A Revelação, da Manifestação
Dezesseis de junho, do ano de dois mil e seis, sexta-feira à tarde, após o feriado de Corpus Chisti.
Foram até sua casa, estava fechada. De dentro do carro, avistam sua neta, esperam ela se aproximar. Diz que talvez sua avó tivesse ido à Terapia. Retornam, e a encontra próximo de casa. Muito sem jeito, pergunta-lhe, onde iríam, sem sequer dirigir o olhar para ele. Responde: - Para a sua casa. Pede que entre no carro. No trajeto, um clima de frieza. Entram, sentam-se no sofá, ele a olhá-la e ela cabisbaixa, evitando seu olhar. Resolve ligar a TV e diz que vai passar um café. Ele permanece sentado no sofá. Após passar o café, tomam, aproxima-se dela e pedi que olhe em seus olhos e ela sempre se esguiando. Entra no assunto.
- Esqueceu, o assunto que conversei com a senhora, no dia trinta de setembro de dois mil e cinco?
Ela repete o mês e o ano, juntamente.
- Não, não esqueci não!
- Não conversou com ele, porque? Está esperando o que? O que tanto a senhora tem medo?
- Eu vou conversar com ele ... descobre para mim, quem que contou para ele!
Quando lhe diz que ele participará o assunto às suas filhas, ela reage, num ímpeto de raiva, com rosto ruborizado, balança a cabeça em atitude de negação e diz: - Eu não queria, eu não queria, eu juro que eu não queria que você se separasse dele. Estende o braço direito para a garagem e diz: - Eu quero é que alguém entra aqui e fala que foi eu que peguei o filho dela ( num sobressalto, prende a respiração ) uhhh ... (lentamente) ou que eu adotei o filho de alguém.
Quando sua neta chega e lhe diz: - A senhora não contou nada, não é, vó? Ela responde: - Não, eu não falei nada. A neta, reitera: - Não conta, não fala nada!