Segredos de um criminoso III (editado)

Era noite.

Quando a porta foi aberta e este voltou sua atenção ao visitante.

Sorriu quando vislumbrou aquele que lhe havia dado o apelido.

_Você?

Copo de vidro levou a mão para cumprimentá-lo quando...

Fitou, surpreso.

Tinha medo.

Não acredita no que acontecia.

_Você quer o presente de volta?

Quando se preparava para lhe entregar o copo com o qual lhe presenteou, caiu.

O copo havia se espatifado a alguns passos do visitante.

Copo de vidro ainda respirava.

Pareceu, de repente, compreender os motivos de tudo aquilo.

_Falei que não diria nada sobre aquilo e até agora me mantive em silêncio. Não era preciso nada disso.

Uma poça de sangue se formava ao lado de Copo de vidro.

_Foi você então que matou Nelson.

Parecia ter compreendido muita coisa.

De repente, começou a minar de sua testa um pouco mais de sangue. Ele foi aos poucos perdendo a sensibilidade do corpo, mas chegou a movimentar os lábios. Parecia ter dito " Angélica".

Foi muito rápido. A escuridão tomou instantaneamente.

Mas ainda ouvia.

Assombrado pela pouca consciência que ainda tinha dos fatos, escutou o som de copos sendo espatifados no chão.

Sua atenção foi repentinamente voltada para o barulho de uma porta se fechando.

Parou então de ouvir. Silêncio total.

saulo ribeiro
Enviado por saulo ribeiro em 07/12/2009
Reeditado em 01/08/2023
Código do texto: T1965304
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