MADRUGADA

Madrugada

Dois tapas – acorda invadiram a casa. Levantei atordoada, no principio achei que fosse um sonho, mas segundos depois voltei à normalidade. - fique calado invadiram a casa vamos saia de mancinho vá ate a cozinha e pegue uma faca. As pisadas fortes e massacrantes passavam pelo beco ao lado, os homens medrosos da casa ficaram a espreita com facões e espingardas, três homens e um só medo morrer na calada da noite.

O senso matador pulsava em meu peito, parecia um xadrez só que o adversário estava prestes a dar o cheque marte, andava devagar os meus pés rangiam e a faca em punho não ameaçava ninguém, a garagem sem iluminação fazia crescer o meu medo a escuridão da noite se punha cada vez mais terrível, e madrugada e os cachorros ladram em um ritmo acelerado, as tentativas de ligar para a policia foram vans as viaturas estavam em combate, e não haveria jeito deles chegarem a tempo.

A vasculha durou meia hora, ouso gritos, os malditos trombadinhas invadiram a casa ao lado pularam o muro, coitada da pobre senhora deveria ter os seus setenta e oito anos, o baque dos malditos fez a pobre velha entra em colapso, hipertensa precisava de varias drogas para continuar viva.

-Socorro Socorro.

-Cale a boca sua velha.

Nos não podíamos deixar a pobre mulher morrer assim, pulamos o muro como três macacos, andamos pelo quintal esbarrando em brinquedos fúnebres, adentramos pela porta ela rangia seguimos pela conzinha a pobre criança escondeu-se debaixo da mesa, o seu choro era leve e suave fazendo os assaltantes não desconfiarem da sua presença, na sala a TV estava ligada e os bandidos vasculhavam o quarto ao lado, esta era a nossa única chance, passamos pelo corredor e a filha da pobre senhora dormia como se nada estiver se acontecendo, não sabia como uma pessoa poderia ter um sono tão pesado, enfiamos a faca no delinqüente ele caiu de bruços o outro ouvindo o barulho saca a arma e aponta em nossa direção, a criança que estava debaixo da mesa enfia a faca nas costas do marginal, ele caiu clamando pela sua mãe.

A criança que demonstrou coragem á poucos segundos agora chora nos braços da pobre senhora.

David Rocha
Enviado por David Rocha em 27/11/2009
Reeditado em 27/11/2009
Código do texto: T1947789
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