeto foi dado de presente pelo nosso pai, ele comprou uma caixa com três isqueiros iguais. Nós adoramos a marca, não é a toa que os carros que possuímos são dela, comprávamos tudo que era da Porsche e o isqueiro foi o último presente que papai nos deu referente à marca.
- Quando foi que vocês ganharam o presente? Perguntou Matias.
- No Natal, o último que meu irmão passou conosco.
No mesmo instante o telefone celular de Mariano tocou, ele sai da sala para atender. É Heloísa, querendo conversar sobre o incidente com a mãe dele. O rapaz responde que passará na casa dela mais tarde, se despede e desliga o telefone.
- Os senhores têm mais alguma pergunta? Perguntou Mariano.
- Por hoje não, obrigado por ter vindo até aqui. Passar bem.
Mariano encontra com Heloísa na casa dela, a moça pede para que ele entre e dirija-se à sala de estar. Começou falando sobre o infeliz acidente ocorrido na casa dele e disse que por um bom tempo não iria mais aparecer na casa do rapaz, pois poderia piorar ainda mais a situação dele com a mãe. A moça pede também que eles se vejam menos. Mariano pede desculpas por ter tomado a iniciativa e ela diz que a culpa não é só dele, que ela nunca deveria ter continuado o beijo, disse que ele apenas teve um impulso. Ela insiste que eles deveriam dar um tempo, que seria bom para os dois, pois tudo aquilo estava acontecendo muito rápido. O rapaz concordou, disse que ela estava certa. Não aparentou, mas ficou incomodado com a decisão tomada.