Caso Vivaldi (5)
Enquanto isso no gabinete do delegado, Cláudio entra na sala com informações, conseguira o telefone de um homem chamado Maurício que conheceu Henrique e Heloísa antes de se casarem e virou grande amigo dos dois, é uma boa testemunha da relação entre os cônjuges. Após a notícia Matias interrompeu:
- Já sei quem poderá me ajudar nesse caso
- Quem? Perguntou Cláudio.
- Meu amigo detetive Orlando Massa, ele nos ajudou na investigação do seqüestro e assassinato do primogênito da família Mourão no ano passado. Lembra dele?
- Infelizmente sim
Cláudio não suportava ouvir esse nome, pois sentia que toda vez que Orlando entrava em ação roubava seu papel de detetive, além de considerá-lo um sujeito muito convencido e arrogante.
- Eu sei que você não gosta dele, mas ajuda de Orlando será de extrema importância no caso Vivaldi.
- O delegado é você. Faça o que julgar necessário, não vou me intrometer.
- Que bom que compreende.
São onze horas da manhã quando o telefone toca na casa da família Vivaldi. Marco atende. É o delegado falando que teria que pegar o depoimento da família, mas Marco diz que sua esposa ainda não tem condições de participar do interrogatório e pede para poupá-la. O delegado responde que dessa vez não pode fazer o que foi pedido, pois ele precisa desse depoimento e ninguém pode ficar de fora. O Senhor Vivaldi concordou, mas disse que ele teria que fazer sua esposa falar. Matias respondeu que isso não seria problema para ele e avisou que levaria um detetive que iria acompanhá-lo sempre no caso a partir daquele momento. Marco não se colocou contra e falou que viesse quando fosse necessário e depois desligou o telefone.
Na mansão Stadler a campainha toca, é Mariano que combinara de levar Heloísa para jantar, Hugo o mordomo atende a porta e pede para a visita que entre e fique a vontade. Heloísa desce pela escada e encontra Mariano.
- Vamos agora ou quer esperar mais um pouco? A reserva é para daqui uma hora - disse Heloísa.
- Como você quiser - diz Mariano com seu jeito fino e elegante.
- Então vamos esperar mais um pouco, detesto esperar dentro do restaurante.
Nesse mesmo momento o pai de Heloísa, Victor, sai do escritório e chega à sala:
- Mariano, que prazer recebê-lo aqui. Como vai sua família?
- Não muito bem, ninguém está conformado com a tragédia e também nem dá para se conformar com um assassinato.
- Não mesmo, eu já perdi meu pai, mas nem tem como comparar, o coitado morreu de câncer e um assassinato causa um dano psicológico muito maior, no meu ponto de vista.
- O senhor está certo, eu não consigo aceitar o fato, Henrique era o meu melhor amigo.
Heloísa sentindo que o clima estava pesando um pouco interrompeu sabiamente e disse que estava na hora de ir para o restaurante.
Pouco tempo depois Marta, a mãe de Heloísa entra na sala.
- Gosto muito deste rapaz – disse Marta.
- Eu também, se não tivesse casado com Henrique com certeza teria casado com Mariano.
- Mas eu acho estranho que ele convide Heloísa para jantar pouco tempo depois da morte do irmão.
- Você acha que ele pode estar com segundas intenções?
- Não estou imaginando isso, só acho que ele é muito precipitado.
- Eles são bons amigos, desde que se conheceram na festa - disse Victor.
- Eu acho muito bom que ela saia para se distrair, não pode ficar em casa só lamentando a morte, precisa descansar disso tudo.
- Ela vai se recuperar. Claro que vai demorar, mas vai dar tudo certo.