Caso Vivaldi (8)
No bar do Ivan, um bar localizado no centro da cidade o delegado e Orlando estão tomando uma cerveja para relaxar, desde o começo da investigação Matias não fazia isso. Orlando perguntou como era possível o assassino não ter deixado uma pista sequer. Matias reclamou que se sentia humilhado por estar na investigação há um mês e não encontrar absolutamente nada, nenhuma evidência. Orlando falou que ele não devia se sentir desse jeito, o assassino fez o serviço muito bem, sem deixar pista alguma. O delegado resolveu ligar para Maurício, conseguiu falar com alguém, mas o serviçal disse que seu patrão estava no Japão, a negócios. Matias agradeceu e desligou com raiva o celular. Pouco tempo depois ligou para Cláudio e pediu que chamasse um perito, pois ele e Orlando vão investigar a casa de Henrique. Cláudio falou que providenciaria o mais rápido possível.
No dia seguinte o delegado, os dois detetives, o perito e dois outros policiais foram ao local do assassinato. Já na casa eles vão direto ao escritório, já que lá foi por onde o criminoso entrou. Depois de revirar o escritório foi encontrado um isqueiro dourado com o símbolo da Porsche, o delegado pede para que o perito analise o objeto, pois pode ser uma pista do crime.
- Se isso for do assassino, ele deve cobrar muito, pois o isqueiro é caríssimo – disse Orlando.
- Esqueci que você é um especialista nisso, fuma que nem um condenado – disse Matias.
Depois de procurar por mais uma hora e sem encontra mais pistas eles decidem voltar para o escritório.
Na mansão dos Vivaldi a campainha toca e Marco abre a porta, é Heloísa. O senhor Vivaldi pede para que a moça entre e fique a vontade, ela diz que procura por Mariano, Marco diz para ela ir ao quarto do rapaz. Ela entra no quarto e cumprimenta Mariano, começam a conversar sobre aquele jantar e sobre a estranha situação que se instaurou quando ele levou a moça na casa dela. De repente são interrompidos por Franco e Dominique perguntando pelo pai, Franco elogiou Heloísa da cabeça aos pés falando sobre seus cabelos e sua roupa, Dominique apenas sorriu para ela e a fez lembrar da conversa no clube, a moça retribuiu com outro sorriso dando a entender que lembrou.
- O Franco sabe apreciar as mulheres – disse Heloísa.
- Ele é um artista, valoriza qualquer tipo de beleza.
- Voltando ao assunto do jantar – disse Mariano – desculpe por aquele momento.
- Digo o mesmo, a culpa foi nossa, nós dois causamos aquilo.
- Não pode simplesmente acontecer, é estranho, você casou com o meu irmão.
- Melhor deixarmos o assunto de lado. Sobre o seu irmão, pode ficar tranqüilo, nunca contarei esse segredo a qualquer pessoa.
- Ainda bem que você respeita a situação dele.
Na delegacia o perito entra na sala de Matias com notícias ruins. Disse que seria muito difícil chegar a qualquer suspeito apenas com aquele isqueiro, pois Henrique era fumante e a probabilidade de que o objeto fosse dele era muito grande, já que era caríssimo. Também falou que o isqueiro era vendido em uma série de três isqueiros em uma caixa muito cara da Porsche. Matias falou que lembrava de ter visto um isqueiro igual na casa dos Vivaldi. Nesse momento ele decidiu que deveria falam com Heloísa a respeito do objeto.