Segredos de um criminoso III (editado)
Era noite.
Quando a porta foi aberta e este voltou sua atenção ao visitante.
Sorriu quando vislumbrou aquele que lhe havia dado o apelido.
_Você?
Copo de vidro levou a mão para cumprimentá-lo quando...
Fitou, surpreso.
Tinha medo.
Não acredita no que acontecia.
_Você quer o presente de volta?
Quando se preparava para lhe entregar o copo com o qual lhe presenteou, caiu.
O copo havia se espatifado a alguns passos do visitante.
Copo de vidro ainda respirava.
Pareceu, de repente, compreender os motivos de tudo aquilo.
_Falei que não diria nada sobre aquilo e até agora me mantive em silêncio. Não era preciso nada disso.
Uma poça de sangue se formava ao lado de Copo de vidro.
_Foi você então que matou Nelson.
Parecia ter compreendido muita coisa.
De repente, começou a minar de sua testa um pouco mais de sangue. Ele foi aos poucos perdendo a sensibilidade do corpo, mas chegou a movimentar os lábios. Parecia ter dito " Angélica".
Foi muito rápido. A escuridão tomou instantaneamente.
Mas ainda ouvia.
Assombrado pela pouca consciência que ainda tinha dos fatos, escutou o som de copos sendo espatifados no chão.
Sua atenção foi repentinamente voltada para o barulho de uma porta se fechando.
Parou então de ouvir. Silêncio total.