Cinco Suspeito e um Crime...
Meia noite no seu quarto, ela não vai subir. Seu fim foi trágico. Sem começo, sem meio. Apenas o fim. Motivos para vê-la morta, até mesmo ele tinha. Zé Ronaldo, o faxineiro também. Além de Anita, a secretaria. Marcão o boy. E Tonho, o motorista.
Os motivos:
Zé Ronaldo.
Ela sempre pisava nas manhãs de segunda-feira, de salto alto, com suas botas sujas de lama. Sujando onde ele limpou.
Anita.
Tinha ódio dela quando lhe passava os relatórios. E sua agenda diária. Ouvia seus despautério e xingatório. E saia da sala da patroa enervada dizendo: “Ainda mato essa megera”
Marcão o Boy.
Sentia-se perseguido por ela. Não pedia conta, por ter que sustentar a mãe, a tia-avó e um meio primo. Indignava com as idas aos bancos, justo nos dias de maior tumulto. O pior era a humilhação. Dela para com ele.
Tonho o motorista.
Vindo do interior com a família. Aprendera dirigir nos tratores quatro marcha. Ela o pisoteava! Sempre com a mesma historia: “Se não fosse por meu pai! Já o havia despedido, traste. Não conhece nada na cidade grande. tenho que ensinar tudo!” ainda por cima fuma esse cigarro de palha. Ninguém merece!
Por fim Ele.
Namorado, amigo, amante ou ficante! Não sei ao certo a relação dos dois. Toda vez que ela te ligava. Visitava o seu apartamento. Tomava uns drincks, sexo. E ela partia como chegava. No silencio da madrugada. E isso sempre o incomodava. Não ser dono e nem pertencer a alguém.
A morte.
Aquela manhã estava de rachar. Tonho por duas vezes foi maltratado por ela. E pensou jogar o jaguar no primeiro poste. Mas se conteve, agüentou chegar ao escritório. Tinha outros planos.
Chegaram e ela fez questão de passar pelo corredor do lado em que Zé Ronaldo acabara de limpar. Deixando marcas imundas pelo piso. E ele ao preparar a água imaginou colocar mais sabão. Quem ela escorrega e morre de vez. Mas não fez tinha na mente outros planos
Anita lia os relatórios. Com o pensamento fixo. Se ela me falar mal. Eu vôo na garganta dela, e a esgano. Mais não fez tinha outros planos. Ao seu lado Marcão o boy já tava de orelhas em pé. Divagando como seria bom apertar aquele pescoço. Até roubar-lhe todo o ar. Ceifando a vida daquela; cretina autoritária, sem coração.
Seu namorado, amigo ou ficante, chegou, na hora da tensão dos três. Antes, porém ouviu os lamentos do chofer. E sua intenção de matar, em seguida pelo corredor notou o faxineiro resmungando. “Eu mato, hoje eu mato”. O clima não era dos melhores. Ele com o intuito de passar a limpo a situação, com ela. Ou era ou não era. No entanto se a resposta fosse negativa. Matava ela e se atirava daquele sexto andar.
Pois a paixão já o consumia por inteiro. Num amor incondicional. E ela o usando. Durante a noite era seu objeto de prazer. De dia ela ia te ver. Já não suportava mais. Quando ela o viu, brotou a fúria em seu olhar. Ela mordeu a língua. Num sinal de nervosismo. Mandou que saíssem de sua sala. Eles saíram. E cada um deles, colocou seu plano em ação.
No fim da tarde, começo de noite, a policia arroba a porta da sala de Margaret Mar. E a encontra sem vida. Envenenada.
Cinco suspeitos e um crime.
Agora o detetive Lerecan, tem em suas mãos as pistas: Um copo pelo meio de água, sem cheiro, sem cor, somente com as digitais da vitima. O celular, registrando uma ultima mensagem: MORRA! Com numero desconhecido. Cheiro de eucalipto pelo ar. “Desinfetante”. Cinzas de cigarro de palhas espalhadas no carpete. Um malote de duplicatas pagas e outras a pagar. Sobre a mesa. Sem vestígio de luta, e resistência. E uma pergunta que não quer se calar quem matou Margaret Mar?